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Estado de Minas VIVENDO E APRENDENDO

Daniel Queiroga revela sua jornada pela paternidade em tempos de pandemia

Advogado e professor conta como lidou com o primeiro filho e aconselha os homens a descobrirem o real significado de responsabilidade, cuidado e empatia


20/02/2021 04:00

Daniel Queiroga 
Advogado e professor

"Deixei de lado as redes sociais, as lives, os serviços de streaming, as conferências virtuais, e me concentrei na paternidade responsável"


O período da pandemia tem provocado diversas reações e reflexões por parte das pessoas. Para mim, ele se resume em duas palavras: resiliência e paternidade. 

Resiliência é uma habilidade que aprendi há muito tempo, quando me lancei na defesa de uma cidade para as pessoas, do patrimônio histórico e da região da Lagoinha.

Ao longo dos últimos meses, vi a faculdade onde trabalhava modificar currículos de seus cursos. Justo numa época em que tanto se falou em solidariedade e cuidado, ouvi o discurso de que essa mudança revolucionária transformaria o Brasil pela educação. Ora, uma revolução educacional se faz com professores. Eles são engrenagens, mas muitos, como eu, perderam o emprego.

Vi que a “revolução” se tratava da busca desenfreada pelo lucro, sem qualquer preocupação com o real significado da palavra educação. Fica a crítica e não o lamento, pois quem pratica a resiliência segue adiante e se adapta às mudanças.

Paternidade, para mim, é sinônimo de amor e de Francisco, o meu filho. Ele nasceu no final de janeiro de 2020, no Hospital Sofia Feldman, no mesmo dia em que Belo Horizonte assistiu à pior chuva da sua história. Enquanto a cidade era reconstruída, o carnaval se avizinhava e o coronavírus se espalhava na Europa, eu começava com minha esposa a lidar com os desafios da parentalidade consciente.

Quando o fechamento das atividades não essenciais foi determinado pelo prefeito Alexandre Kalil, vi a nossa rede de apoio se desintegrar. Isolado e dentro de casa, a escolha mais simples seria culpar alguém. Ou seja, poderia ter agido como criança que busca a atenção da mãe, demonstrando desespero, infantilidade, irresponsabilidade e egoísmo. Contudo, a resiliência me deu a fortaleza necessária para amadurecer enquanto homem, enquanto pai.

Deixei de lado as redes sociais, as lives, os serviços de streaming, as conferências virtuais, e me concentrei na paternidade responsável. Ela é um dever que envolve duas coisas. O primeiro é cuidar da mãe. Isto é, ficar atento a todos os sinais da mulher, pois ela experimenta modificações físicas e psíquicas profundas durante o puerpério. Mãe sadia é sinônimo de bebê saudável e feliz.

O segundo dever é cuidar da rotina do bebê, tem hora para estimular, para brincar, para alimentar, para cochilar, para dormir, etc. Mesmo sem falar, o bebê se comunica desde o primeiro segundo de vida. Por isso, observar e atenção são palavras de ordem! É precioso poder acompanhar e aprender com cada etapa do desenvolvimento do bebê.

Este meu testemunho da quarentena é dado na véspera da chegada do aniversário de 1 ano do Francisco. Um bebê ativo, curioso, carinhoso, simpático, corajoso, totalmente conectado com os pais e que não se importa em tomar vacina. Por isso aconselho todos os homens a abraçar essa jornada, oportunidade única para descobrir o real significado das palavras responsabilidade, prioridade, privilégio, cuidado e empatia.

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