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Estado de Minas

Ex-presidente do PT será velado nesta segunda-feira em BH

José Eduardo Dutra, morto no domingo, vinha lutando contra um câncer de pele há cinco anos. Parlamentares e lideranças do PT, incluindo o ex-presidente Lula, são esperados para se despedir do companheiro


postado em 05/10/2015 06:00 / atualizado em 05/10/2015 08:00

Zé Dutra, que presidiu o PT e a Petrobras, estava afastado de cargos políticos desde fevereiro(foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)
Zé Dutra, que presidiu o PT e a Petrobras, estava afastado de cargos políticos desde fevereiro (foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)


Será velado nesta segunda-feira em Belo Horizonte o corpo do ex-presidente do PT e da Petrobras José Eduardo Dutra, morto na madrugada de ontem, aos 58 anos, em decorrência de um câncer de pele contra o qual lutava há cinco anos. O quadro do petista, que já se encontrava bastante debilitado, se agravou nas últimas duas semanas. Natural do Rio de Janeiro, ele se tratava na capital mineira para ficar com a família, que mora em BH. Depois de ser velado no Funeral House, a partir das 10h, o corpo dele será cremado. Ontem, várias autoridades e lideranças lamentaram a perda do político, que se definia em uma rede social como “botafoguense, noveleiro e petista, em ordem cronológica, aos 7, 10 e 23 anos respectivamente”.

Zé Dutra estava afastado de cargos políticos desde fevereiro deste ano, quando se licenciou da diretoria corporativa e de serviços da Petrobras para tratamento de saúde. Nascido no Rio de Janeiro e geólogo de formação, ele passou a infância em Caputira e a adolescência em Caratinga, ambas na Zona da Mata mineira. O petista teve papel importante na primeira eleição da presidente Dilma Rousseff (PT), sendo um dos três coordenadores da campanha, junto com José Eduardo Cardozo e Antônio Palocci. Na mesma época, entre 2010 e 2012, Dutra presidiu o PT, deixando o posto já em função da doença. Foi presidente da Petrobras por dois períodos, de 2003 a 2005 e de 2007 a 2009. Sua carreira política foi construída no estado de Sergipe, que decretou luto oficial de três dias em função de sua morte e vai celebrar uma missa na ocasião do sétimo dia de falecimento.

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem que o Brasil se despede de um “grande brasileiro”, seu “amigo e companheiro”. Ela destacou a atuação política do petista como presidente do Sindicato dos Mineiros de Sergipe, dirigente nacional da CUT e presidente do PT. Também afirmou que ele foi uma liderança comprometida com o Brasil e o povo. “Tive o privilégio de conviver com José Eduardo. Sua dignidade, inteireza de caráter e seriedade jamais serão esquecidas e são a nossa grande perda. Presto minha solidariedade a toda sua família e amigos.”

Também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aproveitou uma visita a Belo Horizonte no fim de agosto para ver pela última vez Dutra, se manifestou em nota, assinada ainda pela esposa Marisa Letícia. Lula lembrou que Dutra foi o primeiro petista a presidir a Petrobras. “O Brasil perdeu um de seus mais comprometidos lutadores pelos direitos do trabalhador. Neste momento de tristeza e luto, lamentamos que uma trajetória brilhante tenha sido interrompida tão cedo”, afimou o petista, que confirmou a interlocutores que estará em Belo Horizonte para a despedida.

O governador de Minas, Fernando Pimentel, disse ter recebido com tristeza a notícia da morte de Zé Dutra e afirmou que ele é um quadro político que fará muita falta ao país. “Um homem afável, inteligente, cordial, um homem de bem. Eduardo Dutra parte deixando amigos em todos os setores da vida política e social do país”, afirmou, ao prestar sua solidariedade aos familiares. Amigo de Dutra, o com quem encontrava sempre que ele visitava BH, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Miguel Corrêa Junior, lembrou que ele sempre fazia questão de jantar e passar tempo com a mãe quando vinha para BH. “É lamentável a morte de uma pessoa que se dedicou tanto ao país, uma pessoa tão especial nas relações humanas e com os amigos”, afirmou.

Companheiros do Senado, onde Zé Dutra atuou como parlamentar e atualmente figurava como suplente, também lamentaram a morte. Entre eles, o líder do governo Delcídio Amaral (PT) disse que ele foi uma liderança muito importante do partido e, como executivo da Petrobras, “enfrentou desafios impostos com uma gestão muito serena, sensata e irretocável”. O PT nacional e de Minas Gerais divulgaram nota lamentando a perda.


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