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Estado de Minas

Deputados acusam chapa da direção do PT de fraudar eleição interna em MG

A chapa formada por parlamentares estaduais e federais divulgou documento dizendo que não vai legitimar a eleição. A direção do PT nega as acusações


postado em 06/05/2017 18:43 / atualizado em 06/05/2017 19:07

O 6º Congresso vai eleger a nova direção neste domingo(foto: Divulgação PT Facebook)
O 6º Congresso vai eleger a nova direção neste domingo (foto: Divulgação PT Facebook)

A eleição da nova direção do PT em Minas Gerais ocorre, neste domingo (7), sob suspeita levantada pelos próprios integrantes do partido. Um grupo de deputados estaduais e federais acusa a principal chapa inscrita, a dos atuais dirigentes da legenda, de fraudar o Processo de Eleições Diretas (PED) nos municípios.

Esta etapa é necessária para garantir a composição do Diretório Estadual, que será eleito no Congresso em curso neste fim de semana. Segundo o grupo “Muda pra valer”, houve irregularidades como a falsificação de assinaturas e a elaboração de atas falsas de eleições no interior.

De acordo com a chapa integrada por filiados como os deputados estaduais Jean Freire, Marília Campos e Rogério Correia e os federais Margarida Salomão e Padre João, inúmeras chapas e candidaturas foram inscritas à revelia dos filiados. Na carta distribuída neste sábado no congresso do PT, eles dizem que houve tentativa de “falsear a votação de praticamente a metade do número de filiados que constam cartorialmente na apuração, beneficiando de forma escandalosa a chapa majoritária”.

O grupo coloca sob suspeita o resultado de pelo menos 328 municípios, segundo eles, mais da metade dos 602 que, segundo eles, realizaram o PED no estado. Eles mostraram documento de uma filiada dizendo que sua assinatura constava da ata de uma suposta votação no PED em uma cidade do interior, porém a filiada disse nunca ter participado do processo. No documento, a chapa alega que recorreu e que até agora não foram entregues documentos para comprovar a existência das votações questionadas.

Segundo a carta, o 6º Congresso Estadual do PT “será lembrado como o Congresso da fraude, a maior de todas que se realizou no país”. Eles dizem ainda que não vão votar e nem legitimar a eleição, seja quem vencer. “Este (futuro presidente) não falará em nosso nome”, registraram.

Chapa da direção se defende


O grupo acusado de fraudar o PED é o da atual presidente e candidata à reeleição, Cida de Jesus. Designado para falar em seu nome, o líder do governo e integrante da chapa acusada, deputado Durval Ângelo, afirmou que em todas as eleições no PT, as chapas perdedoras acusam as vencedoras de fraude. “Eles tiveram 11% dos votos e nós vencemos com 88%. Ficaram frustrados pela baixíssima votação e entraram com recurso”, disse.

Durval disse que a chapa recorreu contra o resultado em 50 cidades e que a direção nacional do partido investigou e constatou irregularidades apenas em três. “De 599 cidades que votaram os votos só foram anulados em três, isso é menos de meio por cento. Com essa atitude eles mostram que não estão preocupados com a crise que vive o PT, estão jogando contra a candidatura do presidente Lula e a reeleição do governador Fernando Pimentel”, disse.


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