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Dieta mediterrânea pode reduzir risco de Alzheimer

Estudo mostra que dieta rica em peixe, vegetais e azeite de oliva protege o cérebro do acúmulo de proteínas e da perda de memória


25/05/2021 04:00

Incluir peixes e vegetais na alimentação pode ajudar a preservar a função cerebral(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Incluir peixes e vegetais na alimentação pode ajudar a preservar a função cerebral (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Razões familiares e sentimentais me levam a acompanhar tudo o que se refere à doença de Alzheimer, que chega silenciosamente e engana as pessoas mais perceptivas. Tenho experiência própria: além de insidiosa, ela é difícil de ser percebida, principalmente quando se mora junto da pessoa que está com a doença. A novidade é que, de acordo com novo estudo, seguir a dieta mediterrânea, rica em peixe, vegetais e azeite de oliva, pode proteger o cérebro de proteínas amiloides e tau, que podem levar à doença de Alzheimer. A pesquisa foi publicada na edição on-line de maio de 2021 da Neurology.

O estudo analisou as proteínas anormais chamadas amiloide e tau. Amiloide se forma em placas, enquanto tau se forma em emaranhados. Ambas são encontradas no cérebro de pessoas com doença de Alzheimer, mas também no cérebro de pessoas idosas com cognição normal.

A dieta mediterrânea recomenda alta ingestão de vegetais, legumes, frutas, cereais, peixes e ácidos graxos monoinsaturados, como azeite de oliva, e baixa ingestão de ácidos graxos saturados, laticínios e carne.

“Nosso estudo sugere que comer uma dieta rica em gorduras insaturadas, peixes, frutas e vegetais e pobre em laticínios e carne vermelha pode realmente proteger o cérebro do acúmulo de proteína que levaria à perda de memória e demência”, disse o autor do estudo, Tommaso Ballarini, Ph.D. do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (DZNE), em Bonn, Alemanha. “Os resultados se somam ao conjunto de evidências que mostram que o que você come pode influenciar suas habilidades de memória mais tardiamente.”

A pesquisa envolveu 512 pessoas –169 cognitivamente normais, enquanto 343 foram identificadas como tendo maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. As habilidades cognitivas foram avaliadas por extenso conjunto de testes para a progressão da doença de Alzheimer, que analisou cinco funções diferentes, incluindo linguagem, memória e função executiva. Todos os participantes fizeram exames de imagem para determinar seu volume cerebral. Além disso, o fluido espinhal de 226 deles foi testado para biomarcadores de proteína amiloide e tau.

Pesquisadores observaram a relação de alguém que seguia a dieta mediterrânea com o volume do cérebro, biomarcadores tau e amiloide e habilidades cognitivas. Depois de ajustar para fatores como idade, sexo e educação, descobriram que, na área do cérebro mais intimamente associada à doença de Alzheimer, cada ponto menor que as pessoas pontuaram na escala da dieta mediterrânea era igual a quase um ano de envelhecimento do cérebro.

Ao se verificarem amiloide e tau no fluido espinhal das pessoas, aqueles que não seguiram a dieta de perto tinham níveis mais elevados de biomarcadores de patologia amiloide e tau do que aqueles que seguiram. Quando se tratava de um teste de memória, as pessoas que não seguiram a dieta tiveram uma pontuação pior do que as que seguiram.

“Mais pesquisas são necessárias para mostrar o mecanismo pelo qual a dieta mediterrânea protege o cérebro do acúmulo de proteínas e da perda de função cerebral, mas as descobertas sugerem que as pessoas podem reduzir o risco de desenvolver Alzheimer incorporando mais alimentos da dieta mediterrânea em seu dia a dia”, informou Ballarini.

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