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Estado de Minas

PT foi o maior derrotado nas eleições em Minas

Partido vê número de prefeituras conquistadas no estado encolher de 114 há quatro anos para 37 agora e perde em redutos tradicionais. PMDB elegeu o maior número de prefeitos


postado em 03/10/2016 06:00 / atualizado em 03/10/2016 12:16


O grande derrotado nas eleições em Minas Gerais foi o Partido dos Trabalhadores (PT), que perdeu 77 das prefeituras que assumiu há quatro anos e não conseguiu vencer em redutos tradicionais, como Ipatinga e Coronel Fabriciano, no Vale do Aço.

Em meio aos escândalos de corrupção que envolvem a legenda, apenas 37 candidatos foram eleitos no estado. Em 2012 o partido foi escolhido para administrar 114 cidades mineiras.

 

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Na outra ponta, mesmo também atingido por denúncias, o PMDB sai como grande vitorioso das urnas, conquistando 36 cidades a mais do que em 2012, quando elegeu 118 prefeitos. PSB (de 31 para 44) e PV (de 18 para 26) também ampliaram o número de municípios que vão administrar.

Já legendas tradicionais viram sua fatia no estado encolher. PSDB saiu de 143 prefeituras em 2012 para 129 agora, enquanto PP caiu de 70 para 52 e DEM baixou de 63 para 51, o PDT de 42 para 26 e PTB, de 50 para 44.

Com a votação definida em mais de 830 municípios no fim da noite, partidos menores, como PSD, PPS, PRB, PHS, PTdoB. PROS, PEN e PSDC também ampliaram o número de prefeituras que vão administrar a partir de janeiro. Entre as maiores cidades, com mais de 200 mil eleitores, os novos prefeitos foram conhecidos ontem em Governador Valadares, Uberaba, Uberlândia e Betim. Em Juiz de Fora e Contagem a disputa, a exemplo de Belo Horizonte, ainda depende de novo turno de votação. E em pelo menos uma a escolha do prefeito está nas mãos da Justiça.

 

Montes Claros

Em Montes Claros, a disputa ficou para o segundo turno, numa eleição que ainda está sub judice: o ex-deputado Humberto Souto (PPS) ficou em primeiro lugar, com 40,48% dos votos, mas o eleitorado não sabe se haverá outro turno na cidade. Segundo a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), os votos (48.753 ou 25,8%) do prefeito afastado e candidato à reeleição Ruy Muniz (PSB) foram contados à parte e só serão validados após posicionamento favorável ao candidato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou da Justiça de Montes Claros.

A equipe da coordenação de campanha de Muniz divulgou que ele estava em segundo lugar e vai disputar o segundo turno com Humberto Souto. No entanto, os votos dele não estavam sendo divulgados oficialmente no site do TSE, por causa do cancelamento da chapa com a renúncia do seu candidato a vice, Danilo Narciso (PMDB) a menos de 20 dias do pleito. Ele entrou com recurso e sua candidatura está sub judice.

Primeiro colocado na eleição na cidade do Norte de Minas, o ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (PPS) demonstrou confiança ao votar, pela manhã, em uma seção na Escola Estadual Abdias de Souza, no Bairro Todos Santos. “Acho que a eleição transcorreu em um clima normal. Vai dar tudo certo”, disse o candidato, salientando que sua expectativa era de vencer no primeiro turno. “Se houver segundo turno, vamos aguardar um pouco para depois começar a batalha novamente”, afirmou Souto, que evitou falar em articulação para a segunda etapa da eleição.

Ruy Muniz votou no Colégio São José (Bairro Roxo Verde). Também procurou demonstrar confiança. O concorrente do PSB enfrentou, além da candidatura subjudice, com o cancelamento da chapa por causa da renúncia do candidato a vice (substituído por Jason Neto) um pedido de prisão preventiva e chegou a ficar foragido. Só não foi detido porque a lei eleitoral impede prisões de candidatos a menos de 15 dias da eleição, a não ser em flagrante. Ao votar, ele voltou a reclamar de perseguição e de “interferência externa na eleição”. “Eu sou uma pesso que está sempre está pronta para tudo, quje trabalha e planta. Percebi muita interferência externa na eleição. Portanto, vamos colher o que plantamos. Não adianta querer alterar o resultado da eleição”, argumentou.

A candidata do Partido dos Trabalhadores, Marilene de Souza, Leninha, quem ficou em terceiro lugar (19,04%), votou na Escola Estadual Hamilton Lopes, no Bairro Edgar Pereira. Ela disse que estava confiante de que iria ao segundo turno. “Tivemos uma boa recepção das nossas propostas. Pretendemos fazer uma revolução, transformando Montes Claros numa cidade sustentável”, assegurou. O candidato Jairo Ataíde (DEM) votou no Colégio Polivalente (Bairro São Luis). Dizendo que estava confiante de chegar ao segundo turno, ele reclamou da “baixaria” na campanha eleitoral.


Governador Valadares

Em Governador Valadares, o empresário e pecuarista André Coelho Merlo (PSDB) foi eleito no primeiro turno, com uma grande vantagem em relação aos demais candidatos. Ele teve 81,05% dos votos (106.905), seguido de Ricardo Pedrosa (PEN), com 10,74% (14.107). O candidato Gledson Guetão (PT), apoiado pela prefeita Elisa Costa (PT) estava apenas 7,39% (9.752 votos). O concorrente do PSDB foi favorecido pelo desgate da atual administração de Governador Valadares por causa das denúncias de corrupção no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAEE), na concessão do transporte coletivo e em outros setores da prefeitura investigados na Operação Mar de Lama, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Publico Estadual e Ministério Publico Federal.

No Triângulo

Em Uberlândia, a disputa também foi definida no primeiro turno. O deputado federal Odelmo Carneio Leão (PP) vai comandar a cidade pela terceira vez. O atual prefeito Gilmar Machado (PT) tentou a reeleição e ficou em terceiro lugar na disputa. Odelmo Leão obteve 72,05% (250.390), aparecendo em segundo lugar Alexandre Andrade (PSB), com 16,63% (57.807 votos), seguido de Gilmar Machado, com 10,28% (35.727 votos). Odelmo Leão fez uma campanha enfatizando a proposta de retomar projetos de desenvolvimento e geração de empregos na cidade. Também deu destaque a propostas para melhorar as condições do atendimento à saúde da população, um dos problemas enfrentados na gestão do petista Gilmar Machado.

Em Uberaba, o prefeito Paulo Piau PMDB foi reeleito com 55,30% dos votos (75.251). No entanto, mesmo com quadro parecido com o de Montes Claros, era possível afirmar que não haverá segundo turno na cidade mesmo sem a divulgação os votos da candidata Ângela Mairink (PP), mulher do ex-prefeito Anderson Adauto (PP), cuja candidatura está sub judice. Pelos números divulgados pelo TSE, Antonio Lerin (PSB) ficou em segundo lugar, com 25,7% (34.998 votos), seguido de Wagner Nascimento Junior (PTC), 15,99% (21.687 votos).

Zona da Mata

Em Juiz de Fora, o atual prefeito Bruno Siqueira (PMDB) e a deputada federal Margarida Salomão (PT) voltam a disputar o segundo turno, assim como ocorreu em 2012. Com todos os votos apurados, Bruno Siqueira ficou com 39,07% (99.073 votos) enquanto a petista somou 22,38% (59.506 votos), seguida de Noraldino Junior (PSC), 17,72% (47.110) e Wilzon Rezato (PSB), com 16,82% (44.708 votos).


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