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O que fazer em casos de queimaduras?

Por ano, 1 milhão de pessoas são vítimas do acidente doméstico, considerado a segunda maior causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos de idade. Especialistas alertam para evitar qualquer tipo de receita caseira para amenizar a lesão


postado em 25/09/2019 04:00 / atualizado em 24/09/2019 16:45

As queimaduras estão entre os acidentes domésticos mais comuns. Todos os anos, 1 milhão de pessoas são vítimas das queimaduras, sendo que os pequenos são os que mais sofrem com o problema: esta é a segunda maior causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos de idade. Dessa forma, é fundamental entender o que são as queimaduras e o que fazer quando esse tipo de acidente ocorre. “Primeiro, é importante entender que nem toda queimadura é igual. Queimaduras de 1º grau, por exemplo, são mais superficiais, pois envolvem apenas a epiderme e caracterizam-se por vermelhidão e dor sem bolhas, sendo que geralmente não deixam sequelas. Já as queimaduras de 2º grau chegam até a derme, podendo até destruí-la completamente. Caso só atinjam a porção mais superficial da derme, os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau, mas com o aparecimento de bolhas”, explica a dermatologista Cláudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Mas quando a queimadura de 2º grau é muito profunda é preciso maior atenção, pois o caso é grave e se assemelha à queimadura de 3º grau, que, além de acometer toda a derme, atinge também os tecidos subcutâneos, destruindo nervos, pelos, glândulas sudoríparas e até mesmo músculos. O resultado são lesões acinzentadas, indolores, secas e deformadas. Esses são os tipos mais graves de queimaduras e, dependendo de sua gravidade e extensão, podem causar até mesmo morte”, acrescenta a médica.

Dessa forma, independentemente do grau da queimadura, o primeiro cuidado que você deve tomar é interromper o contato da pele com a causa do problema. Em seguida, caso trate-se de uma queimadura leve, ou seja, superficial de 1º ou 2º grau, a melhor conduta é resfriar as lesões com o auxílio de água corrente ou panos umedecidos. “Com isso, além de diminuir a dor, você cortará o calor residual que pode continuar a causar danos mesmo após a interrupção do contato com o agente causador. Evite nesse momento qualquer tipo de receita caseira para amenizar a lesão, como aplicação de creme dental ou manteiga, pois essas substâncias não ajudam no tratamento e ainda podem dificultar a cicatrização e causar infecções”, alerta a dermatologista.

“Geralmente, o tratamento das queimaduras inicia-se com a limpeza do ferimento e a aplicação de um creme antibiótico para evitar infecções. Em casos mais leves, o médico poderá aplicar também medicamentos tópicos calmantes e recomendar o uso de hidratantes tópicos para dar fim à desidratação que a queimadura causa no tecido”, destaca a especialista. Já em casos mais graves, cirurgias de enxertia de pele são necessárias na maior parte das vezes. “Esse procedimento consiste na cobertura da área lesionada com pele saudável retirada de outra parte do corpo, geralmente da coxa”, afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e mestre em cirurgia plástica pela Unifesp. Após a cirurgia, o uso de malhas compressivas é recomendado para que a pele possa se regenerar com menos cicatrizes.

Porém, mesmo após o devido tratamento e cicatrização das queimaduras, o acompanhamento com o paciente deve continuar, pois as cicatrizes podem causar grande desconforto estético, além de comprometer o movimento das articulações quando surgem em região de dobra. “As cicatrizes variam de acordo com o grau da queimadura. Dessa forma, os tratamentos para as cicatrizes também podem variar. Cicatrizes mais superficiais e que não causam grande comprometimento funcional, por exemplo, podem ser tratadas através de técnicas como microagulhamento, peeling e microdermoabrasão, que estimulam a pele a se regenerar novamente”, diz a médica.

Já em casos de queimaduras mais agressivas, como de 2º e 3º graus, a cirurgia plástica reparadora é a melhor alternativa. “Nesses casos, também utilizamos de enxerto de pele para melhorar a aparência das cicatrizes. Porém, é importante que o paciente tenha em mente que essa melhora é apenas parcial, principalmente nos casos de queimadura de 3º grau”, ressalta o cirurgião. Dessa forma, o mais importante é que o paciente com queimaduras continue a consultar o médico mesmo após o tratamento e cicatrização das queimaduras, já que apenas ele poderá avaliar o estado da pele e indicar os tratamentos, medicamentos e cuidados que podem melhorar sua aparência, podendo até mesmo recomendar acompanhamento estético para ajudar na superação do desconforto estético que as alterações causam.

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