E não é apenas a censura, embora vedada no mesmo artigo. As liberdades estão sendo cerceadas, como se uma vontade totalitária estivesse agindo, para estabelecer uma ditadura do tipo exposto por George Orwell, no seu brilhante livro “1984”.
Que aqui se estabelece o que pode ser dito e o que não pode. Certamente não fez isso, porque iria prejudicar a imagem do país. Mas se tivesse denunciado, esse não seria o inusitado maior.
A pandemia acordou a natureza totalitária que estava dormida. E até o Legislativo se curvou, quando recebeu ordem de abrir uma CPI no Senado e, depois, de prender um deputado. O presidente da República se resignou quando o Supremo decidiu que ele não poderia nomear o seu diretor da Polícia Federal.
Nos dias de hoje, repetiu-se com o lockdown, prendendo, com algemas e violência, gente que saía à praça, à praia, abria a loja, conduzia a carrocinha do sustento. Assustados pelos arautos da pandemia, nem sentimos que nos tiravam liberdades.