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Estado de Minas

Candidato a prefeito em Januária é preso em operação da Polícia Federal

Maurílio Arruda (PTC), que já governou a cidade, é suspeito de participar de um esquema que desviou pouco mais de R$ 1 milhão em obras de pavimentação, calçamento e drenagem


postado em 12/09/2016 16:09

O ex-prefeito de Januária, no Norte de Minas, Maurílio Arruda (PTC), foi preso nesta segunda-feira em operação da Polícia Federal. O político é suspeito de desviar R$ 1,03 milhão em obras de pavimentação, calçamento e drenagem de ruas na cidade.


Maurílio teve a prisão temporária decretada por cinco dias, é candidato novamente à prefeitura da cidade. Mas de acordo com o delegado Thiago Garcia Amorim, que comandou a operação, mesmo preso ele continuará concorrendo á eleição, já que teve a candidatura deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

De acordo com o delegado, os supostos desvios envolvem cinco contratos cujas obras não foram executadas. “As investigações mostraram que os processos licitatórios eram direcionados para uma empresa, mas os serviços, quase na totalidade, não foram concluídos. As ruas continuam esburacadas ou na lama”, disse Thiago Amorim.

As fraudes em processos licitatórios para a contratação das obras começaram a ser apuradas na Operação Sertão Veredas, deflagrada pela Polícia Federal em 2013 para averiguar denúncias de irregularidades em gestões passadas nos municípios de Januária e Itaracambi.

Conforme revelou Thiago Amorim, o funcionamento do esquema foi revelado por meio de um acordo de delação premiada feito por um empresário, dono da empreiteira envolvida nas fraudes, preso na Operação Sertão Veredas e que aceitou colaborar com as investigações em troca de redução de pena. O acordo da deleção foi fechado em 2014. O nome do empresário (que seria dono de uma empreiteira de Montes Claros) é mantido em sigilo.

Prisões

Maurílio Arruda já esteve preso em outras duas ações da Polícia Federal, devido à suspeita de desvios de verbas públicas: em setembro de 2009, na Operação Esopo, que investigou irregularidades no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) e em junho de 2014, na Operação Exterminadores do Futuro, que averiguou denúncias de desvios de verbas na construção de escolas na zona rural de Januária. De acordo com a PF, ele responde a mais de 20 processos.


A reportagem tentou, mas não conseguiu contato com o advogado do ex-prefeito. Em entrevista ao blog “Em tempo real”, ele confirmou que as acusações que basearam a nova operação da PF foi feita pelo empresário que fechou o acordo de delação premiada, mas que “o mesmo empreiteiro já havia desmentido as acusações”.


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