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Estado de Minas

Dilma pede a Cunha e Renan que deixem pauta-bomba de lado

"Se a pauta-bomba for aprovada, vai tudo para o beleléu", disse um interlocutor da presidente


postado em 07/07/2015 06:00 / atualizado em 07/07/2015 07:35

Brasília – Após se reunir com os líderes e presidentes de partidos da base aliada,nessa segunda-feira (6),  a presidente Dilma Rousseff teve um encontro com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir que o Congresso seja comedido com as votações da chamada pauta-bomba que impõem novos prejuízos aos cofres públicos. Se novos gastos forem aprovados pelo Parlamento, o Executivo não terá como honrar os compromissos firmados. “Se a pauta-bomba for aprovada, vai tudo para o beleléu”, disse um interlocutor da presidente.

Além disso, em conversa com assessores, Dilma disse que defenderá com “unhas e dentes” o mandato para o qual foi eleita. Ela classificou como “golpista” a pregação por sua saída do governo e orientou ministros, presidentes de partidos, deputados e senadores da base aliada a afastarem com vigor a articulação de adversários pelo impeachment, carimbando a iniciativa como “golpe”. “As pessoas que estão fazendo delação premiada vão ter de provar o que estão falando”, disse Dilma. “Nada ficará sem resposta.”

Para tentar sanar as pendências com os aliados, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, passou a tarde de ontem reunido com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para acertar o cronograma de liberação das emendas parlamentares. O plano do governo é aproveitar as próximas semanas para acalmar a base aliada antes do recesso parlamentar, que se inicia no dia 18. “É o momento para arrumarmos a casa”, afirmou um aliado de Dilma.

Os líderes e presidentes de partidos aliados saíram da reunião do Conselho Político convencidos quanto aos argumentos do governo em relação ao processo no Tribunal de Contas da União (TCU), expostos pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da AGU, Luís Inácio Adams. “Ficou muito claro que outros governos também fizeram as mesmas coisas, inclusive a Dilma, muitas vezes avalizados pelo TCU. Estamos pensando em fazer audiências públicas sobre o tema no Congresso”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Durante o encontro, os ministros mostraram para os parlamentares que não houve ilegalidades nas “pedaladas” – o atraso nos repasses do Tesouro aos bancos públicos e privados para passar uma imagem de que as contas estão em dia. O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), sugeriu à presidente a convocação do Conselho da República – previsto na Constituição para momentos de instabilidade institucional, mas que jamais foi instalado. “Eu sugeri para que a presidente mostrar todas as ações que estão sendo tomadas neste momento”, completou o líder pessedista.


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