Shirley Pacelli
O sucesso dos e-books no mundo já é uma realidade. Segundo um estudo da Pew Internet & American Life Project, divulgado em dezembro, a parcela de americanos que leem e-books aumentou de 16% para 23%, enquanto a que lê livros impressos caiu de 72% para 67%. Um bom exemplo seria a trilogia 50 Tons de cinza, que, até julho do ano passado, tinha vendido 20 milhões de unidades nos Estados Unidos, sendo metade delas em formato eletrônico.
Segundo a Bowker (soluções de gerenciamento de informações bibliográficas), o Brasil deve ser o terceiro maior mercado de e-books do mundo. Para isso, é preciso uma maior oferta de títulos em português e disponibilidade de plataformas mais acessíveis, como os tablets Android, que ficaram populares por aqui devido ao baixo custo. Com a Amazon no Brasil, o Kindle também se tornou uma nova opção, com preços a partir de R$ 299. Para quem tem iPad, a iBookstore, da Apple, estendeu seu acervo em outubro passado. O país já é o 10º no ranking mundial de vendas de tablets, segundo a consultoria IDC.
EU AUTOR Se, agora, já é possível ler clássicos de Machado de Assis, gratuitamente, até em smartphones, novos escritores têm também a oportunidadede de se transformar em celebridades da noite para o dia. Nunca foi tão fácil publicar um livro. Apesar de o preço ainda não ser tão atrativo, só na Amazon há 13 mil títulos disponíveis em português. As próprias lojas virtuais disponibilizam ferramentas de publicação e é possível baixar os aplicativos de leitura em qualquer smartphone.
O Informátic@ conversou com alguns autores mineiros que decidiram lançar seus livros na versão eletrônica e descobriu quais vantagens eles viram na plataforma. Veja ainda a expectativa e medo das editoras e livrarias brasileiras quanto a esse novo terreno.