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Oxigenoterapia hiperbárica auxilia no tratamento de feridas

Câmara que permite uso da técnica foi trazida para BH há 19 anos por empreendedor que queria curar uma criança de sua família


05/10/2020 04:00

A coluna recebeu:
A câmara hiperbárica, na qual o paciente respira oxigênio em alta pressão durante duas horas diárias. Tratamento auxilia na cicatrização de feridas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press )
A câmara hiperbárica, na qual o paciente respira oxigênio em alta pressão durante duas horas diárias. Tratamento auxilia na cicatrização de feridas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press )

“Completando 19 anos de história, desde 2001, o Centro Mineiro de Medicina Hiperbárica percorre uma trajetória de pioneirismo e conquistas no cenário da saúde em BH. Trazer o tratamento para BH foi um projeto construído com cuidado e dedicação, uma demanda pessoal que motivou um grupo dedicado de médicos a buscar um tratamento de acesso ainda restrito no Brasil e torná-lo disponível também em Minas Gerais.

Houve uma preocupação para que fossem oferecidos aos pacientes não apenas os melhores equipamentos e a tecnologia mais adequada, mas, principalmente, os profissionais mais capacitados. Um dos médicos fundadores do CCMH esteve, então, na Rússia, conhecendo pessoalmente instalações especializadas no setor e fornecedores para que a nova clínica nascesse com o que havia de mais moderno na simulação de ambientes sob altas pressões.

Por tratar-se de uma terapêutica pouco conhecida em nosso meio, carecendo, inclusive, de reconhecimento pelas autoridades técnicas à época, iniciamos um trabalho de implementação e regulamentação. Fornecendo assistência segura e de qualidade, associou-se a documentação científica e divulgação à classe médica.

Naquele momento, a terapêutica não era reconhecida pela Agência Nacional de Saúde (ANS), não havendo, portanto, cobertura pelas empresas de seguro de saúde. Com os bons resultados e documentação científica adequada, o CMMH atuou, junto à Sociedade Brasileira de Oxigenoterapia Hiperbárica, auxiliando no reconhecimento da terapêutica, assim como nos protocolos para melhores práticas clínicas.

Começamos ocupando apenas uma sala no complexo Lifecenter. Após o primeiro ano de trabalho, já sentimos a necessidade de ampliação do espaço, buscando oferecer todas as opções disponíveis de câmaras aos pacientes, assim como uma assistência multidisciplinar com maior conforto e segurança.

Fundou-se, então, em 2002, o Centro Mineiro de Medicina Hiperbárica, filial Barro Preto, oferecendo tratamento amplo, incluindo curativos especializados, duas câmaras monopaciente e uma câmara multipaciente, a qual permite o tratamento de até oito pacientes concomitantemente.

O tratamento se baseia na oferta de oxigênio sob pressão, que, inalado dentro das câmaras de oxigenoterapia, potencializa a atividade celular e hormonal, auxiliando no processo de cicatrização. Cada sessão tem duração de duas horas diárias, havendo raras contraindicações.

É de grande importância a avaliação individualizada do tratamento por um médico hiperbarista, uma vez que o número de sessões e a resposta ao tratamento dependem de inúmeros fatores relacionados ao paciente e à doença que determinou a lesão.

Durante todos os 19 anos de funcionamento do Centro Mineiro de Medicina Hiperbárica foram tratados 4.896 pacientes, publicados inúmeros artigos científicos e orientadas diversas teses de mestrado e doutorado. Uma criança muito querida da família precisava do tratamento. Por ele, há 19 anos, trouxemos para Belo Horizonte a primeira câmara de oxigenoterapia hiperbárica.

Nosso compromisso com a sociedade nos permitiu tratar inúmeros pacientes não pagantes, para quem a oxigenoterapia hiperbárica podia mudar o curso da doença e, na maioria das vezes, evitando amputações. As crianças eram nosso foco, em parceria com a Sociedade de Epidermólise Bolhosa.

Abrimos a possibilidade de os bombeiros não terem que sair de Belo horizonte para realizar o teste hiperbárico anual obrigatório.

A oxigenoterapia hiperbárica é um tratamento médico indolor com pouquíssimas restrições e com indicação para todas as feridas que não fecham (pé diabético, cicatrizes cirúrgicas que não fecham, úlceras de perna, etc.). Uma excelente indicação é a cistite e retite actínica decorrente da radioterapia.

O tratamento consiste em usar uma máscara o oxigênio, estando a pessoa numa câmara (semelhante a um pequeno avião) em que se eleva a pressão atmosférica a até 2,5ATAS. Com isso, a ferida receberá, através do plasma sanguíneo, o oxigênio de que precisa para desenvolver o processo de cicatrização.” 

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