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Estado de Minas

Pimentel ataca reforma da previdência de Temer: 'A voz de Minas se levanta'

Governador diz que não vende empresas públicas e que não vai aderir ao plano de recuperação dos estados endividados


postado em 11/03/2017 07:00 / atualizado em 11/03/2017 07:34

(foto: Manoel Marques/Imprensa MG)
(foto: Manoel Marques/Imprensa MG)

O governador Fernando Pimentel (PT) disse ontem em Almenara, no Vale do Jequitinhonha, que Minas não vai aceitar a reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer e também não vai aderir ao programa de recuperação para os estados com dificuldades financeiras que obriga a privatização de empresas públicas. Segundo o governador, o estado tenta um encontro de contas com o governo federal em busca de um alívio para o caixa.

Pimentel esteve no Jequitinhonha para inaugurar a primeira unidade regional do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o primeiro voo regional da capital para Almenara, que faz parte de um programa de voos regionais desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).

“Nós nos recusamos a aderir a esse programa e preferimos continuar enfrentando sozinhos as nossas dificuldades”, disse o governador se referindo ao projeto do governo de recuperação para os estados endividados que ainda não chegou ao Congresso Nacional. Pimentel disse também que faz “eco” quando “a voz de Minas se levanta para tirar uma reforma da Previdência que vai tirar direito dos trabalhadores”. A reforma da Previdência é alvo de críticas de parte da bancada mineira. Esta semana Temer se reuniu com os parlamentares mineiros do PMDB e da bancada da Câmara e do Senado para discutir as reivindicações do estado, entre elas mais espaço no governo federal, e o acerto de contas entre o estado e a União. Também foram discutidas mudanças no projeto da Previdência.

Durante seu discurso, Pimentel afirmou que se a Cemig tivesse sido vendida sua lógica seria empresarial e voltada apenas para o lucro. De acordo com o governador, existem dois modelos de gestão: um social, voltado para as pessoas e o outro empresarial, com enfoque no lucro, e que o estado fez a opção pelo primeiro. “O outro modelo é vender empresas públicas, cortar direitos do servidor público, falar que vai equilibrar as contas públicas e continuar pagando juros altíssimos para os banqueiros, para os detentores do capital financeiro. Isso nós não vamos fazer”, afirmou. Desde que o governo federal propôs aos estados endividados a venda de empresas públicas o governador vem dizendo que não pretende aceitar essa imposição e que não vai vender a Cemig.

“A nossa Cemig, a Cemig que nós queremos e vamos manter em Minas Gerais, está aqui conosco, enfrentando as dificuldades e ajudando os prefeitos e prefeitas a melhorar a iluminação em cada cidade, a cada família que não tem luz elétrica, modernizar, enfim, fazer aquilo que a gente quer fazer: prestar um serviço público de boa qualidade”, afirmou o governador.

Pimentel disse que o estado enfrenta graves dificuldades econômicas e um déficit anual de cerca de R$ 8 bilhões, mas mesmo assim não vai aceitar as privatizações. “O estado teria que se comprometer a tomar medidas duras contra o servidor público, recusando promoções na carreira, tirando benefícios das carreiras dos servidores, inclusive da Polícia Militar, e mais, e pior também, vendendo nossas empresas públicas”, disse.


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