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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

A missa que foi uma aula com amor e paz

A CNBB informa: 'não temamos manifestar a solidariedade e a esperança. Superemos a indiferença. Façamos isso, porém, de modo prudente...'


postado em 17/03/2020 04:00 / atualizado em 16/03/2020 21:49

''Ninguém tem nada a ver com isso'', fez questão de avisar o presidente Jair Bolsonaro em entrevista(foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
''Ninguém tem nada a ver com isso'', fez questão de avisar o presidente Jair Bolsonaro em entrevista (foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O Domingão do Faustão não teve público, seguindo a orientação de prevenir os riscos do COVID–19, o coronavírus. Algumas horas antes, no entanto, teve nada menos que o ainda presidente da República Federativa do Brasil. Ele deveria sofrer um processo de impeachment, por incentivar atos que colocam em risco a população.

Ninguém tem nada a ver com isso”, fez questão de avisar o presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirantes ao participar do programa Domingo Esportivo, aquele que tem o Milton Neves como âncora. Registro: o toque mineiro é que Milton Neves nasceu em Muzambinho.

Algumas frases bastam para que fique mais claro: “Se a economia afundar, afunda o Brasil”. Outra foi: “Eles posando com mártires”, reclamou sem citar os nomes de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, ou de Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal. Para atualizar o assunto, fica o último registro: “histeria”, palavra que repetiu várias vezes quando perguntado se deveria dar exemplo. Chega de Bolsonaro. Há mais sensatez no país.

“Não temamos manifestar a solidariedade e a esperança. Superemos a indiferença. Façamos isso, porém, de modo prudente e em consonância com as orientações sanitárias. São muitos os recursos tecnológicos ao nosso dispor atualmente. Eles podem ajudar a suprir a distância física nesse período de cautela”.

“Tenhamos igual firmeza para discernir informações, desconsiderando notícias falsas, que se alastram com facilidade. Seu desejo é o de nos enfraquecer e abater. Não hesitemos, portanto, em buscar sempre a verdade das informações. Evitemos que o medo nos torne mais vulneráveis. Deus nunca nos abandona e, nos momentos mais difíceis, nós o podemos sentir ainda mais próximo em seu amor e sua paz”.

As frases são de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte-MG, Presidente da CNBB, de Dom Mário Antônio da Silva, Bispo de Roraima-RR, 2º Vice-Presidente, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre-RS, 1º vice-presidente e dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro- RJ, Secretário-Geral da CNBB.

E eles encerram: “por fim, fazendo cada um a sua parte nessa grande empreitada, que é de todos, não deixemos de rezar pelo mundo inteiro, em especial pelas vítimas e pelos profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso”.

Nada mais é necessário acrescentar, além de torcer para que a pandemia arrefeça pelo mundo afora.

“Medidas rígidas”

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), que já foi ministro da Saúde, Bolsonaro presta um desserviço à nação. Costa afirmou que o presidente deveria dar o exemplo. “Enquanto líderes mundiais vêm adotando rígidas medidas contra a pandemia do coronavírus, os integrantes do governo Bolsonaro e seus defensores prestam um completo desserviço à nação e ao planeta”.

“A insatisfação”

“Impressionante o nível das manifestações democráticas de hoje. Se não fossem as recomendações contrárias devido ao coronavírus, as ruas não comportariam o público verde e amarelo. Muito elevado o grau de insatisfação do povo com parlamentares e magistrados”. Já o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) preferiu saudar as manifestações e fez questão de ressaltar que os atos teriam atraído uma quantidade maior de pessoas não fosse pela pandemia.


Resumo da crise

“A economia mundial desacelera rapidamente; a economia brasileira sofrerá as consequências diretas. O presidente da República deveria estar no palácio coordenando um gabinete de crise para dar respostas e soluções para o país. Mas, pelo visto, ele está mais preocupado em assistir às manifestações que atentam contra as instituições e a saúde da população”. A frase é do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quase no fim da noite de domingo. Nada a acrescentar é necessário mais uma vez.

COVID mineiro

Tinha de ter mineiro no meio do caminho do COVID-19. É o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que também esteve na viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Embora não tenha viajado a Miami no avião presidencial, ele está fazendo exames, já que foi diagnosticado com o coronavírus. Robson Andrade é nada menos que o comandante da maior entidade empresarial do país. A informação oficial da CNI é que ele está “bem e assintomático” e cumpre quarentena em casa.

Só dois exemplos

16/03/2020 – 16h34 – Comissões – cancelada a audiência pública com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque que a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) realizaria para discutir o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE). Um pouquinho antes, às 16h11, para evitar riscos com a COVID-19, o presidente da comissão, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) decidiu cancelar a reunião que tratava da Medida Provisória (MP) 907/2019 que isenta os hotéis de tocarem músicas ouvidas em hotéis. É, a crise ainda vai longe.

Pinga-fogo

O dólar fechou em forte alta por conta da pandemia de coronavírus gerando nervosismo e abalo nos mercados globais, ainda mais que Donald Trump deixou claro que a pandemia pode durar até julho, agosto ou talvez até mais tarde.

Foi cancelada a reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na comissão mista, a que reúne deputados e senadores, que analisa a reforma tributária. Faz muita diferença não. Ainda dá tempo e com folga.

Pelo cronograma da comissão, o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) só deverá ser apresentado em 28 de abril. Bem, se Paulo Guedes quiser, ele vai adiando, adiando... Afinal, não há uma nova data para reunião. Basta o ministro enrolar.

Ficar em casa, que nada! Pelo menos no Rio de Janeiro. E pouco adiantou os conselhos dos bombeiros que passaram o dia fazendo alerta para que população fique em casa. Adiantou não. A orla, em Ipanema, no Leme, no Arpoador, ficou cheia para uma segunda-feira.

Diante disso, deixando de lado a inveja dos cariocas, o jeito é encerrar por hoje. A semana está só começando.
 

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