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Estado de Minas COLUNA HIT/ENTREVISTA DE SEGUNDA

Priscila Ubba é a convidada da seção 'Entrevista de segunda'

Atriz mineira revela sua admiração pelo Grupo Galpão e fala dos projetos que surgiram durante a pandemia


07/12/2020 04:00 - atualizado 06/12/2020 22:43

(foto: Márcio Carvalho/divulgação)
(foto: Márcio Carvalho/divulgação)

"O palco é a minha segunda casa"

Priscila Ubba/Atriz


A atriz mineira Priscila Ubba interrompeu projetos quando a pandemia se instalou. Ela estava no início da próxima novela, as gravações foram paralisadas e ela se isolou em Friburgo, na serra fluminense. Lá, desenvolveu projetos em família, como o filme Bruto 180. “Só após oito meses retomamos a novela, com muito cuidado e seguindo todos os protocolos. Me emocionei muito no dia em que retomei as gravações, por poder novamente realizar o meu ofício. De certa forma, houve um renascimento dentro do meu ser”, diz.

Priscila considera a pandemia um momento propício para a reflexão. “Somos um todo e, com o tempo, esquecemos a realidade primordial do ser. Acredito neste período como um despertar espiritual para a humanidade. Seremos melhores após a pandemia.”

Entre os prêmios dela, o mais recente foi o de melhor atriz no Festival do Rio, pelo longa Voo da capo, dirigido por Jotta Dúbio e filmado em Portugal.“Prêmios representam uma chama divina, um sinal para seguir em frente nesta luta que é a nossa profissão”, afirma.

Como ficam as filmagens de Godiva, dirigidas por seu marido, Candé Faria, reunindo Beth Goulart, Reginaldo Faria, Marcelo Faria e Adriano Garib?
Godiva foi um filme escrito pelo Candé quando estávamos isolados em Friburgo. O curta fala sobre o transtorno dissociativo de identidade, tema pouco discutido no Brasil. É um projeto muito potente, um grande desafio. Faço quatro personas em uma única história, de personalidades distintas. Com elenco de peso, o projeto tomou proporção inesperada, desde o início. Será uma honra construir essa história neste momento tão delicado do mundo. Godiva precisa ser discutido em amplitude, pois é de extrema importância.

Você atuou sob a direção de seu marido em Bruto 180...
É um privilégio poder trabalhar, construir arte e vida com o meu marido. Não existe distinção entre vida e ofício, vivemos o todo. Somos alimentados pelo mesmo desejo e propósito. É um deleite! Bruto 180 fala sobre violência doméstica com um misto de poesia, dança e grandes referências. A arte é instrumento para salvar vidas.

Você é do Sul de Minas. Morou em Baependi, São Lourenço, Caxambu e Juiz de Fora. Qual a importância dessas cidades para sua formação como atriz?
Digo que sou sul-mineira, porque cada cidade tem relevância muito específica na minha história. Baependi é onde morei por 15 anos e comecei a pintar. Em Caxambu, comecei a dançar e ter as primeiras válvulas artísticas, raízes importantes. Aos 16 anos, mudei-me para São Lourenço, cidade encantadora, onde só morei por oito meses. Até hoje minha família reside lá. Em Juiz de Fora, me iniciei profissionalmente no teatro, participando de companhias e espetáculos. Depois, nunca mais saí dos palcos. O palco é a minha segunda casa.

Belo Horizonte reúne vários grupos e escolas de teatro. Como você vê a produção artística no Sul de Minas comparada à de BH?
A capital é bem distante do Sul, por isso meu contato com Belo Horizonte foi pequeno. Admiro muito o movimento cultural e as companhias da cidade. O Grupo Galpão é referência, respeito muito o trabalho deles. Gosto do rigor, da pesquisa, da busca de linguagem... E realizam montagens de peças com grande poder de comunicação com o público. É a cara de Minas Gerais!

A proximidade do Sul de Minas com São Paulo ajuda quem está começando nas artes cênicas?
Sou apaixonada por São Paulo. Morei lá por oito anos, foi a base para minha formação como artista. Foi onde realizei meus primeiros trabalhos profissionais e tive a oportunidade de estar diante de grandes mestres – Antunes Filho, Guzik e Zé Celso, entre outros. Vi grandes companhias de teatro e espetáculos de alto nível, como os de Bob Wilson e Peter Brook. Minha realidade é mais entre Rio e São Paulo devido à carreira. São Paulo me inspira. E Minas é onde estão minhas raízes.

Você fez trabalhos no exterior e no Brasil. Fale sobre trabalhar dentro e fora do país.
É um privilégio realizar esse intercâmbio, mesmo que demande muita organização e estratégia para realizar boas escolhas. Muitas vezes, tive que escolher entre um trabalho no Brasil e outro na Europa. A dificuldade é o visto. Nós, artistas, deveríamos ter um visto específico para realizar trabalhos no exterior sem tanta burocracia. Amo trabalhar no meu país, mas desfruto de novas experiências lá fora. Isso me excita como artista, me alimenta brutalmente. Sou inquieta por natureza.

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