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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

Mourão volta a virar bombeiro da 'vida democrática'

O Clube Militar do Exército usou a sua própria rede de contatos para convocar os seus associados a comparecer ao ato contra o Congresso e o STF


postado em 12/03/2020 04:00 / atualizado em 12/03/2020 07:45

O vice-presidente Hamilton Mourão diz que ato do Clube do Exército está sendo acompanhado e que manifestação pacífica e da democracia(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press 13/9/19)
O vice-presidente Hamilton Mourão diz que ato do Clube do Exército está sendo acompanhado e que manifestação pacífica e da democracia (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press 13/9/19)

O Pontífice agradeceu “de coração” a todos os médicos, enfermeiros, agentes de saúde e voluntários que neste momento estão ao lado dos que sofrem. Francisco agradeceu ainda todos os cristãos e pessoas de boa vontade que, unidos, rezam por esta situação. Foi no final da audiência geral, que o Papa se dirigiu a todos os doentes infectados com o coronavírus e que sofrem com a doença.
 
Da biblioteca do Palácio Apostólico, o Papa Francisco realizou ontem a audiência geral. Sem fiéis, sem peregrinos, sem abraços e afagos nas crianças e com os telões na Praça São Pedro desligados, já que ela está fechada. Transmitida ao vivo pelo portal Vatican News e pelas redes sociais, a audiência foi realizada como de costume: com os locutores em várias línguas lendo o salmo inicial e o resumo da catequese ao final.
 
O jeito é rezar mesmo, basta voltar um pouco no tempo, para a terça-feira e tratar de política: Quase na hora da novela, às 20h37min, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) postou banner com os dizeres: “as manifestações do dia 15 de março não são contra o Congresso, nem contra o Judiciário. São a favor do Brasil”.
 
E mostrou manifestação capitaneada por seus pares com direito a ataque ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Brasil sem Lula”, era a imagem que ilustrava o tweet. A Caserna, no entanto, logo ficou assanhada.
 
O Clube Militar do Exército, sediado no Rio de Janeiro, usou a sua própria rede de contatos para convocar os seus associados a comparecerem ao ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). E eles, certamente, estarão preparados para atacar. A menos que haja uma voz de sensatez. Ainda bem que tem uma voz. E ela vem de uma boca importante.
 
Formado por militares da reserva, o clube já foi presidido pelo hoje vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e funciona como centro de articulação política de parte do Exército. Já teve algumas controvérsias, foi tratado como bombeiro em contraponto ao presidente Jair Bolsonaro e depois recuperou, como não poderia deixar de ser, a confiança do chefe, que costuma ser sempre desconfiado.

E é Mourão quem voltou a ser bombeiro nesta controvérsia toda sobre o ato do Clube do Exército: “está sendo acompanhado. Manifestação, já falei, faz parte da vida democrática, desde que seja ordeira, pacífica, então não vejo problema nisso daí”. Tomara que o vice-presidente esteja certo mais uma vez.

Antes tarde

Terça-feira, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar arquivou o processo do Partido Solidariedade contra o deputado André Janones (Avante-MG). O partido alegava que ele quebrou o decoro ao “fazer falsas acusações e ofender parlamentares em transmissões por rede social”. Janones se defendeu de um jeito bem mineiro: “Não me arrependi do que falei, mas da maneira como falei, o que deu margem a interpretações diversas”. O relator, deputado Diego Garcia (Pode-PR), entendeu que o deputado do Avante agiu nos limites da liberdade do seu mandato.

A propósito

Teve um porém, nesta história que avançou diante da absolvição, digamos assim, para André Janones. O deputado Delegado Waldir (PSL-GO) reclamou do fato de o Conselho de Ética “criar uma jurisprudência em que a imunidade é suprema”. Na opinião dele, o colegiado parece um “oásis de impunidade. Aqui não é a Casa da agressão. A gente está cometendo um equívoco”. A alegação do Delegado Waldir faz todo sentido.


Multipartidário

Quem ofereceu o presente de aniversário foi nada menos que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terça-feira agora. Ele foi o comandante de um jantar, multipartidário, que reuniu inúmeros parlamentares para marcar a data. O aniversariante foi o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) (foto). E claro que teve um pano de fundo político no cardápio. Entre seus ingredientes, o mineiro ressaltou “o medo de ruptura institucional entre os Poderes e o temor de que ela possa prejudicar as reformas necessárias para o país.”

A pandemia

A presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), defendeu mais recursos aos estados e municípios para o combate ao coronavírus. “A grande preocupação que tenho é que o orçamento dos estados já não suporta mais a carga do Sistema Único de Saúde (SUS), os orçamentos municipais da mesma forma”, começou assim a deputada, antes de deixar clara a necessidade de “garantir mais recursos para o setor da assistência para média e alta complexidade”. Com o coronavírus (Covid-19) faz todo sentido a preocupação da parlamentar.


Alta capacidade

O IVA é eficiente porque apresenta baixos custos de coleta, alta capacidade de arrecadação e é bastante impermeável à fraude, ou seja, mais difícil sonegar. Além disso, é neutro, pois não cria distorções, não atrapalha decisões de investidores e não onera as exportações. O fato de o IVA ter esses dois lados é quase único. Não conheço nenhum outro imposto capaz de fazer essas duas coisas. Quem ressalta é a professora Rita de La Feria, da Universidade de Leeds, na Inglaterra. E nem precisou de tradução simultânea sobre o Imposto do Valor Agregado. Ela é portuguesa.

Pingafogo


• Também estiveram presentes no jantar promovido por Rodrigo Maia no aniversário de Aécio Neves o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de ministros de tribunais superiores e do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

• Em tempo: ainda sobre a professora Rita de La Feria. Ela foi a primeira de uma série de especialistas a serem ouvidos pela Comissão Mista da Reforma Tributária. E foi aprovado ainda o plano de trabalho que foi proposto pelo relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

• O próximo convidado para a semana que vem é o ministro da Economia, Paulo Guedes. A audiência está marcada para terça-feira que vem, dia 17, e o horário já foi confirmado para as 14h. Pelo menos é o que prevê o presidente do colegiado, senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

• Vale ainda mais um tempo: hoje vereador em São Paulo, o petista Eduardo Suplicy (foto) visitou o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. O detalhe é que, adversários desde a redemocratização, Suplicy e FHC estiveram do mesmo lado durante a ditadura.

• Sendo assim, será que Suplicy cantou Blowin’ In The Wind, como fazia no Congresso, da música de Bob Dylan? Sei lá, mas vale a lembrança e encer rar por hoje. Um bom dia todos.

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