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Estado de Minas

Polícia Civil faz apreensão na casa do prefeito de Santa Luzia


postado em 06/10/2015 06:00 / atualizado em 06/10/2015 08:15

Prefeito Carlos Calixto se mostrou surpreso com operação da Polícia Civil, que contava com mandado judicial (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS 2013 26/6/14)
Prefeito Carlos Calixto se mostrou surpreso com operação da Polícia Civil, que contava com mandado judicial (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS 2013 26/6/14)
Com mandado judicial, a Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu ontem documentos, computadores e alguns cheques de pequena monta na residência do prefeito de Santa Luzia, na Grande BH, Carlos Alberto Parrillo Calixto (PSB), e, em seguida, na empresa familiar instalada no mesmo terreno e alvo da operação, a Serta Transformadores, gerenciada por sua filha. Os agentes também fizeram buscas na prefeitura. Nas secretarias municipais de Obras e de Meio Ambiente também foram apreendidos computadores. Os mandados foram expedidos pelas juízas Arlete Aparecida Silva e Maria Beatriz Fonseca, da Primeira Vara Criminal de Santa Luzia. Depois de informar em nota oficial que o inquérito segue em segredo de Justiça, a Polícia Civil negou-se a detalhar o motivo das apreensões e quem são os investigados.


Calixto declarou-se surpreso com o procedimento e o seu advogado, Estevão Ferreira de Melo, e afirmou desconhecer o motivo das buscas. “A única coisa que podemos deduzir é que Calixto não é o alvo da investigação, pois ele tem foro privilegiado. Se fosse, o mandado teria de ter partido do Tribunal de Justiça”, assinalou Melo, sustentando não ter sido disponibilizada cópia nem mesmo da decisão da juíza. “O mandado foi bastante genérico e reproduziu do Código de Processo Penal tudo o que em tese pode ser apreendido”, disse, descartando hipóteses de suspeitas levantadas de irregularidades na coleta de lixo da cidade.


“Não sabemos o que está sendo investigado. O cidadão tem o direito de saber por que está sendo investigado. O mandado é genérico e não explica detalhadamente o que é para ser buscado. E isso dá abertura para tudo “, criticou. Ao relatar o caso, Calixto informou que por volta das 6h30 foi surpreendido em sua casa pelo mandado de busca e apreensão apresentado pela Polícia Civil. Os agentes entraram, procuraram em todas as gavetas e armários. Encontraram no cofre R$ 11 mil em espécie, que Calixto explicou ser o seu salário, além de três cheques de valores pequenos, que seriam empréstimos realizados em 2005, 2012 e 2013 a amigos. O dinheiro ficou, mas os cheques foram apreendidos.


Em seguida, os policiais foram até a sede da empresa, no mesmo lote, aparentemente alvo da investigação. Lá foram apreendidos documentos e dois computadores. Outra equipe de policiais deslocou-se até a prefeitura e apreendeu computadores da Secretaria Municipal de Obras e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Calixto afirmou à imprensa que a motivação da operação seria política. “Não tem outra razão. Tenho oposição na Câmara e nunca encontraram nada de errado na minha gestão. Eles buscam uma maneira de me desmoralizar, só que não vão conseguir”.  A Serta Transformadores, possível alvo da operação, foi apresentada como uma empresa familiar, gerenciada pela filha do prefeito, que opera há 45 anos no ramo de medição de energia para grandes concessionárias de energia elétrica como a Cemig e a Coelba (Bahia).


SEGREDO Em nota oficial, a Delegacia Especializada de Falsificação e Sonegação Fiscal e Administração Pública  declarou ter cumprido uma série de mandados judiciais naquela cidade. Mas manteve em sigilo os investigados e o teor da investigação. “O motivo das apreensões e o nome de eventuais investigados não serão fornecidos à imprensa, por se tratar de um inquérito que segue sob segredo de Justiça”, informou a Polícia Civil, que esclareceu, ainda que não se trata de uma investigação que tenha como alvo a Prefeitura de Santa Luzia, mas sim empresas privadas.


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