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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Bolsonaro e a promessa de um discurso pacificador na Assembleia da ONU

Enquanto isso, CPI da COVID convida Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente da República, para depor


16/09/2021 04:00 - atualizado 16/09/2021 07:31

No ano passado, presidente Bolsonaro fez o discurso de forma remota por causa da pandemia
No ano passado, presidente Bolsonaro fez o discurso de forma remota por causa da pandemia (foto: Marcos Corrêa/PR)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “precisa decidir se vai apurar os desdobramentos desta situação ou se vai parar por aí e pagar o preço político”. Quem deixou claro foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que completou: “Esse preço não vai ser meu”. Foi a justificativa dele para apresentar o requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (até hoje sem partido).

 

No final, ele venceu. Foi aprovado em votação simbólica, com voto contrário do senador Marcos Rogério (DEM-RO). E ele mencionou “indícios veementes” de proximidade entre ela, a ex-esposa, para que fique claro, e o depoente Marconny Faria.

 

Depois de tudo isso, o vice-presidente da CPI da COVID, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) encerrou o depoimento de Marconny Faria depois seis horas a fio de reunião. Ele convocou reunião para hoje, nesta quinta-feira, quando os senadores vão ouvir representante da Prevent Senior.

 

E tem ainda um fato importante, que passa pelo Palácio do Planalto. O próprio presidente da CPI, o senador Omar Aziz, defendeu ontem que o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário seja enquadrado no relatório final por prevaricação.

 

Sabe o que é isso? O Código Penal brasileiro ensina direitinho. “O crime de prevaricação ocorre quando um funcionário público retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesses diversos ou permitindo consentimento pessoal”.

 

Seria suficiente, né? Mas vale ainda um último registro do senador Omar Aziz: “O Wagner Rosário é um prevaricador. Como é que ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do ministério e não tomou providência?”. Assim mesmo, deixou no ar a pergunta.

 

E tem ainda a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Como segue a tradição, o presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, será o primeiro a discursar. E, pelo jeito, vai cumprir direitinho os devidos protocolos internacionais. Vai ressaltar o desenvolvimento sustentável, com enfoque em mudança do clima e no combate ao desmatamento.

 

Ou seja, vai fugir de trombar com o presidente norte-americano, Joe Biden, que é fervoroso defensor do desenvolvimento sustentável e combate o desmatamento.

 

Tempo não para

“Me permita, senhor presidente, colegas senadores... Ao ver o seu depoimento, senhor Marconny, eu só lembro daquele trecho da música de Cazuza: ‘Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro’”. E tem mais um registro sobre a música: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para, não para, não”. Tudo isso veio do vice-presidente da CPI da COVID, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

 

Só que parou

“Houve essas medidas, política de governo. Não foi negligência. Foi uma política pensada. Uma ação toda ela dirigida à valorização da economia. Tanto que em março de 2020, a Secom, Secretaria de Comunicação da Presidência, lança uma campanha: o Brasil não pode parar. E, na verdade, ele estava parando no cemitério, nas UTIs.” Quem disse foi Miguel Reale Júnior, acrescentando que o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, conspirou a favor do coronavírus da COVID-19. Para lembrar, Reale foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.

 

É isso aí, tá?

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, ontem, que o presidente Jair Bolsonaro já esperava que a medida provisória que alterava o Marco Civil da Internet fosse devolvida. “Presidente já esperava isso aí. Então, sem problemas”, alegou a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto. “Pelo que eu avaliei, não vi o presidente tão empenhado nisso aí. Não sei quais foram os movimentos que foram feitos, quais foram as mensagens trocadas. Não posso esclarecer isso aí pra vocês, tá?”. E ficou nisso o general Mourão.

 

Nada educado

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados decidiu convocar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para explicar a criação de dez Institutos Federais de Ensino Superior (Ifes) e a atuação do governo ao indicar reitores. Autor do requerimento, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) deixa mais claro: “Os reitores passaram a ser indicados pelo governo, em verdadeiro desmonte na autonomia universitária”. O presidente Jair Bolsonaro já nomeou vários reitores, mesmo não sendo os mais votados nas eleições internas das universidades.

 

A histeria

O deputado federal Boca Aberta (Pros-PR) ofendeu o seu colega deputado Alexandre Leite (DEM-SP). As ofensas foram registradas em vídeo. Ao longo da gravação, Boca Aberta xinga Alexandre Leite de “cafajeste, vagabundo, bandido e ordinário”, além de chamar o colega do Partido Democratas “para o pau no plenário”. Tanto que Leite, democraticamente, não respondeu às ofensas. Por meio de nota de sua assessoria, Alexandre Leite relatou que o deputado Boca Aberta já “desferiu diversos ataques histéricos e mentirosos tanto contra mim, quanto à minha família”.

 

PINGA FOGO

 

  • Em tempo, sobre a nota Nada educado: o requerimento sobre os Institutos Federais também foi subscrito pelos deputados Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Leo de Brito (PT-AC) e ainda o parlamentar Hildo Rocha (MDB-MA).

  • E tem mais: com a aprovação, o ministro terá até 30 dias para comparecer no colegiado, após receber o ofício de convocação. Diferentemente da modalidade de convite, o ministro terá até 30 dias para comparecer no colegiado, após receber o ofício de convocação. Ele é diferente do convite.

  • Em pronunciamento, ontem, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) parabenizou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pela decisão de devolver ao Poder Executivo a medida provisória  das fake news.

  • A justificativa deixa claro. “A MP que o presidente Bolsonaro editou na véspera das manifestações golpistas de 7 de setembro tinha, a meu ver, objetivos claros: dar amparo jurídico às milícias digitais e oficializar a mentira como forma de governo.”

  • É, foi mesmo um dia cheio e pelo jeito ainda terá mais desdobramentos esta semana. Melhor aguardar o que ainda vem por aí. FIM!

 

 
 

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