As frentes estão preocupadas com a falta de isonomia tributária e defendem que o texto do relator da matéria, Paulo Guedes (PT-MG), seja aprovado -  (crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados – 10/5/23)

As frentes estão preocupadas com a falta de isonomia tributária e defendem que o texto do relator da matéria, Paulo Guedes (PT-MG), seja aprovado

crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados – 10/5/23


Dois colegiados do Congresso – a Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo e a Frente Parlamentar do Comércio e Serviços – anunciaram apoio ao PL 1623/2023, do deputado Júlio Lopes (PP/RJ), que trata da revogação de isenção do imposto de importação dos bens de até 50 dólares (equivalentes a cerca de 250 reais). A isenção, que beneficia as plataformas internacionais de e-commerce, foi adotada neste ano pelo governo federal, no âmbito do programa “Remessa Conforme”. As frentes estão preocupadas com a falta de isonomia tributária e defendem que o texto do relator da matéria, Paulo Guedes (PT-MG) – aliado do governo, ressalte-se –, seja aprovado no próximo dia 13. Enquanto as plataformas estão isentas, as varejistas têxteis brasileiras dizem enfrentar uma carga tributária que chega a 80% em sua cadeia de valor. Não à toa, a produção nacional de vestuário caiu cerca de 10% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2022.

Como o Brasil driblou a crise dos fertilizantes

Lembra da crise dos fertilizantes? O agro brasileiro demonstrou notável capacidade de adaptação após a explosão de preços causada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Desde então, o país estruturou acordos de importação com outros países, como Estados Unidos e Canadá, reduzindo a dependência da Rússia. Resultado: não há mais crise. Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking global de consumo de fertilizantes, sendo também o maior importador mundial desses insumos.

China invade mercado automotivo brasileiro e preocupa rivais

As montadoras instaladas no Brasil estão preocupadas com a ofensiva chinesa no mercado automotivo nacional. Apesar de o país asiático ter um longo histórico de fracassos por aqui – basta lembrar de marcas malsucedidas como Chana Motors, Dongfeng, Lifan e Geely –, desta vez a história parece ser diferente. Empresas como BYD e GWM chegaram ao país com uma combinação poderosa: preços competitivos e bons recursos tecnológicos. Ou seja, os fiascos do passado dificilmente se repetirão.

Indústria química sofre com concorrência chinesa

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) prevê que o setor encerrará 2023 com o segundo maior déficit comercial da história. Entre janeiro e outubro, as importações de produtos químicos somaram US$ 52 bilhões, enquanto as exportações totalizaram US$ 12,2 bilhões – o saldo negativo, portanto, foi de US$ 39,9 bilhões. Até o final do ano, o número deverá chegar a US$ 47 bilhões. A entidade aponta um culpado pelo problema: “Os produtos de origem asiática com preços predatórios.”

R$ 3 bilhões

é quanto o Brasil desperdiça por ano com produtos alimentícios descartados por vencimento do prazo. O dado alarmante é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

Rapidinhas

Até os gênios erram. O bilionário americano Warren Buffett, um dos investidores de melhor desempenho em todos os tempos, vendeu sua participação na empresa indiana de serviços financeiros Paytm por US$ 150 milhões. Em 2018, Buffett tinha pago US$ 260 milhões pela companhia – em apenas 5 anos, viu evaporarem US$ 110 milhões.

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Dados do IBGE mostram que o cultivo de sorgo granífero (o mais plantado no Brasil entre os cinco grupos existentes) é a atividade agrícola que mais cresce no país. De janeiro e outubro de 2023, a área plantada aumentou 24% em relação ao mesmo período de 2022, enquanto a produção deverá crescer quase 50%.

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Os índices de inadimplência medidos pela empresa de inteligência analítica Boa Vista estão em queda. Em outubro, caíram 0,9% em relação a setembro, mês que já havia registrado redução de 3%. “Foi o quarto recuo consecutivo do indicador, o que já era esperado em função da melhora observada mês a mês”, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista.

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A falta de filtros para publicações inapropriadas e as frases carregadas de intolerância de Elon Musk provocaram a debandada de anunciantes da rede social X, ex-Twitter. Segundo o jornal “The New York Times”, a conta será salgada: o equivalente a US$ 75 milhões em publicidade deixarão de ser anunciados na plataforma.

“O mercado de trabalho está robusto: devemos encerrar o ano com uma taxa de desemprego baixa, de 7,5%”

Alexandre Manoel
Economista-chefe da AZ Quest e ex-secretário de Planejamento