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Estado de Minas Coluna

Biodiversidade da Amazônia vira bandeira política nos EUA e no Brasil

O democrata Joe Biden acusou o Brasil de destruir a floresta e ameaçou com corte de recursos, ganhando apoios e reações no Brasil


07/10/2020 04:00 - atualizado 07/10/2020 07:10

 Amazônia foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além das Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu (foto: Rodrigo Buendia/AFP 14/4/20)
Amazônia foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além das Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu (foto: Rodrigo Buendia/AFP 14/4/20)

Biden ainda vê Brasil como quintal dos Estados Unidos. No debate eleitoral da semana passada, o candidato ameaçou os brasileiros: “Aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta e se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas”. Ele debatia com Trump, mas se dirigiu aos brasileiros e afirmou que a floresta amazônica absorve mais carbono que o que é emitido nos Estados Unidos. Quis mostrar que a floresta interessa ao mundo, por absorção de carbono, o que pressupõe internacionalização. Desinformado e atrapalhado, Joe Biden repetiu chavões. Estudiosos mostram que a floresta amazônica praticamente empata na geração de oxigênio e absorção de carbono.

O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais no subsolo e na biodiversidade. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de devastar sua mata original. Biden ameaça com sanções e, em atitude de humilhação, nos oferece esmola para nos comprar. Já antecipa o que fará se for presidente.

A Amazônia não caiu em nossas mãos por acaso. Foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além de Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu; depois subindo o rio, empurrando os espanhóis, com soldados e flecheiros até Quito e erguendo fortes em pontos estratégicos até que o Tratado de Madri consolidou os limites. Pedro Teixeira, Plácido de Castro, Rio Branco garantiram as fronteiras com a espada e a caneta. Em 1849, uma missão “científica” da marinha americana concluiu que a livre navegação pela Amazônia seria um “grande benefício para o povo americano”.

Coube ao Barão de Mauá organizar apressadamente a Cia. de Navegação do Amazonas, para o Brasil ocupar o rio, antes de ser ocupado. Em abril de 2013, o rei Harald V da Noruega visitou o território Ianomâni, em Roraima, a convite da Fundação Noruega para a Floresta Tropical, como se estivesse em área internacional. Golbery, na “Geopolítica do Brasil” lembra que a fronteira só existe com a ocupação pelos brasileiros. JK, ao construir Brasília, alargou o Brasil e os brasileiros ocuparam a amplidão antes deserta, criando uma superpotência de alimentos.

O defensor da nossa Amazônia, do nosso petróleo, o juiz e escritor de esquerda, cassado pelo AI-1, Osny Duarte Pereira, ficaria horrorizado ao constatar que a mídia brasileira aprovou as ameaças do intrometido Biden. No Brasil, as ameaças de Biden ganharam apoios que em outros tempos seriam tachados de entreguistas pela esquerda liderada por Brizola. E a direita recebe de presente a bandeira do nacionalismo.

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