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Que tal aderir à campanha do Novembro Azul?

Homens precisam conjugar o verbo prevenir em vez de remediar. Detectar o câncer de próstata com antecipação é receita certa de cura


11/11/2020 04:00

Recado "A palavra, como se sabe, é um ser vivo"

Victor Hugo


 
(foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
(foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Adeus, rosa. Vem, azul
Menina se veste de rosa. Menino, de azul. A discriminação imperava nos tempos da vovó. Como não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe, os anos passaram, os costumes mudaram e as cores se libertaram do sexo. Garotas e garotos deitam e rolam em azuis, rosas, roxos, vermelhos, brancos e pretos.

Mas a tradição se impôs em dois momentos. O outubro é rosa. O novembro, azul. São dois meses dedicados a campanhas educativas. Chamam a atenção de mulheres e homens para a importância de prevenir o câncer. Elas, de mama. Eles, de próstata. A cruzada vale a pena. Ensina que, muitas vezes, a saúde e a vida estão nas mãos de cada um. Xô, bobeira!

Sim, sim, sim
Outubro se foi. Com ele, o rosa se despiu de prédios e monumentos. A cor símbolo do feminino cedeu o trono ao azul, marca do masculino. A mudança tem explicação. Mulheres e homens precisam conjugar o verbo prevenir em vez de remediar. Detectar o câncer de mama ou de próstata com antecipação é receita certa de cura. Se deixar o mal avançar, a história muda de enredo. Olho vivo!

Que tal dizer sim à campanha? O primeiro passo é conjugar o verbo aderir. Ele joga no time de prevenir. Um e outro se conjugam do mesmo jeitinho: prefiro (adiro), prefere (adere), preferimos (aderimos), preferem (aderem); preferi (aderi), preferiu (aderiu), preferimos (aderimos), preferiram (aderiram). E por aí vai.

A deixa

Na natureza nada se perde, tudo se aproveita. Na língua também. Vale explorar a deixa do evento. É o azul. Nem as pessoas nem as cores são iguais. O azul tem variações – azul-bebê, azul-celeste, azul-ferrete, azul-marinho, azul-turquesa, azul-violeta. Elas podem funcionar como adjetivos (blusa azul-celeste) ou substantivos (o azul-celeste). A classe gramatical faz a diferença. E arma ciladas.

Lição 1

O adjetivo é invariável. Masculino ou feminino, singular ou plural, é tudo igual. O capricho se explica. Oculta, encontra-se a locução da cor: lençol (da cor) azul-bebê, lençóis (da cor) azul-bebê, toalha (da cor) azul-bebê, toalhas (da cor) azul-bebê; blusa (da cor) azul-celeste, blusas (da cor) azul-celeste; calção (da cor) azul-celeste, calções (da cor) azul-celeste; sapato (da cor) azul-marinho, sapatos (da cor) azul-marinho; blusa (da cor) azul-marinho, blusas (da cor) azul-marinho; blusa (da cor) marinho, blusas (da cor) marinho.

Lição 2

O substantivo joga em outro time. De cara lavada, sem nada oculto, não tem saída. Varia: o azul-bebê, os azuis-bebês (ou azuis-bebê); o azul-celeste, os azuis-celestes; o azul-marinho, os azuis-marinhos, o azul-turquesa, os azuis-turquesas (ou os azuis-turquesa), o azul-violeta, os azuis-violetas (ou azuis-violeta).

Leitor pergunta

Tenho visto e ouvido na mídia, mormente no rádio, confusão na concordância dos numerais. É correto dizer “cento e uma mortes por covid”. Todos acertam. Mas, quando se interpõe o numeral mil, o escorregão é enorrrrrrrrrrrrrrrrrme. Muitos dizem “cento e um mil mortes por covid” em vez de “cento e uma mil mortes”. O mesmo ocorre com milhão. Dói nos ouvidos o tal de “duas milhões de doses de vacina”. Estou certo?

Francisco Machado da Silva, Brasília

Você tem razão, Francisco. Mil é numeral. A concordância se faz com o substantivo que o acompanha: Duas mil mortes. Dois mil registros. Cento e duas mil mortes. Cento e dois mil registros. Espera-se a presença de duas mil crianças. Espera-se a presença de dois mil garotos.

Milhão é substantivo masculino (o milhão, um milhão). A concordância se faz com ele: um milhão de mortes, dois milhões de mortes, dois milhões de homens, dois milhões de mulheres, dois milhões de doses de vacina, os dois milhões de doses de vacina.

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