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Estado de Minas

Relator no Conselho de Ética pede que Jean Wyllys seja suspenso por cuspe em Bolsonaro

A pena, segundo o deputado Ricardo Izar, se deve ao alto grau de reprovabilidade da conduta do parlamentar


postado em 13/12/2016 18:14 / atualizado em 13/12/2016 18:54

Jean Wyllys disse estar defendendo sua honra diante da homofobia(foto: Wylson Dias / Agência Câmara)
Jean Wyllys disse estar defendendo sua honra diante da homofobia (foto: Wylson Dias / Agência Câmara)

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) pode ter o mandato suspenso por quatro meses por causa do episódio em que cuspiu no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). É o que recomenda o relatório do deputado Ricardo Izar (PP-SP) sobre o caso apresentado nesta terça-feira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A intenção da comissão é votar o parecer antes do recesso parlamentar.

De acordo com o relatório de Izar, “tendo em vista o alto grau de reprovabilidade da conduta de Jean Wyllys, o representado deve sofrer severa reprimenda por parte desta Casa, restando assim clara mensagem à sociedade no sentido de que este Parlamento não admite o cometimento de infrações dessa natureza”.

O relator alega que, como há provas robustas da existência de “reiterada provocação” e devido às circunstâncias excepcionais do momento, “mostra-se justa, adequada, proporcional e suficiente a sanção de suspensão do exercício do mandato pelo prazo de 120 dias”.

O cuspe ocorreu no dia da votação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), no dia 17 de abril. Jean Wyllys alegou ter sido insultado por Bolsonaro. Uma perícia em um vídeo divulgado em defesa de Bolsonaro, que tentava comprovar a premeditação do ato, mostrou que o deputado apenas disse que havia cuspido no colega.

No processo movido contra Wyllys, a Mesa Diretora havia sugerido seis meses de suspensão. O advogado de Jean Wyllys, que o defendeu na reunião do conselho, apresentou vídeos com agressões verbais de Bolsonaro ao deputado. Também mostrou um cuspe do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair Bolsonaro, no mesmo dia.

Segundo a defesa, a atitude foi em “defesa da honra” diante da “homofobia reiterada” de Bolsonaro. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) informou que pedirá vista do relatório. O presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA) pediu celeridade para o assunto ser analisado antes do recesso.(Com informações da Agência Câmara)


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