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Estresse gerado pelo coronavírus pode provocar melasma

Ansiedade durante o isolamento social pode motivar aparecimento de manchas escuras que surgem nas maçãs do rosto, testa, nariz e lábio superior


postado em 09/05/2020 04:00

Estresse provocado pela COVID-19 pode provocar aparecimento de melasma, caracterizado por manchas escuras no rosto (foto: George Doyle/Lorena Vago/Reprodução da internet)
Estresse provocado pela COVID-19 pode provocar aparecimento de melasma, caracterizado por manchas escuras no rosto (foto: George Doyle/Lorena Vago/Reprodução da internet)

Antigamente, alguns cremes, como um conhecido como Antisardina, que sumiu do comércio, tratavam algumas machas escuras que apareciam na pele e que não tinham tratamento específico. Atualmente, o estresse da pandemia que ataca o mundo pode provocar todo tipo de problema no corpo – até manchas na pele do rosto. Isso acontece porque estamos passando por um período de isolamento social devido ao coronavírus, que causou grandes mudanças em nossas vidas e rotinas diárias. Esse fato, combinado à ansiedade gerada pelo aumento de casos da doença que ainda não parece ter solução, pode causar grande quantidade de estresse. E esse problema não é apenas prejudicial para a mente e para o sistema imunológico, mas também para a pele, podendo favorecer, inclusive, o aparecimento de melasma.

“Caracterizado por manchas escuras que surgem nas maçãs do rosto, testa, nariz e lábio superior, o melasma ocorre quando há uma produção excessiva de melanina, pigmento que dá cor à pele, causando hiperpigmentação e formação de manchas. Por esse motivo, o estresse está diretamente ligado ao aparecimento e piora do melasma, já que o cortisol, popularmente conhecido como hormônio do estresse, estimula o melanócito e, consequentemente, a produção de melanina”, afirma a dermatologista Cláudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Além do estresse, outros fatores envolvidos no surgimento da condição incluem uso de anticoncepcionais, gestação e, principalmente, exposição solar. Por isso, é mais comum em mulheres, principalmente naquelas que estão passando por mudanças hormonais, como a gravidez. “Isso não quer dizer, no entanto, que homens não possam sofrer com melasma. Apesar de menos comum, a condição também se manifesta no sexo masculino, podendo até acometer regiões extrafaciais, como braços e colo”, afirma a dermatologista.

Mas é importante notar que o melasma ainda não tem causa definida. Logo, o ideal é investir na prevenção, que consiste, principalmente, na fotoproteção. “Para isso, recomenda-se o uso de filtros solares com, no mínimo, FPS 30 e índice de PPD, que indica a proteção contra a radiação UVA, equivalente a pelo menos um terço do valor do FPS”, destaca a médica. O produto deve ser aplicado diariamente e reaplicado a cada duas horas. E o fato de estarmos em casa devido ao isolamento social não quer dizer que devemos descuidar da fotoproteção, já que, além de os raios ultravioleta serem capazes de atravessar vidros e janelas, existe ainda a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, que também é prejudicial à pele. “É importante também que, caso haja necessidade de sair de casa, você utilize proteções físicas, como chapéus ou viseiras feitos de tecidos com FPS, pois qualquer exposição ao sol já é suficiente para estimular os melanócitos.”

Além disso, nesse momento de grande tensão e ansiedade, vale a pena investir em cuidados que vão ajudar a reduzir o estresse e, consequentemente, a produção de cortisol, diminuindo assim os riscos de surgimento de melasma. “Uma boa dica é apostar na meditação. Comece praticando 15 minutos por dia. Basta procurar um canto quieto e prestar atenção em sua respiração”, aconselha a médica. Porém, para aqueles que já sofrem com melasma, é importante ressaltar que a condição não tem cura e o quadro é crônico, apresentando momentos de melhora e piora. Por isso, o tratamento é voltado para o controle e prevenção de novas manchas e deve ser contínuo para que realmente haja melhora do problema.

“Além da fotoproteção, o dermatologista, após diagnóstico, poderá prescrever, por exemplo, o uso de suplementos orais com ativos antioxidantes, como vitamina C e F.C. Oral, e cremes clareadores formulados com ingredientes como B-White e ácidos glicólico e retinoico”, afirma a médica. Já em consultório, podem ser realizados tratamentos como peelings e lasers. “Mas é preciso ter muita atenção com relação aos lasers, já que alguns podem gerar um processo inflamatório capaz de piorar a aparência das manchas. O ideal então é optar por aqueles procedimentos que não são agressivos e, assim, reduzem a chance de hiperpigmentação por inflamação pós-procedimento. Os lasers de ND:Yag de baixa potência e aqueles que trabalham em picossegundos, por exemplo, são ótimos aliados para o controle e tratamento da condição.”

Por fim, Cláudia Marçal ressalta que, ao perceber o surgimento de manchas na face, é fundamental que você consulte um dermatologista, mesmo que por atendimento on-line, antes de iniciar qualquer tipo de tratamento. “Um procedimento inadequado, na maioria das vezes, pode agravar a condição do paciente, piorando as manchas. Por isso, a consulta com o dermatologista é tão importante, já que apenas ele poderá receitar o melhor tratamento para cada diagnóstico”, finaliza.

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