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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Os 500 mil mortos não fazem Bolsonaro desistir do tratamento precoce

Chefe do Executivo federal volta a defender tratamento precoce para combater o novo coronavírus


22/06/2021 04:00 - atualizado 22/06/2021 07:09

(foto: Sérgio Lima/AFP)
(foto: Sérgio Lima/AFP)


O esporte preferido do presidente da República, pelo jeito, é sempre encontrar um jeito de atacar a imprensa. Melhor ele próprio deixar claro: “Lamento todos os óbitos, muito. Qualquer óbito é uma dor na família. Desde o começo, o governo federal teve a coragem de falar em tratamento precoce. Alguns até dizem como está sendo conduzida essa questão, parece que é melhor se consultar com jornalistas do que com médicos”.

Já que é assim, Bolsonaro se manifestou sobre as mais de 500 mil mortes por COVID-19. A marca foi no sábado. E usou a ironia para atacar. “Quem tiver com COVID-19 sabe quem procurar agora, o doutor William Bonner, falou pessoal? A doutora Miriam Leitão também é muito boa.” Foi ontem durante fala aos apoiadores de sempre, que nada têm a fazer. E claro tirou fotos com eles.

“Em acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), faremos três dias de luto sem interrupção dos trabalhos legislativos das duas Casas porque pensamos que a melhor maneira de ajudar o Brasil no combate à pandemia é manter o Congresso funcionando.”

Quem diz é outro presidente, o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O fato é que o Congresso Nacional vai decretar luto de três dias em respeito às 500 mil mortes por coronavírus. Só que tem um outro registro necessário. Lira avisou que as atividades das duas Casas, no entanto, não serão suspensas.

Os líderes da oposição apresentaram ao presidente um ofício, assinado por todos os partidos da Minoria, em defesa do luto oficial em respeito às 500 mil mortes. “A gente tem que dar uma resposta, mostrar sensibilidade à dor de todos os brasileiros.” É registro do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que comanda os oposicionistas, junto com Marcelo Freixo (Psol-RJ).

E claro que teve o revide: “Lamento aqui as 500 mil mortes. São 500 mil vidas que se foram, mas é canalhice querer colocar isso na conta do governo, é canalhice querer culpar o presidente Bolsonaro”. Dessa vez é o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), que é bolsonarista de carteirinha. Só que o melhor ainda estava por vir, e desta vez partiu do deputado Giovani Cheri (PL-RS): “Temos que fazer um tribunal internacional para ir na China ver o laboratório que criou o vírus”. O gaúcho é outro bolsonarista de carteirinha.

Já hoje, tem o padrinho do gabinete paralelo. O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) será ouvido, se aparecer de fato na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19. Os requerimentos tinham sido apresentados como convocação, mas ele vai depor como convidado.

Sendo assim, já basta. A semana promete...

Liberdade de imprensa

Após os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), postou mensagem no Twitter defendendo a liberdade de imprensa e a união no combate à pandemia. Sem citar o chefe do Executivo federal, o parlamentar escreveu: “A COVID, as mortes e os reflexos sobre o país, embora possam aflorar maus sentimentos, impõem absoluta necessidade de união em torno de soluções. Parte fundamental desse esforço é a imprensa, que deve ser respeitada e livre para cumprir o dever de informar, mesmo na divergência”.

Discurso rápido

“Estou aqui, hoje, vendo uma garotada que se espalha pelos quatro cantos do Brasil para levar patriotismo e dedicação às cores de nossa bandeira. E a obrigação maior de todos nós, militares, além de fazer cumprir a nossa Constituição, é garantir a nossa liberdade; aquilo que realmente nos move, nos dá alegria e prazer.” Foi na formatura de 281 novos sargentos da Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP).  E Bolsonaro voou rapidinho para Brasília.

Ao aterrissar

Na volta de Guaratinguetá (SP), depois do evento na Aeronáutica, o presidente até iniciou a entrevista usando a máscara, mas logo depois, no entanto, fez questão de retirá-la e fez uma série de ataques contra o uso das máscaras. Os alvos foram os jornalistas. “Eu chego como eu quiser, onde eu quiser, está certo? Eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, você não use. Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora?” Quem respondeu foi um leitor: “Tá acusando o golpe. O ajuste de contas do genocídio chegou e ele sabe”.

Sem máscara

Melhor então buscar outra doutora, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Ao ver o seu chefe retirar a máscara e, sem antes, mandar uma repórter “calar a boca”, a parlamentar seguiu o presidente e também retirou o equipamento de proteção. Só que, em seu perfil na Câmara dos Deputados, a deputada Carla Zambelli se diz escritora. Ah! O livro é o: “Não foi golpe – Os bastidores da luta nas ruas pelo impeachment de Dilma”, LVM Editora, 2018. Está explicada a insensatez da bolsonarista de carteirinha. Conseguiu trazer a Dilma de volta, que anda sumida.

Curto-circuito

Restaurar a emenda aprovada pelo Senado Federal é fundamental para reverter o prejuízo. Apenas com liberdade de escolha e competição os consumidores colherão algum efeito positivo deste processo de capitalização da Eletrobras. A reclamação partiu da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A alegação é que relatório do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) é duro golpe contra a liberdade de escolha para os consumidores de energia. Ele preservou os jabutis, o que vai contribuir para aumentar a energia elétrica. Ou seja, vai doer em seu bolso.

PINGA FOGO

  • Em tempo, sobre a nota Curto-circuito: restaurar a emenda aprovada pelo Senado Federal é fundamental para reverter este prejuízo. Apenas com liberdade de escolha e competição por preço os consumidores colherão algum efeito positivo deste processo de capitalização da Eletrobras.

  • Municípios mineiros receberam, ontem, mais de R$ 8,4 milhões em máquinas e equipamentos que serão empregados na execução de obras e serviços públicos, na manutenção de vias e em suporte a atividades produtivas.

  • A entrega dos bens foi por meio da Codevasf, em Serro (MG). O tom político quem deu foi o superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, Marco Câmara: “A partir do apoio dos parlamentares, que destinam emendas, conseguimos entregar máquinas e equipamentos”.

  • O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, garantiu que as eleições no Brasil são “seguras, transparentes e auditáveis”. A declaração foi feita ao grupo de parlamentares que pretendem trazer de volta a burrice da necessidade de voto impresso.

  • Presente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a “contagem pública dos votos”. Melhor então encerrar por hoje, sem dizer que é uma bobagem bolsonarsta. Iih! Falei! FIM!
 
 

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