O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que o encontro com o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, serviu para distensionar -  (crédito: Jamile Ferraris/MJSP)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que o encontro com o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, serviu para distensionar

crédito: Jamile Ferraris/MJSP

O ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, recebeu nesta quarta-feira (15/5) um grupo de deputados da oposição para dar esclarecimentos sobre a apuração em curso na Polícia Federal (PF) contra quem divulga notícias falsas relacionadas com a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Além disso, os deputados federais discutiram também o decreto que restringe o uso de armas.

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou a PF para investigar e responsabilizar quem disseminou fake news sobre as ações no Rio Grande do Sul. Na última terça-feira (7/5), o Ministério da Justiça anunciou que pediu à PF a abertura de investigação.

 

 

A reunião ficou definida em sessão da CCJ da Câmara desta terça (14/5). Parlamentares da oposição apresentaram requerimentos de convocação do ministro. Mas a base conseguiu um acordo para que eles se encontrassem com o chefe da Justiça já nesta quarta.

 

"A praxe diz que requerimentos de convocação devem ser uma saída extrema, feitos em último caso", disse Rubens Pereira (PT-MA). Segundo ele, caso a reunião não seja satisfatória, a CCJ volta a analisar os requerimentos, mas convertidos em convite.

 

Um dos autores dos pedidos de convocação, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) concordou com a sugestão. "A reunião amanhã pode ser muito frutífera na discussão tanto no PDL das armas quanto na forma como a PF tem sido instrumentalizada para perseguir aqueles que não concordam com a versão oficial do governo que tem sido apresentada", afirmou.

 

O colegiado também concordou em retirar de pauta requerimentos de convocação a Paulo Pimenta, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) e recém anunciado para a função de ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul.

 

Segundo parlamentares da base, ele se comprometeu a ir à Câmara em 28 de maio. "Temos enxergado o movimento do governo para suprimir o trabalho parlamentar de fiscalização, para suprimir nossa liberdade de expressão e nossas prerrogativas do cargo. Esse esforço pelo ministro é muito sério e merece a oportunidade de esclarecer os motivos dessa perseguição", disse Bilynskyj.

 

Em uma parte vazada do áudio de reunião com ministros na sala de risco montada para coordenar as ações sobre o RS, Pimenta fala que é preciso "botar pra foder com os caras" que divulgam notícias falsas.