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Estado de Minas

Justiça sequestra bens do ex-prefeito de Pirapora em ação por desvio de recursos

De acordo com o MP, Warmillon Fonseca Braga acumulou patrimônio de 720% durante três anos de mandato


08/02/2016 07:00 - atualizado 08/02/2016 07:52

Ex-prefeito de Pirapora e Lagoa dos Patos, Warmillon responde a mais de uma centena de processos cíveis e criminais
Ex-prefeito de Pirapora e Lagoa dos Patos, Warmillon responde a mais de uma centena de processos cíveis e criminais (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS 26/6/11)

A Justiça de Pirapora impôs mais uma derrota ao ex-prefeito da cidade Warmillon Fonseca Braga (sem partido) ao determinar o sequestro de sua fazenda, Planície, naquela cidade, e também de um luxuoso apartamento na Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. Os bens estavam em nome da sobrinha do político, Anne Fonseca Braga de Carvalho, que funcionava como “laranja” no esquema de desvio de recursos públicos dos cofres de Pirapora, durante seus mandatos de 2005/2008 e 2009/2012.  Warmillon coleciona mais de uma centena de processos cíveis e criminais na Justiça durante os 16 anos em que administrou Pirapora e Lagoa dos Patos.

De acordo com o Ministério Público, desde que Warmillon assumiu a prefeitura de Pirapora, em 2005, até 2008, ele apresentou uma variação patrimonial de 720% e, somente em 2008, o acréscimo de seus bens foi de R$ 1,965 milhão, correspondendo a 2.076,22% da sua renda. As investigações do MP demonstraram ainda que o patrimônio do político cresceu em mais de R$ 3 milhões, entre 2005 e 2011. Para isso, diz a ação criminal, Warmillon recrutou uma série de “laranjas” para tentar blindar seus bens e dar uma fachada legal a eles.

Além da sobrinha Anne, integravam o grupo a irmã Veronice Fonseca Braga de Carvalho, Victor e Sá Motta Pinheiro e a mulher dele Marcella Machado Ribas Fonseca, todos denunciados criminalmente ao lado do político. Mas o patrimônio milionário sem lastro que Warmillon angariou de pouco a pouco vai escorrendo entre seus dedos. Além do sequestro da Fazenda Planície, de mais de 700 hectares, e do apartamento na capital, o político teve bloqueados 49% de suas cotas da Rádio Bel Rio, registrada em nome da irmã, e o Posto Vila Pirapora, este em nome da sobrinha, em ação civil pública.

Mulher E não fica só nisso. O Ministério Público já pediu também o sequestro dos bens em nome de Marcella Machado Ribas Fonseca, mulher do político. Foram registrados em nome dela, uma mansão de cerca de 700 metros quadrados, em Pirapora, um restaurante de posto de gasolina, além dos veículos Mitsubushi Pajero e Citroen C4 Picasso. O pedido, no entanto, ainda não foi decidido pela Justiça. É alvo também do MP, um avião Cessna, que seria de Warmillon, mas está em fase de investigação.

Ao decidir liminarmente pelo sequestro, o juiz de Pirapora Anderson Fábio Nogueira Alves afirmou: “existem indícios de que a Fazenda Cocal e Planície (todas em nome de Planície e o apartamento 1202, do Edifício Santiago Ballesteros constituem proveito direto ou indireto da prática de crime, conforme documento colecionados nos autos”. Mas por se tratar de processo criminal, Nogueira Alves decidiu pelo bloqueio apenas dos “referidos bens imóveis suficientes para garantir a ação penal”.

Desde que deixou a prefeitura, a vida de Warmillon não tem sido fácil. Em 2013, ele foi preso e ficou mais de um ano na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Por força de habeas corpus está em liberdade, apesar da condenação de mais de 21 anos de prisão, em apenas três processos.


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