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Estado de Minas

MP investiga vantagens suspeitas para Lula durante mandato

Ministério Público informa ao Supremo que investiga se Lula foi beneficiado por empreiteiras quando era presidente


postado em 01/03/2016 06:00 / atualizado em 01/03/2016 07:44

Procurador Dallagnol diz que as duas investigações se justificam porque são diferentes (foto: Vladimir Platonow/ Agência Brasil - 27/7/15)
Procurador Dallagnol diz que as duas investigações se justificam porque são diferentes (foto: Vladimir Platonow/ Agência Brasil - 27/7/15)

Brasília - A força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná informou que apura se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu vantagens de empreiteiras quando ainda estava à frente do Palácio do Planalto. A informação foi incluída dentro de uma manifestação enviada ontem pelo procurador da República Deltan Dallagnol ao Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação foi enviada por causa de uma ação protocolada por Lula na sexta-feira. O ex-presidente alega ao Supremo haver conflito de atribuições entre o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) na condução das investigações contra ele e pede que a corte defina qual órgão deve encaminhá-las. Dallagnol, que é o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, disse ao STF que as investigações são diferentes. Ele defendeu a manutenção das apurações contra o ex-presidente nas mãos do MPF, que, segundo ele, estão relacionadas especificamente a supostas vantagens indevidas recebidas por Lula das construtoras investigadas pela Lava-Jato.

Segundo o coordenador da força-tarefa, os benefícios teriam sido materializados, entre outros, no pagamento dos imóveis em Atibaia e no Guarujá, em São Paulo. “Importante considerar que parte das vantagens, que constituem o objeto da investigação (conduzida pelo MPF), foram supostamente auferidas pelo suscitante (Lula) durante o mandato presidencial, o que, justifica, por si só, a competência federal”, alega Dallagnol. Na investigação conduzida pelo MPF, Dallagnol aponta que a análise preliminar das provas reunidas demonstra “tipologia criminosa de lavagem de capitais já denunciada no âmbito da Operação Lava-Jato, envolve José Carlos Bumlai, executivos da Odebrecht e executivos da construtora OAS, todos investigados e muitos dos quais já denunciados no esquema de corrupção que assolou a Petrobras”. Já o processo instaurado no MPSP apura vantagens em transferências de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para a OAS, a qual teria beneficiado Lula na compra de um triplex no Guarujá.

O Ministério Público Federal se antecipou ao pedido da relatora do caso, Rosa Weber, e apresentou a argumentação espontaneamente. Após o recebimento da manifestação, Rosa Weber determinou o envio das informações prestadas pelo MPF à defesa do ex-presidente, para manifestação. O ofício foi repassado ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas é assinado por Dallagnol e outros dez membros da força-tarefa.

 

 


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