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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Se quiser ser competitivo, o Cruzeiro precisa trazer reforços

O dado positivo é que o time não está numa nau sem rumo, ainda que o desempenho na temporada seja apenas razoável


12/05/2021 04:00

O grupo celeste, comandado por Felipe Conceição, carece de um camisa 10, um centroavante eficiente e zaga experiente(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
O grupo celeste, comandado por Felipe Conceição, carece de um camisa 10, um centroavante eficiente e zaga experiente (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)


A série de bizarrices protagonizada pelo “treinador” do América, Lisca, nas duas últimas semanas, infelizmente (para ele) só demonstrou o quanto o mundo do futebol também possui sua face bobalhona. “De dar dó”, como dizemos lá na minha cidade, Mariana. As provocações, insultos e até mesmo troca de agressões físicas ou orais, desde que não sejam criminosas ou preconceituosas, fazem parte do meandro do campo de jogo. Ter gana para superá-las pode ser combustível para levar uma equipe a conquistas épicas.

Não é o caso do tal “treinador”. A desproporcionalidade de sua reação fez lembrar um trauma, que pelo histórico de pouca vivência no futebol mineiro, não lhe cabe. Afinal de contas, o fato de o Palestra/Cruzeiro ter superado em gigantesca escala o América, antes mesmo do fim da Era Palestra Itália, em 1942, não é responsabilidade desse novato em rivalidades de Belo Horizonte.

Assim como o tal Lisca, já assistimos a outros personagens terem atitudes desproporcionais, dando indícios de rancor bobo. Quem não se lembra do episódio entre o atacante Alessandro (aliás, ex-América) e o treinador Adílson Batista, em 2009? Ou mesmo do lateral direito Paulo Roberto Costa, dispensado pelo Cruzeiro e que, meses depois, sem nenhuma justificativa, descarregou na torcida cruzeirense suas frustrações pessoais.

Por outro lado, a quem merece, o futebol se torna palco para esportistas marcarem sua história com honradez. O goleiro Fábio e o lateral Nelinho são exemplos dessa ala. Ambos viveram momentos turbulentos por aqui, porém, demonstraram respeito com relação aos colegas de profissão e às torcidas, mantendo-se altivos.

Campeão estadual ou vice, como é de costume na sua parca carreira, ao final de tudo, o tal Lisca será lembrando mesmo pelos atos que ao longo de sua biografia futebolística lhe deram o sobrenome folclórico de “Doido”. O qual ele refuta por agora. Como bem disse Adílson Batista, em resposta ao rancor de Alessandro: “O tempo é que vai dizer aonde ele vai chegar. Vamos trabalhar”.

Enfim, desejo menos desiquilíbrio e mais paz no coração ao tal Lisca. Viremos a recente página boba escrita por ele na história do futebol mineiro, pois nós, cruzeirenses, temos de nos concentrar no desafio “de vida ou morte” que nos aguarda pela frente: o retorno à Série A.

Se de um lado temos a certeza de não estarmos na mesma nau sem rumo do final da temporada passada, por outro, não podemos nos iludir. O desempenho nesses últimos três meses da atual temporada foi razoável, com tendência para ruim.

O planejamento era fazer da Country Cup um laboratório para a disputa da Série B. Esse foi o mantra da diretoria e da comissão técnica, e que nós, torcedores, de certo modo, apoiamos. Mas é preciso estar atento para um fato: das 15 partidas disputadas, em apenas uma delas fomos exigidos e reagimos com uma atuação de alto nível, que será necessária durante toda a disputa da Série B.

É importante lembrar que conquistamos duas classificações na Copa do Brasil sabe-se lá como. A atuação contra o São Raimundo, aliás, nos fez relembrar os piores pesadelos da temporada 2020.

Vamos aos pontos positivos. Esquema tático temos. Um elenco claramente comprometido com a filosofia do treinador, também. Mas para por aí. Além dos problemas extracampo continuarem a assombrar como um permanente fantasma, também está evidente que ainda não temos um time competitivo.

Nossa zaga, por mais promissor que possa ser o jovem Weverton, claramente chega à Série B mais fraca. Se não melhoramos a variação de nossos atacantes, por outro lado, entramos novamente na competição sem um centroavante convincente. Por fim, continuamos acéfalos, sem um camisa 10.
Restam pouco mais de duas semanas para a estreia contra o Confiança. A diretoria do Cruzeiro precisará fazer mágica para resolver essas questões, porque, afinal de contas, nessa Série B não teremos times liscas. Ops! Times bobos.

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