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O país anda mesmo sem rumo definido

Bem, quem não ficou calada esta semana foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Provocada por Bolsonaro, negou ter participado de luta armada na época da ditadura


postado em 18/05/2019 06:00 / atualizado em 18/05/2019 08:18

Diante do sinal vermelho que veio das ruas em mais de 200 cidades país afora na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) amarelou e determinou que a sua equipe ministerial deixe a tesoura que estava afiada dentro da gaveta e mandou que a área econômica refaça as contas dos cortes na área de educação. Para tentar despistar, incluiu também o setor da saúde, mas o próprio governo reconhece que ele já está no mínimo constitucional exigido.

Os cortes, no entanto, devem ser maiores. “Não tem nenhuma chance de MCMV ser interrompido”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O que ele quis dizer com o tal MCMV é o programa Minha casa, minha vida. Como vem do setor financeiro, não faz nenhuma diferença no tal contingenciamento, já que não se enquadra nele.

Rombo por rombo nas contas públicas, é mesmo grave a crise. Na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo do estado o rombo previsto é de R$ 11,3 bilhões no ano que vem. Ela foi enviada quinta-feira à Assembleia Legislativa (ALMG).

Para registro, o governador Romeu Zema (Novo) voltou ontem da segunda viagem aos Estados Unidos. Será que conseguiu uns dólares para amenizar o deficit mineiro? Afinal, quem assinou a mensagem com a proposta da LDO foi o vice-governador Paulo Brant, que estava como governador em exercício.

O que salta aos olhos na política mineira é o sinal vermelho e não vem da cor preferida do PT, mas da mesa diretora da Assembleia Legislativa (ALMG). Vale repetir, já que foi quarta-feira que seus integrantes rejeitaram o aumento dos secretários de estado alegando limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O recado a Zema já tinha sido dado. E sem o “sorry, baby”, já que ele nem no Brasil estava. Tinha embarcado na segunda-feira para encontro com empresários em Nova York. Será que trouxe algum investimento para conseguir calar a boca dos que o criticam?

Bem, quem não ficou calada esta semana foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Provocada por Bolsonaro, negou ter participado de luta armada na época da ditadura. “Durante a resistência à ditadura – e muito menos no período democrático –, jamais participei de atos armados ou ações que tivessem ou pudessem levar à morte de quem quer que seja...” E prometeu processá-lo.

Por fim, se tem “autor desconhecido” e um presidente da República replica que “o Brasil é ingovernável fora dos conchavos” e oficialmente por meio do porta-voz registra que vai colocar “o país de volta ao trilho do futuro promissor. Que Deus nos ajude!” É, só assim mesmo. Só resta rezar.

Time Magazine
Next Generation Leaders – How This Black Gay Politician Is Standing Up to the Far-Right Government in Brazil. Ele mesmo conta pelo Twitter: “Um homem negro, gay, favelado, cria do Jacarezinho, na capa de uma das revistas mais respeitadas do mundo como a próxima geração de líderes. Vocês têm noção do quanto isso representa pra mim? Só tenho a agradecer. Sigamos fortes e lutando!” Deputado federal David Miranda (Psol-RJ), o que substituiu Jean Wyllis, que renunciou ao mandato diante de ameaças de morte.

Dez anos a mil
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem “capacidade intelectual e emocional para gerir o Brasil”.  O artista também proferiu críticas aos filhos do chefe do executivo, ao filósofo Olavo de Carvalho e por aí vai. Se no meio do caminho tem “décadence avec élégance”, vale o registro da entrevista do cantor e compositor Lobão ao jornal Valor Econômico. Não sabia que ele entendia de economia, mas deixa pra lá. Melhor tratar de no final da madrugada perambulando pelos bordéis em décadence é melhor viver, 10 anos a mil do que mil anos a 10.

Falar em Wyllis…
Esta semana ele esteve de volta às notícias no Brasil. A desembargadora da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Marília Castro Neves, será processada pelo crime de injúria contra o ex-deputado Jean Wyllis. Trata-se de queixa-crime aceita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). No Facebook, no fim de dezembro de 2015, ela publicou: “Eu, particularmente, sou a favor de um ‘paredão’ profilático para determinados entes… Jean Willis (sic), por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão”.

Sem mágica
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, quarta-feira, o parecer do senador Cid Gomes (PDT-CE) favorável à proposta de emenda à Constituição (PEC) 19/2017 da ex-senadora Fátima Bezerra (PT), atual governadora do Rio Grande do Norte, proibindo a edição de medidas provisórias (MPs) que alterem bases da educação nacional. “Não há como alterar imediata e magicamente a realidade, em matérias que demandam a reorganização de estruturas, o manejo de recursos humanos e a alocação dos recursos materiais necessários a fazer face ao novo quadro normativo, seja nos sistemas públicos, seja entre os prestadores privados”, argumentou Cid Gomes.

De José Dirceu
A premonição: “É uma luta de longo prazo, não nos iludamos, não é de curto prazo. É um governo que tem base social, muita força e muito tempo”. 12 de novembro do ano passado. O fato: “O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção. Como eu disse no Tuca, um vulcão embaixo de um país de jovens e mulheres vai, como está acontecendo, entrar em erupção”. Ontem. Para registro, o Tuca foi palco de lançamento do livro de José Dirceu, ainda na época da primeira condenação.

PINGAFOGO

Em tempo, ainda sobre a nota Dez anos a mil. Se arrependimento matasse, Lobão não teria dado entrevista atualmente. O fato é que ele votou em Jair Bolsonaro (PSL), no primeiro turno da eleição presidencial do ano passado.

Na terça-feira, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara promove audiência pública para tratar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O pedido para o debate foi do deputado Nelson Pelegrino (PT-BA).

E faz todo sentido a alegação do parlamentar petista. Trata-se nada mais, nada menos, de que o governo pretende dar. Só que vai atacar 25% no orçamento para o Censo 2020. Isso mesmo, “se vai atacar os princípios fundamentais de estatísticas oficiais”, Pelegrino tem toda razão.

“A insatisfação popular fez com que o impeachment passasse a ser discutido nos bastidores políticos”. Informação do tal site de esquerda, leia-se PT, né? E tem mais: o caos econômico, com desemprego recorde, dólar acima de R$ 4 e a incapacidade de o governo apresentar propostas…

A torcida vale, mas o cenário é bem diferente. Mas os bolsonaristas já devem estar com a pulga atrás da orelha. Afinal, a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) já anda toda assanhada nos últimos dias. Anda deixando o seu pouso de Porto Alegre.

 

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