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Estado de Minas MES DO ORGULHO LGBTQIA

Por que o mês do Orgulho LGBTQIA+ é em Junho?

Negra, trans e ativista, Marsha P. Johnson foi uma das pioneiras pela luta a favor dos direitos da comunidade LGBTQIA+


03/06/2022 11:15 - atualizado 03/06/2022 13:17

Uma foto de 1970 de Marsha P. Johnson distribuindo panfletos em apoio aos estudantes gays na NYU é vista aqui, cortesia da exposição '1969: The Year of Gay Liberation' da Biblioteca Pública de Nova York
Marsha P. Johnson, em 1970, distribuindo panfletos em apoio aos estudantes gays na NYU (foto: HO)


Tenho certeza que nos últimos dias você percebeu que, nas redes sociais, programas de TV, Rádio e outras mídias, aumentaram o número de anúncios sobre o Orgulho LGBTQIA+, não é mesmo? Mas, muito além de propagandas, você sabe qual é o real motivo de Junho ser internacionalmente o Mês do Orgulho? 

Até 1962, relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas crime em muitos estados norte-americanos. Em Nova York, por exemplo, as pessoas eram obrigadas por lei a usar roupas de acordo com seu sexo biológico e os bares não podiam vender bebidas para homossexuais.

E mesmo em 1969, já não sendo proibido por lei, havia pouquíssimos lugares em Nova York que recebiam pessoas marginalizadas, incluindo a comunidade GLS. Os poucos que existiam eram atacados e perseguidos pela polícia. Era o caso do bar Stonewall Inn, no East Village, em Nova York. 

Vale ressaltar que, na década de 1960, o Stonewall Inn era um dos mais conhecidos bares gay de Nova York e a maioria das pessoas que frequentavam era de jovens periféricos, em situação de rua (boa parte estava nessa situação por conta do preconceito da família), transexuais, travestis e drag queens. 

No dia 28 de junho de 1969, em um curto espaço de tempo, o bar recebeu a terceira batida de policiais. Os agentes agrediram com muita violência e levaram sob custódia travestis e drag queens que frequentavam o bar. 

Toda essa abordagem agressiva impactou muito as pessoas GLS da região e gerou uma onda de revolta. As pessoas que se escondiam por conta da repressão e preconceito foram protestar por 6 dias. Essas pessoas foram às ruas se orgulhar de quem eram e também provocar o estado e a polícia.  

Essas manifestações foram a chave para dar início aos grandes movimentos a favor dos direitos GLS em diferentes regiões no mundo. Depois desse episódio histórico, várias organizações de direitos GLS foram fundadas nos Estados Unidos e em outros países. 

Junho foi escolhido para ser o Mês do Orgulho, justamente por conta dessa rebelião tão marcante que ocorreu no Bar Stonewall, e mais especificamente em 28 de Junho como Dia do Orgulho Gay. 

Uma grande personalidade da Rebelião de Stonewall, que estava na linha de frente dos protestos que tomaram as ruas dos Estados Unidos e, depois, do mundo, foi uma mulher negra transgênero, ativista e drag queen. Marsha P. Johnson foi uma das pioneiras pela luta a favor dos direitos da comunidade LGB.  

Além disso, Marsha P. Johnson percebeu muito rapidamente que, apesar de as pessoas trans e travestis terem tido um papel fundamental no início da Rebelião de Stonewall, essas pessoas eram excluídas até mesmo pelo restante da comunidade GLS. Ela sempre questionava porque as pessoas trans e travestis não tinham visibilidade e eram marginalizadas. 

Quer entender mais sobre o legado importantíssimo de Marsha P. Johnson e ao mesmo tempo ter mais detalhes de como nasceu o Dia/Mês Internacional do Orgulho LGBTQIA+ ? Então confira o documentário “A Morte e Vida de Marsha P. Johnson” que está disponível na Netflix. 

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