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A lição contra o coronavírus que a Itália mostra ao Brasil

Com isolamento social radical adotado no país europeu, foi notificado o menor ritmo de expansão do contágio visto desde 21 de fevereiro, enquanto empresários brasileiros pressionam pela flexibilização da quarentena


postado em 12/05/2020 04:00 / atualizado em 05/06/2020 11:19

Veneza em total confinamento: os 744 casos de contaminação verificados nas últimas 24 horas representaram o menor crescimento diário desde 4 de março(foto: Marco Sabadin 25/4/20)
Veneza em total confinamento: os 744 casos de contaminação verificados nas últimas 24 horas representaram o menor crescimento diário desde 4 de março (foto: Marco Sabadin 25/4/20)


Os empresários brasileiros, tão acostumados a interpretar planilhas, deveriam se concentrar nos números da Itália (foto). Ontem, o país informou que, pela primeira vez em dois meses, menos de mil pessoas estavam internadas em unidades de terapia intensiva. Foram notificados em 24 horas 744 casos do novo coronavírus, o menor crescimento diário desde 4 de março. O ritmo de expansão do contágio (0,3% de um dia para o outro) foi o menor desde 21 de fevereiro. Sabe o que a Itália fez para controlar a propagação do vírus? A resposta é clara e cristalina: isolamento social radical. Enquanto isso, no Brasil representantes de vários setores econômicos pressionam pela retomada atabalhoada das atividades comerciais. Se tudo voltar a funcionar como antes, o coronavírus irá se propagar e medidas ainda mais radicais deverão ser tomadas. É preciso usar um remédio amargo – a quarentena – para aniquilar a contaminação, exatamente como fez a Itália. Só assim o Brasil estará pronto para voltar à rotina.

Estratégias das montadoras para driblar a crise

As montadoras estão se esforçando para obter algum faturamento durante a crise da COVID-19. Na Fiat, os negócios fechados até 31 de maio poderão ter suas parcelas de financiamento pagas a partir de 2021. Na Ford, os financiamentos têm carência de 90 dias. A GM criou programa inédito de test-drive: a concessionária manda o carro para a casa do cliente. Na Volkswagen, a novidade é a realidade virtual, que permite ao interessado conhecer o veículo remotamente. A crise é feia no setor.

Exceções positivas da temporada de balanços

A temporada de balanços tem sido marcada por resultados negativos, mas há exceções. No domingo à noite, o frigorífico BRF reportou números melhores do que a expectativa do mercado. No primeiro trimestre, suas receitas líquidas avançaram 21% ante igual período de 2019. Mais surpreendente: a empresa encerrou o trimestre com R$ 10,5 bilhões em caixa. Não foi um caso único. Maior fabricante de massas e biscoitos do Brasil, a M. Dias Branco viu seu lucro disparar 140% no primeiro trimestre de 2020.
 

A situação se deteriorou muito rapidamente no Brasil. O dólar passou de R$ 5,80, apesar de o Banco Central já ter queimado US$ 50 bilhões para conter a desvalorização. Isso é uma das discrepâncias causadas pela instabilidade política do país. Então, o problema não é econômico, mas político e institucional

Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos

 

Inadimplência avança em abril

Um estudo da Boa Vista, empresa que gerencia o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e atividades como análise de CPF, revela que a inadimplência do consumidor avançou 5,8% em abril na comparação com março, já descontados os efeitos  sazonais. Em relação a abril do ano passado, o indicador subiu 6,2%. De acordo com a Boa Vista, na crise do coronavírus os processos de cobrança deverão ser mais digitais para assegurar o fluxo de caixa das empresas.

71%


dos brasileiros acham que as suas rotinas nunca mais serão como antes mesmo depois do fim da pandemia. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Consumoteca entre 27 de abril e 3 de maio

RAPIDINHAS


• A aviação sofre com o coronavírus. Em abril, o movimento de passageiros da Azul caiu 90% diante do mesmo mês de 2019. O número de voos despencou 87%. “Estamos próximos de atingir um ponto de inflexão na demanda e esperamos retornar nossos voos nos próximos meses”, disse John Rodgerson, presidente da empresa.


• O Grupo Tigre, líder do mercado brasileiro de canos e acessórios hidráulicos, criou auxílio emergencial para clientes. Em parceria com a startup Fix, especializada em manutenção residencial, a Tigre vai distribuir vouchers de R$ 100 para usuários cadastrados que precisam fazer reparos em casa.


• A Qualicorp, maior administradora de planos de saúde coletivos do Brasil, prioriza comunidades pobres nos seus programas de combate ao coronavírus. A empresa doou 3 mil litros de álcool em gel para as favelas de Paraisópolis (São Paulo) e do Vidigal (Rio), além de 3 mil testes rápidos a profissionais da saúde pública.


• Os brasileiros estão preocupados com o pagamento dos R$ 600 oferecidos pelo governo para socorrer trabalhadores na crise do coronavírus. Segundo o Google, nas últimas 24 horas a pesquisa “data da segunda parcela do auxílio emergencial” subiu 40%. As principais perguntas sobre o tema são “até quando vai o auxílio emergencial” e “como refazer o cadastro emergencial”.

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