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Estado de Minas BOLA MÚNDI

Perdão, Messi, mas a Bola de Ouro foi injusta

Assim como o técnico Jürgen Klopp, também acredito que o merecedor do prêmio seria o zagueiro Van Dijk


postado em 05/12/2019 04:00 / atualizado em 05/12/2019 00:16

Messi recebeu sua sexta Bola de Ouro da revista France Football(foto: FRANCK FIFE/AFP)
Messi recebeu sua sexta Bola de Ouro da revista France Football (foto: FRANCK FIFE/AFP)


Aos 32 anos, Lionel Messi foi coroado nesta semana com a sua sexta Bola de Ouro após um intervalo de três anos e, como um simples mortal, desceu do pedestal dos ‘quase deuses’ para reconhecer que sofreu ao ver Cristiano Ronaldo empatar com ele em número de condecorações, pois “não estava mais sozinho no topo”. Discordo. Na minha visão, o argentino ainda segue como o número 1 do futebol mundial no momento, mas nem por isso posso deixar de cravar: o prêmio concedido pela revista France Football desta vez foi injusto.

Assim como o técnico Jürgen Klopp, também acredito que o merecedor do prêmio seria o zagueiro Van Dijk. Para muitos, a opinião do comandante alemão é “meio suspeita”, pelo fato de o jogador ser seu comandado no Liverpool, mas então vamos aos fatos. A primeira questão é que o prêmio valoriza a temporada e não o ano, o que acaba fazendo diferença. Nesse sentido, o holandês não oscilou tanto quanto o craque argentino, que ainda conviveu com alguns problemas de lesão durante o período.

É claro que a Bola de Ouro é uma premiação individual, mas uma questão importante diz respeito à conquista de títulos. Enquanto Messi celebrou a conquista da La Liga mas, mesmo com sua genialidade, não pôde evitar que o Barcelona falhasse na Champions e a Argentina na Copa América (com direito inclusive a expulsão na semifinal e chororô de derrotado), Van Dijk foi o pilar do setor defensivo do Liverpool campeão europeu e da remodelada Holanda, que chegou até a final da Copa das Nações.

Mas, para mim, a pior das injustiças mesmo é a forma de eleição do Bola de Ouro. Pelas regras, cada um dos 176 jornalistas votantes escolhe seu top 5. Indicação para o primeiro lugar vale seis pontos, quatro para segundo, três para terceiro, dois para o quarto e um para o quinto. Esse sistema de pontuação é que acabou retirando o inédito troféu das mãos do zagueiro holandês. Duvida? Basta dizer que Van Dijk foi colocado em 1º lugar mais vezes do que Messi (69 contra 61). No somar dos pontos, Messi teve sete a mais que Van Dijk, o que configura uma diferença de cerca de 0,3%... Pior que isso só em 1996, quando o alemão Matthias Summer venceu Ronaldo Fenômeno por um ponto de diferença.

Que Messi e Cristiano Ronaldo são gênios e monopolizaram o mundo da bola na última década não há dúvida, mas é preciso rever o formato dessas premiações. Além disso, também é preciso romper o paradigma de que o melhor do mundo só pode ser jogador de ataque ou armador. As raríssimas exceções do goleiro russo Yashin, em 1963, do volante alemão Beckenbauer, em 1972 e 1976, e do zagueiro italiano Cannavaro, em 2006, estão aí para provar o contrário.

Benditas bolinhas

Como já é tradição, o sorteio dos grupos da Eurocopa’2020 presenteou os amantes do futebol com um “Grupo da Morte”: Portugal, França e Alemanha na chave F, ao lado de um adversário que ainda será definido. Convém destacar que lusitanos e franceses decidiram o último título continental, com triunfo do time de CR7 e companhia. Neste momento, observo os franceses em patamar mais avançado. Portugal e Alemanha que se resolvam. Menos mal que até mesmo o 3º colocado pode avançar de fase. A abertura da competição será em 12 de junho, mas as emoções começam já em março, com os playoffs que definem os quatro últimos classificados. Nessa disputa, cravo minhas fichas em Islândia (Divisão A), Irlanda do Norte (B), Sérvia (C) e Kosovo (D). A conferir.

Por onde dá

Após ter algumas oportunidades na base da Seleção Brasileira nos anos de 2008 e 2009, o atacante Thiago Augusto não viu sua carreira decolar como imaginava. A solução? Pegar o avião e desbravar o mundo. Primeiro, foi para o Bahrein. Depois, Malásia. No ano passado, retornou ao Bahrein. Em 2019, recebeu o convite inesperado: a naturalização para defender a seleção local. Nessa semana veio a estreia. E não podia ser melhor: aos 29 anos, saiu do banco de reservas para marcar dois gols no Kuwait e garantir a vaga nas semifinais da Copa do Golfo. Mesmo que com atraso, o sonho de defender uma seleção profissional foi realizado. E hoje o ex-jogador de Grêmio Maringá e Operário pode até ser titular na semifinal diante do Iraque. Em tempo: na época em que vestiu a amarelinha, seus principais concorrentes eram Douglas Costa, Alan Kardec, Dentinho, Walter e Tales.

Alívio momentâneo

Enquanto o Liverpool segue imbatível após vencer o clássico com o Everton e manter os oito pontos de frente sobre o surpreendente Leicester (43 a 35), o Manchester City, terceiro colocado (32 pontos), ainda tenta se reencontrar, no seu pior momento desde a chegada do técnico Pep Guardiola. A vitória de 4 a 1 sobre o Burnley, com direito a dois gols de Gabriel Jesus, chegou como certa dose de alívio, afinal, nos cinco jogos anteriores a equipe só havia vencido um. Para piorar, a defesa vem sendo vazada em praticamente todas as partidas. É fato que Guardiola perdeu peças importantes por lesão, mas algumas de suas teimosias têm tirado o sono dos torcedores, como, por exemplo, insistir na improvisação de Fernandinho na zaga. Ao mesmo tempo, enfraqueceu a defesa e deixou um vazio no meio-campo. No sábado, o time terá chance de mostrar que começou mesmo a reação no clássico contra o Manchester United. Mesmo que vença, duvido que ainda tenha fôlego para alcançar o Liverpool. A taça da Premier League, enfim, parece encaminhada para a terra dos Beatles. O trabalho de Klopp e o trio de ouro formado por Mané, Salah e Roberto Firmino merecem.

Uma andorinha só?

Após oito scudettos seguidos da Juventus, o futebol italiano voltou a ter ar de disputa com o crescimento da Internazionale, que conta com defesa segura e força de nomes como Brozovic, Lukaku e Lautaro Martínez. Mas, apesar de a 15ª rodada contar com duelos como Inter x Roma e Lazio x Juve, quem concentrou os holofotes nesta semana foi o Milan. Tudo pelo mistério envolvendo o anúncio do retorno do sueco Ibrahimovic. De passado glorioso no clube, com 56 gols em 85 jogos, o atacante vem de boa temporada no futebol norte-americano (53 gols em 58 partidas), mas não tem mais condições – sequer físicas – de “levar o time nas costas”. Convém ressaltar que o Milan está apenas em 11º lugar no Italiano e que nas últimas seis partidas venceu só duas (Parma e Spal) e perdeu três (Roma, Lazio e Juventus). O ataque, hoje comandado por Piatek e Suso, balançou as redes adversárias só 13 vezes. Com dois meses no clube, o técnico Stefano Pioli já constatou o tamanho da encrenca e solicitou mais reforços: Éverton Cebolinha seria um deles. Ainda seria pouco para retomar a tradição de um clube sete vezes campeão da Champions, mas, diante de todo o caos, já seria um bom começo.

Sem monotonia

Após temporadas consecutivas de um até certo ponto tedioso domínio do Bayern de Munique, a atual disputa da Bundesliga está emocionante. E a 14ª rodada neste fim de semana promete. Líder improvável, o Borussia Moenchengladbach (28 pontos) recebe o Bayern (4º, com 23) para tentar mostrar que deve mesmo ser levado a sério. Resta saber se terá fôlego para conter a força do adversário, que vem se acertando sob o comando do interino Hans-Dieter Flick, impulsionado, é claro, pela gana goleadora de Lewandowski, que já balançou a redes 16 vezes na competição! Outras equipes estarão de olho na partida, ainda sonhando alto: é o caso do vice-líder RB Leipzig (27 pontos), do Schalke (3º, com 25) e, porque não, até mesmo do Borussia Dortumd (5º, com 23). Nem mais o otimista torcedor germânico podia imaginar esse quadro.

Cara de replay

Atual campeão continental, o Brasil terá que defender seu título já em 2020, com a edição da Copa América a ser realizada em conjunto por Argentina e Colômbia a partir de junho. Comandada por Tite (ao menos por enquanto), a Seleção terá como adversários da primeira fase Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e... Catar. Os organizadores da próxima Copa do Mundo foram novamente convidados a disputar a competição e prometem voltar a fazer bonito. No outro grupo, a principal novidade será a presença da Austrália (ao lado de Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai). A se destacar apenas um “detalhe”: a competição será disputada no mesmo período da Eurocopa. Menos mal que os horários dos jogos serão diferentes. Do contrário, seria até concorrência desleal...

Tudo tem limite

Preocupado com a ‘invasão estrangeira’, a Federação de Futebol do México decidiu limitar o número de gringos em sua liga, de forma gradativa. A partir da temporada 2020/2021 os clubes só poderão inscrever 11 estrangeiros e no máximo nove poderão estar em campo. Nas duas temporadas seguintes, estes números serão reduzidos até chegar ao limite de nove inscritos e sete em campo. A medida veio atender a um pedido do técnico da Seleção, (o paraguaio...) Gerardo Marttino, que se mostrava preocupado com a falta de espaço para os jovens valores locais. No Brasileirão os clubes podem inscrever vários estrangeiros, mas apenas cinco podem estar em ação ao mesmo tempo durante as partidas.

De olho

Hannibal Mejbri

Com ascendência tunisiana, o meia-atacante francês Hannibal Mejbri, que fará 17 anos no mês que vem, tem tudo para se destacar no futebol europeu. Após passagens pelas academias de Paris FC e Boulogne-Billancourt, ganhou visibilidade ao se transferir para o Monaco, aos 15 anos. Entretanto, após um imbróglio entre seus representantes e o clube francês, em agosto foi contratado pelo Manchester United por 10 milhões de euros (Bayern de Munique e Arsenal também demonstraram interesse). Habilidoso e versátil, chama a atenção em função de seus bons passes e assistências. Em breve pode ser incorporado ao time principal.

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