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Estado de Minas

Agora vai: chegada da Amazon põe lenha na fogueira da leitura digital no Brasil

País pode se tornar rapidamente o terceiro principal mercado consumidor de livros eletrônicos do mundo


postado em 10/01/2013 00:12 / atualizado em 10/01/2013 11:45

Shirley Pacelli

(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
Quanto pesam 1,5 mil livros? Para o teólogo Denílson Rocha (foto), agora são apenas 170 gramas. Apaixonado voraz por leitura, ele decidiu doar grande parte de sua biblioteca, de 1,5 mil exemplares, e se render ao Kindle, famoso e-reader da Amazon, maior loja de e-books do mundo. Depois de muito ensaiar sua vinda, a gigante das vendas on-line chegou ao Brasil em dezembro e, em menos de 30 dias, vem transformando o cenário do mercado de livros eletrônicos no país. Tudo isso, com uma mãozinha da concorrência: a loja do Google também passou a oferecer livros e filmes por aqui e contribuiu para a ascensão do ramo. Editoras pioneiras na área digital, como a KBR e o Clube de Autores, já contabilizam o crescimento das vendas de seus títulos na rede. Estimativa feita também pelas grandes lojas do mercado, como a Livraria Cultura, que passou a vender o próprio e-reader no ano passado, o Kobo.

O sucesso dos e-books no mundo já é uma realidade. Segundo um estudo da Pew Internet & American Life Project, divulgado em dezembro, a parcela de americanos que leem e-books aumentou de 16% para 23%, enquanto a que lê livros impressos caiu de 72% para 67%. Um bom exemplo seria a trilogia 50 Tons de cinza, que, até julho do ano passado, tinha vendido 20 milhões de unidades nos Estados Unidos, sendo metade delas em formato eletrônico.

Segundo a Bowker (soluções de gerenciamento de informações bibliográficas), o Brasil deve ser o terceiro maior mercado de e-books do mundo. Para isso, é preciso uma maior oferta de títulos em português e disponibilidade de plataformas mais acessíveis, como os tablets Android, que ficaram populares por aqui devido ao baixo custo.  Com a Amazon no Brasil, o Kindle também se tornou uma nova opção, com preços a partir de R$ 299. Para quem tem iPad, a iBookstore, da Apple, estendeu seu acervo em outubro passado. O país já é o 10º no ranking mundial de vendas de tablets, segundo a consultoria IDC.

EU AUTOR Se, agora, já é possível ler clássicos de Machado de Assis, gratuitamente, até em smartphones, novos escritores têm também a oportunidadede de se transformar em celebridades da noite para o dia. Nunca foi tão fácil publicar um livro. Apesar de o preço ainda não ser tão atrativo, só na Amazon há 13 mil títulos disponíveis em português. As próprias lojas virtuais disponibilizam ferramentas de publicação e é possível baixar os aplicativos de leitura em qualquer smartphone.

O Informátic@ conversou com alguns autores mineiros que decidiram lançar seus livros na versão eletrônica e descobriu quais vantagens eles viram na plataforma. Veja ainda a expectativa e medo das editoras e livrarias brasileiras quanto a esse novo terreno.


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