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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Bolsonaro diz não ter ido à ONU para ser aplaudido

E, estando já em casa, atacou a imprensa. Os termos que usou foram 'desgastar, esculachar e ofender'. E lançou o desafio: 'Me apontem quem eu ofendi'


postado em 27/09/2019 06:00 / atualizado em 27/09/2019 07:24

O francês Emmanuel Macron voltou a ser alvo do presidente Jair Bolsonaro(foto: Bertrand Guay/AFP - 30/8/19)
O francês Emmanuel Macron voltou a ser alvo do presidente Jair Bolsonaro (foto: Bertrand Guay/AFP - 30/8/19)
O que mais dizer em um dia monopolizado pelo julgamento da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF)? O cenário era o Supremo Tribunal Federal (STF) e foi marcado por longos votos dos ministros. No fim da tarde, apenas três dos 11 já tinham se manifestado.

Melhor então passar para o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que preferiu tratar um pouco mais de sua participação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Como estava rodeado de seus apoiadores, optou por partir para o ataque.

“Não fui lá para ser aplaudido. Mostramos os problemas do Brasil e tinha gente demonstrando que a ONU foi criada no passado contra o vício do colonialismo, que tem um país, não citei o nome do país, que quer voltar com isso.” Óbvio que os alvos do presidente foram o presidente da França, Emmanuel Macron, e, em especial, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

E, como sempre, estando já em casa, atacou a imprensa. Os termos que usou foram “desgastar, esculachar e ofender”. E lançou o desafio: “Me apontem quem eu ofendi”. Diante disso, o melhor que seria a fazer é chamar o cacique Raoni, mas aí vira provocação barata. Que tal então chamar a Merkel?

Deve ser provocação dela o anúncio, quarta-feira, de mais de meio milhão de euros para revitalizar as florestas do país. Na Cúpula Nacional da Floresta, em Berlim, coube à ministra alemã da Agricultura, Julia Klöckner, anunciar que vai destinar 547 milhões de euros (R$ 2,5 bilhões) para combater pragas, longos períodos de estiagem e incêndios.

Melhor tratar dos problemas brasileiros, em especial, garantir a eficácia e a eficiência na aplicação dos recursos públicos, que depende de constante monitoramento e avaliação. É esse o pressuposto que deu a tônica da audiência pública interativa promovida pela Subcomissão sobre Gastos Públicos e Combate à Corrupção esta semana, no Senado.

Não deveria, como é temporária a subcomissão. Bem, pelo menos ela é presidida pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e funciona no âmbito da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC). Já serve. Para registro, a relatora é a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Sendo assim, para não dizer que deixei de falar dos votos no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), melhor esperar a sua repercussão e fazer, como os ministros, uma questão de ordem e encerrar por aqui.

A pá de cal

Se foi o que fez a União Europeia, o melhor a fazer é o Brasil não perder tempo e cuidar disso rapidinho. “Nós não cuidamos de nossas âncoras de confiança no mundo cibernético. Não temos controle sobre o que o povo brasileiro deve confiar.” O alerta é do supervisor do Laboratório de Segurança da Computação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ricardo Custódio, para quem o Brasil está atrasado.


Volte no tempo

Como não poderia deixar de ser, o professor Ricardo Custódio citou que o ex-agente da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden provou a existência do esquema internacional de espionagem feito pelo governo norte-americano. E deu a pá de cal o professor Custódio: “Nós não cuidamos de nossas âncoras de confiança no mundo cibernético”. Já é hora mesmo, né?


Passou recibo

“Levei uma índia lá, a Ysani Kalapalo, não existe mais o monopólio do Raoni. Raoni fala outra língua. Não fala a nossa língua. É uma pessoa que está com uma certa idade avançada, vamos respeitá-lo como cidadão. Mas ele não fala pelos índios. Cada tribo tem um cacique”, afirmou ontem o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Óbvio que tratava ainda de sua presença na ONU. E ele ainda acrescentou: “A carta que eu li é muito importante e não foi dado o destaque na mídia. É uma carta dos índios produtores rurais. Eles querem sair da escravidão, esmola de ONG, Bolsa-Família e cesta básica”.


Uma curiosidade

(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS 3/12/18)
(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS 3/12/18)

Minas Gerais não tem praia, mas o registro vem do deputado mineiro Fred Costa (foto) (Patriota): “Essas informações deixam clara a importância, para a saúde da população, de se sinalizarem as condições de balneabilidade das nossas praias”. Ele foi o relator do projeto de lei que determina que sejam colocadas placas em locais visíveis, de grande circulação, e com atualização constante. O autor da proposta foi Célio Studart (PV-CE). Assim, fica mais fácil entender. Não são poucos os mineiros que gostam, por exemplo, das praias de Jericoacoara e Canoa Quebrada, duas que antigamente eram frequentadas por bichos-grilos, na gíria antiga.


Em duas frases

“O Ministério Público não deve gerir, que é missão do Executivo, legislar, que é missão do Legislativo, e nem julgar, que é missão do Judiciário, mas sim induzir políticas públicas.” É a primeira. “A nota forte desta gestão deve ser o diálogo. Assim poderemos solucionar problemas no Brasil”, acrescentou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o novo procurador-geral da República, Augusto Aras. Para lembrar, foi o escolhido que não estava na lista tríplice do Ministério Público Federal (MPF) e chegou a gerar uma crise institucional

Pinga-fogo

Fundos de investimento defendem agência independente para saneamento básico. Era o título em matéria do site oficial da Câmara dos Deputados. Aí não dá para resistir. Independência para sanear os recursos públicos o Brasil anda precisando mesmo.

Tirando a brincadeira de lado, o fato é que os números não mentem: 12% da população brasileira, que é de 210 milhões de pessoas, não tem acesso à água tratada, 34% não acessam coleta de esgoto e 54%, mais de 100 milhões de pessoas, não têm acesso a tratamento de esgoto.

A ideia é “desindexar, desvincular e desobrigar” as despesas primárias federais, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, acrescentando que o governo enviará proposta de pacto federativo em que o Congresso Nacional assumirá o controle sobre a definição do Orçamento da União.

E ele ressaltou: “Vamos transformar o Congresso na Casa que efetivamente representa o povo, porque representar o povo é controlar o Orçamento. O Congresso existe para decidir para onde vão os recursos públicos”.

Se Paulo Guedes optou por terceirizar o destino dos recursos públicos, melhor encerrar por aqui e sem mexer com a calculadora. Afinal, se é o ministro responsável pelas contas públicas, não tem outro jeito. Curta a sexta-feira.
 

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