
Generosidade pra dar, vender e emprestar
Novembro é cheio de simbolismos. Prédios e monumentos se vestem de azul pra lembrar aos homens a importância da prevenção do câncer de próstata. No dia 2, as flores fazem a festa. Homenageiam nossos finados, entes queridos que foram na frente.
Vinte dias depois, é a vez da Consciência Negra. Passadas três folhas do calendário, eis o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A bandeira e a República também marcam presença neste mês tão especial.
Lições
Não por acaso, velhas lições saem dos escaninhos da memória e pedem passagem. Uma delas é a grafia. Os meses são ilustres vira-latas. Grafam-se com a inicial pequenina: janeiro, fevereiro, março, abril. Mas, quando figuram em datas comemorativas, a história muda de enredo. Eles ganham pedigree. Com sangue azul nas veias, escrevem-se com a primeira letra grandona: Dia de Finados, Dia da Consciência Negra, Dia da Bandeira, Dia da Mulher.
Bivalente
Afro joga em duas equipes. Numa, é nome. Substantivo ou adjetivo, não goza de privilégios. Flexiona-se em gênero e número como os irmãozinhos feio, bonito, pequeno: povo afro, povos afros, moda afra, modas afras.
Noutra, é prefixo. Pede hífen na formação de adjetivos pátrios. Nos demais compostos, dispensa o tracinho. É tudo junto, colado como unha e carne: afro-americano, afro-brasileiro, afro-latino, afrodescendente, afrolatria, afrogenia.
Politicamente correto
Há palavras e palavras. Algumas informam. Outras emocionam. Há as que mobilizam para a ação. Todas têm hora e vez. Cuidado especial merecem as que ofendem ou reforçam preconceito. Elas ofendem e agridem. Xô! No mês da Consciência Negra, valem três lembretes.
Simmmmmmm
Negro é etnia. Nessa acepção, merece tapete vermelho e banda de música. Pelé é negro. Não é escurinho, crioulo, negrinho, moreno, negrão ou de cor.
Quer indicar cor? O preto está às ordens: vestido preto, bolsa preta.
Nãoooooooooo
Evite o adjetivo em expressões de conotação negativa. Em vez de nuvens negras, prefira pretas ou escuras. Em lugar de lista negra, fique com lista de maus pagadores, de maus profissionais, de maus estudantes.
A propósito...
Apague denegrir do seu dicionário. O verbo deriva de negro. Manchar, comprometer & cia. o substituem e fazem bonito. Aproveite a carona pra livrar-se de judiar, filhote de judeu. Troque-o por maltratar.
Leitor pergunta
Outro dia, ouvi o diálogo dos meus netos. Um convidou o outro pra irem ao cinema. A resposta: “Não estou...” Ops! Afim ou a fim?
n Graça Fernandes, BH
A fim ou afim? Depende:
A fim de = para, com vontade de: A fim de ganhar peso, melhorou a dieta. Maria está a fim de viajar. Seus netos vão ao cinema? Não. Eles não estão a fim.
Afim = afinidade, parentesco: Disciplina afim, parentes afins, gostos afins.
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Excelente texto. O caráter pedagógico é excepcional, parabéns! Só escorregou na data do dia da Consciência Negra, 18 dias após Finados, não 20. Na verdade, a data comemorativa, esta sim, é dia "20" de novembro!! Nessa esteira, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres acabou também deturpado, não sendo 3 dias após a já retificada data, mas sim, 5 dias após (25 de novembro).
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vc não tem mais o que fazer?Pare de denegrir e judiar da língua portuguesa!!gente estragada travestida de séria.
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vc não tem mais o que fazer?Pare de denegrir e judiar da língua portuguesa!!gente estragada travestida de séria.
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Palhaçada. Muita falta de serviço desse jornaleco de esquerda de merda. Vai fazer matéria de buraco na rua, árvore caindo, trânsito caótico com Bhtrans casa vez mais cagada.
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Essa matéria é paga? Pois não teve nenhum fundamento sobre DENIGRIR. Até Benedita da Silva usa muito essa palavra para desqualificar o combate à corrupção. A palavra denegrir vem do latim denigrare que significa ¿tornar escuro¿ ou ¿manchar¿. vamos mais além... Assim, Laura significa loura, Flávio também quer dizer loiro, e Nívea é aquela da cor da neve. Cláudio, em latim, quer dizer manco (daí o verbo claudicar na etimologia, hoje com o significado de tropeçar), e esse não era o nome do imperador romano, que assim ficou conhecido, porque tinha um defeito na perna. De igual modo, Paulo não era nome, mas significava, apenas e tão somente, pequeno. O apóstolo, de nome Saulo, bem possivelmente, recebeu esse apelido em razão de sua estatura. E Cícero também não era o nome nem o sobrenome de Marco Túlio, mas significa grão-de-bico e tinha sido dado como apelido a um antepassado seu, em razão de uma verruga no nariz, semelhante ao mencionado vegetal. Ao entrar na vida pública, sugeriram a Marco Túlio que se abstivesse de usá-lo. Ele se negou, e foi com ele que se celebrizou para a posteridade.
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Babaquice infinita!!
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Quanta babaquice. Querem ressignificar as palavras para impor sua militância dessa ideologia, que é a mais assassina - literalmente e carnalmente assassina - da História da Humanidade.
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