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Mas, afinal, por que trair não compensa?

Segundo um filósofo, a fidelidade vai além de personalidade e de caráter. É uma estratégia para alcançar a plenitude


24/06/2021 04:00


Por incrível que pareça, apesar de estarmos em pandemia, reclusos e mais voltados para a família, os infiéis de plantão conseguiram driblar o isolamento social e a convivência mais intensa com o (a) parceiro (a) para manter os “casos” na ativa. Algumas pessoas nem ficaram sabendo da traição; há os privilegiados, que nunca passaram por isso, mas quem foi traído e ficou sabendo deve ter sofrido muito com a humilhação e a falta de consideração por parte do parceiro (a).

O filósofo e pesquisador Fabiano de Abreu acredita que a fidelidade é parte do planejamento para a plenitude de uma vida tranquila e tem algumas teorias e pensamentos sobre o tema, que o levaram a escrever o livro “Viver pode não ser tão ruim”, no qual pondera que para ser feliz o ser humano tem como objetivo buscar maneiras de uma vida plena. “Plenitude é uma felicidade inconsciente. Ser feliz são momentos, ter plenitude da tranquilidade, da paz como chamo, é uma felicidade constante em uma potência baixa e com pequenas oscilações”, diz.

Como resposta a dois estudos realizados, Abreu publicou o artigo “Brasileiro é o povo mais ciumento, pois é o mais promíscuo”. Um dos estudos apontou o Brasil como o povo mais ciumento do mundo e o outro coloca o brasileiro como o povo mais promíscuo do mundo. Ele juntou as duas pesquisas para sua teoria de que as duas coisas estão interligadas.

Fabiano desenvolveu uma teoria de que a estabilidade contribui para a felicidade. “Se o relacionamento está bom, pra que colocá-lo em risco? Um balanço negativo no relacionamento pode ocasionar na perda, seja ela repentina ou tardia.” A infidelidade só existe quando há um relacionamento, um compromisso entre as partes envolvidas.

Mas, afinal, por que trair não compensa? Segundo o filósofo, a fidelidade vai além de personalidade e de caráter. É uma estratégia para alcançar a plenitude.

“Quando falamos em traição física, falamos em sexo, logo, falamos no tesão. O tesão não resulta em sexo quando não temos outras pessoas diferentes em nosso leque de possibilidades e oportunidades. Se não tivermos oportunidade de nos relacionar intimamente com outras pessoas, só teremos a consciência do que temos como concreto, do que está ao nosso alcance. Não seria anormal não ter pensamentos com outras pessoas e sentir desejo por elas, uma atração física. Contudo, quando isso sai do imaginário, da fantasia e do olhar e passa ao mundo físico, às vias de fato da traição, torna-se um risco.”

E acrescenta: “Imagine que você acabe ficando com outro parceiro (a) e goste tanto de se relacionar sexualmente com ele (a) a ponto de não querer mais voltar para o seu parceiro (a) anterior? O diferente pode naquele momento ser mais interessante, o sexo talvez mais ‘ardente’, mas com o tempo a rotina será a mesma, apenas com outros personagens. Temos que pensar que se o relacionamento está bom com o seu (sua) parceiro (a) atual, existem mais chances de ter um relacionamento pior com um parceiro diferente, e certamente igual nunca será”.

Psicólogos já comprovaram através de estudos que mentir faz mal à saúde física e mental. Viver com honestidade, além de prolongar a vida, ainda lhe deixa livre de apontamentos negativos e avaliação de caráter. A pessoa torna-se mais saudável e sua relação social mais leve e simples, diminuindo preocupações.

Certa vez, uma especialista disse que a traição pode ser acidental, romântica ou crônica. Ou seja, a pessoa pode amar a outra e, mesmo assim, trair por uma simples atração sexual, física, sem amor. O que se deve ter é consciência da atitude e de suas consequências, já que, mesmo sem descobrir, viverá com uma mentira e com o peso na consciência.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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