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Você está com sintomas da síndrome da Mulher-Maravilha?

A quantidade de coisas que a mulher exige dela mesma vai além do que se pode aguentar. E quando não dá conta de tudo, se sente frustrada


postado em 07/03/2020 04:00

A cada data especial, nossas caixas de e-mail são inundadas por sugestões de pautas e por coisas que as empresas estão fazendo em relação àquela comemoração, especificamente. Natal, férias, verão, carnaval, etc. A mais recente foi o Dia Internacional da Mulher, que será comemorado amanhã, 8 de março.

Além das inúmeras propagandas, sugestões de presentes e de restaurantes para as comemorações, vem uma dezena de sugestões de nomes de mulheres que são sucesso, que venceram na vida, que deram conta do recado. Uau. Vamos nos espelhar nas Mulheres-Maravilhas! E quem não faz parte deste grupo? Quem luta o dia a dia com sacrifício e não consegue chegar lá? Vai se sentir mais fracassada ainda? Claro que não. Chega de exigir de si mesma uma perfeição, porque isso não existe e, portanto, é um alvo inalcançável.

Não sei de todos os leitores já ouviram falar de Brené Brown, professora e pesquisadora na Universidade de Houston, que estuda há duas décadas a coragem, a vulnerabilidade, a vergonha e a empatia. Ela escreveu os livros A coragem de ser imperfeito e Mais forte do que nunca, que ocuparam o primeiro lugar na lista do The New York Times, lançados pela Editora Sextante. É fundadora e CEO da organização Brave Leaders, que leva a equipes, líderes, empreendedores e promotores de mudanças programas baseados em evidências para fomentar a coragem. É palestrante das boas, tem várias palestras no YouTube e “O poder da vulnerabilidade” é uma das mais vistas da série de Conferências TED (Tecnologia, Entretenimento, Planejamento) –  conferências realizadas na Europa, Ásia e Américas pela Fundação Sapling, dos Estados Unidos, sem fins lucrativos, destinadas à disseminação de ideias, que  já foi assistida por mais de
45 milhões de pessoas.

O grande sucesso de Brené se deu exatamente por ela dizer que podemos, que temos o direito e temos que ter a coragem de sermos imperfeitos. É maravilhoso, porque ela fala exatamente do que a maioria de nós tem vergonha de mostrar que são nossas imperfeições, nossas vergonhas e vulnerabilidades, ou seja, nós como ser humano que somos. Segundo a especialista em desenvolvimento humano, Vivian Wolf, que destaca alguns tópicos da fala de Brown, “a quantidade de coisas que a mulher exige dela mesma, atualmente, vai além do que se pode aguentar. E quando não dá conta de tudo, se sente frustrada. Acorda no dia seguinte já se programando para fazer ainda mais e melhor. E a simples ideia de uma pausa se torna cada vez mais impensável. Como seria se a mulher se permitisse fazer menos e incluir momentos de descanso em sua jornada? Períodos de desconexão são essenciais para o bem-estar. Esquecer um pouco o check-list, olhar para si mesma e fazer algo que não esteja vinculado a responsabilidades, mas ao prazer, ao conforto que tanto lhe falta”.

Segundo a psicóloga Elaine Di Sarno, é preciso que a mulher entenda seu espaço no mundo desde pequena. “É fundamental passar valores de mãe para filha, como autoestima, segurança, respeito, confiança e empatia. Valores que ressaltam o feminino e, ao mesmo tempo, formam uma base sólida para que uma menina possa crescer acreditando em si mesma e no poder de suas escolhas. Ao chegar à universidade e aos primeiros postos de trabalho, essas jovens precisam de referências e mentoras, alguém que venceu no meio de um mar de desencorajamento e testosterona, e que pode servir de modelo para as próximas gerações. O poder feminino é transformador e não deve faltar em nenhuma área promissora do futuro.”

Atualmente, nos cobramos uma perfeição impossível, achando de somos a Mulher-Maravilha, que temos que dar conta de tudo e ainda estarmos lindas, plenas e sempre disponíveis para sair, alegres e descansadas. Temos que nos dar o direito de errar, de cansar, de querer ficar em casa algum dia da semana, desacelerar. Wolf questiona que se você sente que está presa no piloto automático da rotina e com sintomas da síndrome da Mulher-Maravilha, está na hora de avaliar como está lidando com cada um dos pontos da vida. “Quem sabe, com pequenos ajustes, consiga ser mais ponderada, equilibrada, serena e, consequentemente, mais feliz”, finaliza a coach.
 (Isabela Teixeira da Costa / Interina) 

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