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E o que fazer para prevenir a síndrome de exaustão no trabalho?

Considerada o mal do século 21, a síndrome de Burnout pode ser evitada com o equilíbrio entre afazeres da profissão e atividades físicas e de lazer. Auxílio médico especializado deve ser buscado para avaliação e tratamento


postado em 28/09/2019 04:00


A síndrome de Burnout (que vem do inglês to burn out = queimar por completo) vem aparecendo cada vez mais em diversas profissões, sendo consequência do excesso ou sobrecarga de trabalho. Como o próprio nome diz, a pessoa se sente literalmente exausta, esgotada física e psicologicamente, seja por causa do número de horas trabalhadas, seja pelo estresse provocado pelas condições de trabalho.O uso crescente de recursos tecnológicos e da informática mudou o modo de trabalhar; a aceleração da velocidade de comunicação e a integração global trouxe a demanda por muitas horas de trabalho em geral sob forte pressão de desempenho. Nestas condições, surge novamente a exaustão, caracterizada pelo desânimo, dificuldade de raciocínio, ansiedade, preocupação, irritabilidade, sensação de incapacidade ou inferioridade, diminuição da motivação e da criatividade, aparecimento de transtornos mentais e doenças físicas.

Já a privação do sono gera a síndrome de Burnout por vários fatores: quando o profissional não dorme o suficiente para ser produtivo; quando ele faz hora extra até tarde da noite, prejudicando a rotina do sono; quando viaja muito a trabalho para diferentes países, desregulando seu relógio biológico; ou até mesmo quando muda repentinamente de cargo, e precisa alterar o turno da tarde para o turno da noite, por exemplo. Isso resulta em uma extrema exaustão, pois o organismo, que já está habituado com um determinado padrão de sono, sofre forte impacto, precisando de tempo e resistência para se readequar à nova rotina do profissional.

Uma consequência frequente é o uso de drogas (álcool, tabaco, além das drogas ilícitas) como forma de alívio. É importante estar alerta a esta situação que agravará ainda mais a condição física e mental do indivíduo. O mesmo pode ser dito da automedicação. Além das condições adversas e estressantes de trabalho, algumas características da personalidade são consideradas importantes para o aparecimento da síndrome de exaustão. Pessoas muito competitivas, ambiciosas, com dificuldade para delegar, absorvendo tudo para si, fazendo do trabalho sua única atividade, têm maior chance de desenvolver exaustão. Por outro lado, pessoas inseguras, necessitadas de reconhecimento pelos outros, com dificuldade de colocar limites e abrindo mão de suas próprias necessidades, também estão mais vulneráveis ao Burnout.

E o que fazer para prevenir a síndrome de exaustão? A primeira e óbvia recomendação é descanso físico e mental. O equilíbrio entre o trabalho e as atividades físicas, de lazer, o encontro com os amigos, entre outros, é o primeiro passo. Mudanças de atitudes, de expectativas, de hábitos de vida podem também auxiliar na prevenção. Nos casos em que a síndrome de Burnout já está instalada, recomenda-se buscar auxílio médico especializado para avaliação do quadro e orientação quanto ao tratamento. Especialmente no caso das pessoas cujas características de personalidade as tornam mais propensas à Burnout, a psicoterapia é um complemento importante, pois o problema está muitas vezes dentro da pessoa e não tanto em suas condições de trabalho.

Caso ocorra alguma situação que tenha saído do controle do gestor, será necessário um esforço grande e de longo prazo para que ele tenha nova oportunidade para mostrar que reviu suas posições e aprendeu a lidar com suas próprias ansiedades. Como já dito, às vezes esse amadurecimento emocional só é obtido com um trabalho psicoterápico específico. O importante é buscar ajuda ao menor sinal de que algo não vai bem.

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ACONTECIMENTO IMPORTANTE
Um fato raro acontece na tarde deste sábado (28). A partir das 15h, a jornalista e poeta Célia Laborne Tavares lança, aos 94 anos, seu livro O quinto lótus, ilustrado por Maria Helena Andrés. O local é o Espaço Integridade, à Rua Sinval de Sá, 609, Cidade Jardim. Informações: (31) 3335-5433.

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