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O povo unido jamais será vencido. A não ser pelo Goiás

Mesmo que as chances de título do Brasileiro sejam pequenas, era hora de a Massa se unir em torno dos objetivos maiores do Atlético


10/02/2021 04:00 - atualizado 09/02/2021 23:04

Chegada do atacante Hulk será boa para fortalecer o alvinegro, mas equipe precisa de paz para lutar por taças(foto: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO)
Chegada do atacante Hulk será boa para fortalecer o alvinegro, mas equipe precisa de paz para lutar por taças (foto: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO)

Há algumas semanas, este escriba havia alertado para um problema que remetia às manifestações contra a gasolina a R$ 2: o risco inerente a qualquer protesto é que as demandas terminem por ser atendidas. Veja o caso daquela menina acocorada sobre os ombros de papai, fazendo a revolução. Queria ir pra Disney, mas o dólar a três pilas parecia um impeditivo, motivo pelo qual lançou-se ao ativismo. Hoje, se visitar o zoológico estará no lucro.

Gasolina a cinco golpes, o dólar idem, saímos às ruas novamente. Se antes a culpa era do petê, agora todas as setas do powerpoint apontam para Everson e Sampaoli: o primeiro, dizem os “especialistas”, não opera milagres, é um santo do pau oco. O segundo peida na farofa. Que tal, então, se os nossos black blocs atacassem a mulher de um e a honra do outro? O povo unido jamais será vencido, a não ser pelo Goiás.

Resultado: o gringo ameaça espanar, e Nacho Fernández, por consequência, também. Se um não fica, o outro não vem, e esse é o caminho mais natural das negociações em curso até o fechamento desta missiva. Com oferta do Olympique de Marseille, fontes ouvidas por Notícias do Hospício afirmam que Sampaoli fica, que não faz o menor sentido trocar o Atlético pelo Olympique. Que a França vive ao mesmo tempo o caos sanitário e o boicote oficial da vacina, que neste momento crucial o país está sob o comando do Napoleão do manicômio – quem, em sã consciência, desejaria habitar, agora, essa cloaca do mundo?

Enquanto protestávamos para alcançar nossos objetivos, chegou o Hulk. Em outros tempos, essa confluência de fatores poderia ter promovido o grande encontro do Batman do Leblon com o incrível Hulk. Não foi o caso – Hulk chegou à Cidade do Galo na maior discrição, ao estilo R10, embora em seu próprio jato de R$ 11 milhões, torneiras de ouro e autógrafo dourado na carenagem inteiramente preta. Deus não dá asa à cobra, ressentiu-se um amigo, mas àquele Golf rebaixado não tenha dúvida. Enfim, cada qual com seu batmóvel, a mim, até outro dia, cabia um Del Rey 1984. E olha que ele também avoava.

A bem da verdade, Hulk chegou a bordo de sua esteira de corrida. Sim. Antes dessa aparição, sabíamos sobre o Hulk tanto quanto a namorada de Bruce Banner. O campeonato chinês é como aquele galão usado para cativeiro de crianças: uma vez posto lá dentro, você terá de contar com a sorte para que alguém repare em seu infortúnio. É a versão renovada do sujeito que morreu ou foi pra Record – a Record, nesse caso, é o Chinesão.

Quando Hulk apareceu pisoteando a pobre esteira de corrida, foi como se de dentro do galão tivesse emergido... bem, o incrível Hulk. Depois disso, dei-me conta de seus aleijões: não se pode chamar aquela panturrilha de “batata da perna” – é uma salada russa completa. Se vai dar certo, eu não sei. Mas vendo o Hulk envergar nossa armadura, fico a pensar que já deu tudo certo – afinal, como pode estar errado um ser humano vestido de Atlético?

Com a chegada de Dodô, juntamos ao corpo fechado o amuleto que ajudou a derrubar o Crüzëirö – seja bem-vindo! Resta a apreensão quanto ao futuro de Sampaoli: ficará ele em Belo Horizonte ou arriscará a pele naquele submundo? Teremos, enfim, nossas demandas atendidas? Cuca ou Renato Gaúcho? Nacho Fernández ou Diego Souza? Só Jesus salva? Perguntas inoportunas em hora inoportuna, quando ainda brigamos pelo título do Brasileiro e por vaga na fase de grupos da Libertadores. Não vamos aprender nunca?

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