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Estado de Minas

Temer pode nomear Anastasia para o Ministério das Relações Exteriores

Intenção é manter a pasta nas mãos do PSDB e, ao mesmo tempo, acalmar a bancada de Minas Gerais no Congresso Nacional, que cobra um espaço no primeiro escalão do governo


postado em 25/02/2017 06:00 / atualizado em 25/02/2017 07:37

 

Anastasia, que chegou a ser sondado para assumir o Ministério da Justiça, pode ser a solução de Temer para aplacar a fúria dos deputados mineiros(foto: Agência Senado)
Anastasia, que chegou a ser sondado para assumir o Ministério da Justiça, pode ser a solução de Temer para aplacar a fúria dos deputados mineiros (foto: Agência Senado)

Brasília – O Palácio do Planalto cogita nomear o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como ministro das Relações Exteriores, no lugar do senador José Serra (PSDB-SP), que deixou o cargo na quarta-feira, alegando problemas de saúde. A nomeação de Anastasia seria uma forma de o presidente Michel Temer (PMDB) manter a pasta nas mãos do PSDB e, ao mesmo tempo, acalmar a bancada de Minas Gerais no Congresso Nacional, que cobra um espaço no primeiro escalão do governo. “Ele só não será ministro se ele e o PSDB não quiserem”, afirmou um influente parlamentar, muito próximo de Temer. No PSDB, porém, outros nomes estão cotados para o cargo, entre eles o do líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (SP), e o senador Tasso Jeireissati (CE).


Na quinta-feira, o primeiro-vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada mineira na Casa, Fábio Ramalho (PMDB), anunciou rompimento com o governo após o Planalto nomear o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, em vez de um nome mineiro. Ramalho e parlamentares do estado tinham apresentado vários nomes de juristas para ocupar a pasta da Justiça, entre eles o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) e o do vice-procurador-geral de Justiça, José Bonifácio Andrada. “Nosso estado tem vários nomes para oferecer. Se a intenção do governo era escolher algum nome técnico para a Justiça, ninguém estaria mais capacitado ou seria mais indicado para a vaga do que o vice-procurador. Esse abandono do presidente Temer nos deixa revoltado”, reclamou Ramalho ao Estado de Minas na quinta-feira.


Após a reação, Temer ligou para Ramalho e disse ao peemedebista que recriaria um ministério para dar à bancada mineira. Ramalho afirmou que não aceitava a recriação de pasta e comunicou seu rompimento pessoal com o governo. “O presidente prometeu criar uma pasta, mas isso vai na contramão de tudo que a população exige, uma máquina pública mais enxuta. Recusei imediatamente”, disse Ramalho.


O Palácio do Planalto teme que Ramalho seja um “novo Waldir Maranhão” (PP-MA), ex-vice-presidente da Câmara (2015-2016), que teve uma conturbada gestão quando assumiu o comando da Casa após a renúncia do então presidente, o hoje deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sempre que Temer viajar para o exterior e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir a Presidência do país, caberá a Ramalho comandar os trabalhos da Câmara, definindo, assim, a pauta de votações.


Além de Ramalho, outros deputados da bancada de Minas também reclamam da ausência de um mineiro na Esplanada dos Ministérios. “É a primeira vez que Minas não tem espaço no primeiro escalão. Temer precisa explicar para a gente qual é a razão disso. É pouco compreensível”, afirmou Saraiva Felipe (PMDB-MG).

 

 


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