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Campanha para corrigir lábio leporino em bebês

Hospital de BH se une à UFMG e à PBH para tratar formação congênita que atinge o lábio e o palato. Cirurgias podem ser feitas a partir dos 3 ou dos 18 meses, dependendo do caso


postado em 09/10/2019 04:00

Quem nunca acompanhou o sofrimento de pais que tiveram filhos que nasceram com lábio leporino? O sofrimento era imenso, uma vez que o defeito no rosto continuava por dentro do palato e a criança não conseguia se alimentar. Na maioria das vezes, a alimentação, mesmo líquida, voltava pelo nariz. Anos e anos depois, com o advento da cirurgia especializada, é que o defeito pôde ser corrigido de forma total. E a cirurgia plástica consegue diminuir ou desaparecer com o defeito externo. Houve tempo em que muitos pais, abonados, levavam o filho para ser tratado na Europa.

Agora as coisas mudaram e a Rede Mater Dei de Saúde uniu-se à Universidade Federal de Minas Gerais e à Prefeitura de Belo Horizonte para promover uma campanha para a correção de lábio leporino, a formação congênita que atinge o lábio e o palato ainda no período embrionário. A fenda palatina é caracterizada por uma abertura no céu da boca do bebê, enquanto que o lábio leporino é caracterizado por um “corte” ou falta de tecido entre o lábio superior e o nariz, sendo facilmente reconhecida. Estas são as alterações genéticas mais comuns no Brasil, e que podem ser solucionadas com cirurgia plástica.

Estima-se que no Brasil uma a cada 650 crianças nasce com fissuras labiais. “Sua origem é multifatorial e condições ambientais e genéticas podem estar envolvidas. A exposição ao álcool, anticonvulsivantes, como a fenitoína, tabagismo e outras afecções maternas aumentam o risco de filhos acometidos”, explica o cirurgião plástico da Rede e responsável pela realização das cirurgias da campanha, André Villani Correa Mafra.

De acordo com o médico, a cirurgia para correção das fissuras é extremamente importante para promover a melhora na qualidade de vida dos pacientes, tendo em vista que o procedimento não tem cunho apenas estético. “A cirurgia plástica tem um papel fundamental para o tratamento de fissuras labiopalatais, uma vez que essas não são apenas de cunho estético. Estão relacionadas a distúrbios respiratórios, nutricionais, audição, fala, esqueléticos e dentários.” A cirurgia para corrigir o lábio leporino geralmente é feita a partir dos 3 meses do bebê, se estiver com boa saúde, dentro do peso ideal e sem anemia. Já a cirurgia para corrigir a fenda palatina pode ser feita quando o bebê tiver aproximadamente 18 meses. A cirurgia plástica para lábio leporino e fenda palatina é feita sob anestesia geral, já que é um procedimento delicado e preciso, apesar de simples, sendo necessário que o bebê fique quieto. O procedimento é rápido, dura menos de 2 horas e só é necessário um dia de internamento no hospital.

Depois disso, o bebê pode ser levado para casa, onde continuará se recuperando. Depois de acordar é normal que o bebê fique irritado e queira colocar a mão no rosto e para evitar que ele coloque as mãos no rosto, o que pode prejudicar a cicatrização, o médico pode sugerir que o bebê fique com os cotovelos enfaixados com uma fralda ou uma gaze para que mantenha seus braços sempre esticados. A Rede Mater Dei fornecerá toda a estrutura hospitalar e os materiais necessários para a realização dos procedimentos cirúrgicos e do acompanhamento desde o pré-operatório até o retorno após a alta hospitalar. Os médicos da equipe de cirurgia plástica e anestesiologia da Rede realizarão as cirurgias voluntariamente, garantindo segurança e qualidade assistencial para os pacientes.

De acordo com o presidente da Rede Mater Dei, Henrique Salvador, participar de campanhas como essa reforça um dos principais pilares da Rede, que é ser um centro de saúde que trabalha em conjunto com a comunidade, promovendo atendimento diferenciado, personalizado e humanizado. Recentemente, foi aprovada a participação do Sistema Único de Saúde (SUS) na cirurgia plástica para lábio leporino e fenda palatina. Além disso, passa a ser responsabilidade do SUS fornecer acompanhamento e tratamento complementar para os bebês, como psicólogo, dentista e fonoaudiólogo para que possa ser estimulado o desenvolvimento da fala e os movimentos de mastigação e sucção.

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