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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Mais um dia que ainda não acabou na política com o silêncio de Bolsonaro

Bolsonaro é o candidato derrotado que mais demorou para falar depois de uma derrota. Enquanto isso, as estradas são fechadas pelo país afora


01/11/2022 04:00 - atualizado 01/11/2022 09:21


Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi fechada ontem com ameaça de invasão de caminhoneiros
Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi fechada ontem com ameaça de invasão de caminhoneiros (foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 31/10/14)



A Polícia Militar do Distrito Federal (PM–DF) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP–DF) decidiram fechar, preventivamente, a Esplanada dos Ministérios depois de uma suspeita de que caminhoneiros Bolsonaristas estavam planejando invadir a área central para protestar contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencida pela Presidência da República Federativa do Brasil.

Às 11h, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) estava no Palácio do Planalto, onde chegou por volta das 9h45. Até agora, não há previsão de um pronunciamento. A situação vai na contramão da informação inicial da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), feita logo depois do fechamento das urnas, de que o presidente falaria.

O silêncio em reconhecer o resultado nas eleições torna Bolsonaro o candidato derrotado que mais demorou para falar depois de apuradas as urnas.

Enquanto ele não se manifesta, estradas são fechadas pelo país afora. O trânsito na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi interditado por volta das 16h de ontem, por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF). De acordo com a pasta, a medida foi tomada depois que identificados a possível organização de um ato combinado por redes sociais.

A presidente nacional do PT e coordenadora–geral da campanha vitoriosa de Lula ao Planalto, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT–PR), afirmou ontem que a transição de governo começará em até 48 horas, independentemente da colaboração do ainda presidente da República Jair Bolsonaro.

“Temos transição estabelecida em lei. Essa lei nos dá guarida para fazer o desenrolar da transição, independente da participação do presidente ou quem quer que ele designe”, disse a parlamentar Gleisi Hoffmann.

E tem mais gente sensata: o deputado Nereu Crispim (PSD–RS), presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros, falou sobre os bloqueios nas estradas promovidos após a derrota do presidente Bolsonaro para o ex–presidente Lula.

O parlamentar classificou os manifestantes como “criminosos ideológicos” que fazem “uso político” do nome da categoria. “Essas pessoas que hoje estão tentando paralisar as rodovias são criminosos ideológicos, que não souberam perder a eleição ontem”, disse o deputado.
E encerrou: “Nós não estamos precisando desse tipo de atitude neste momento, de criar uma instabilidade”. Será que o presidente Bolsonaro vai ouvir o deputado gaúcho Nereu Crispim?


Joe Biden
(foto: Mandel Ngan/AFP)



Gentileza de Biden


O fato é que o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o democrata Joe Biden (foto) conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo telefone para cumprimentá–lo pela vitória nas eleições de domingo. A ligação durou cerca de 20 minutos informou o governo norte–americano. De acordo com uma nota do governo dos EUA durante a conversa Biden elogiou a força das instituições democráticas brasileiras depois das eleições livres, justas e confiáveis. No próprio domingo, o governo de Biden já havia divulgado uma mensagem para felicitar Lula pela vitória.


Documento de fé

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, ontem, em 31 de outubro, uma mensagem sobre a conclusão das Eleições 2022. O momento, de acordo com a mensagem, “convoca–nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre”. A presidência da CNBB aponta o caminho que todos os brasileiros, indistintamente, precisam trilhar: acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. “O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral”, diz o documento.


Relator mineiro


O Tribunal de Contas da União (TCU) informou, ontem, que vai acompanhar o processo de transição do governo federal. Neste domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente, derrotando Jair Messias Bolsonaro (PL), que concorria à reeleição. De acordo com o TCU, o acompanhamento será por um comitê. O relator do processo é o ministro Antonio Anastasia. Para isso, a equipe do atual governo tem que colaborar dando informações. Os ministros Bruno Dantas, presidente em exercício da Corte, e o ministro Vital do Rêgo, também devem integrar esse comitê.


Mais Minas

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD–MG), conversou por telefone, ontem, com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou ter dito ao petista que ele terá no Senado “toda a colaboração para resolver os problemas enfrentados pelos brasileiros”. Antes, no domingo, em entrevista no Senado, Pacheco já havia cumprimentado publicamente Lula pela vitória na eleição presidencial e disse que ligaria para o petista e para o candidato derrotado do PL à reeleição, presidente Jair Messias Bolsonaro.


Para finalizar...

... A missão internacional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) concluiu que as eleições brasileiras foram de forma segura e confiável. A conclusão do grupo está em relatório de avaliação do pleito, divulgado, ontem. De acordo com a entidade, a votação por meio da urna eletrônica é “confiável e credível” e permitiu a contagem célere dos votos. Não há reclamações suscetíveis para colocar em dúvida a transparência do processo de votação. Os fiscais da entidade foram em diversas seções eleitorais. Para a missão, as eleições seguiram os padrões internacionais.


Em tempo, ainda sobre a CNBB cumprimenta os candidatos eleitos, os deputados, senadores, os governadores e o presidente da República eleito e “parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático”.

Mais um Em tempo, desta vez da nota Relator mineiro Antonio Anastasia (foto): em último caso, um interlocutor da Corte lembra que os atuais gestores públicos podem ser punidos caso dificultem o trabalho da transição. A ideia é que o grupo se torne permanente e atue nas próximas transições.

Em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula (PT) como novo presidente da República, caminhoneiros bolsonaristas seguem bloqueando as estradas pelo país. Mais cedo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) usou bomba de gás lacrimogêneo para tirar o grupo. Mas eles voltaram.

E tem a Bolsa de Valores. O dólar caiu 2,55%, cotado a R$ 5,1654 no primeiro dia depois da vitória do ex–presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As ações da Petrobras também terminaram o dia em queda após o ex–presidente afirmar na campanha que a empresa não será privatizada.

Já que é assim e a semana está ainda começando basta por hoje. FIM!

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