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Estado de Minas

Depois de aprovada na Câmara, terceirização deve tramitar no Senado a partir de hoje

O presidente do Senado, senador Renan Calheiros, já disse que a terceirização não poderia ser "ampla, geral e irrestrita" e não permitiria um drible contra o trabalhador


postado em 27/04/2015 09:09 / atualizado em 27/04/2015 09:25

Sessão do plenário da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (22), quando foi aprovado o projeto que amplia as hipóteses de terceirização de mão de obra(foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados)
Sessão do plenário da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (22), quando foi aprovado o projeto que amplia as hipóteses de terceirização de mão de obra (foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados)

O Projeto que regulamenta a terceirização de trabalhadores deve chegar ao Senado nesta segunda-feira. Depois de ter recebido mais de 200 emendas, o texto foi aprovado na última quarta-feira (22) na Câmara, onde está sendo concluída a redação final.

Polêmica, a proposta deve receber alterações. O presidente do Senado, Renan Calheiros, e os líderes das duas maiores bancadas, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) e Humberto Costa (PT-PE), já disseram que não concordam com alguns pontos. Além disso, outros senadores já foram à tribuna criticar o projeto.

Renan decidiu convocar uma sessão temática em plenário para debater a proposição com os senadores e chegou a dizer que a terceirização não poderia ser “ampla, geral e irrestrita” e não permitiria um drible contra o trabalhador.

"Vamos fazer uma discussão criteriosa no Senado. O que não vamos permitir é pedalada contra o trabalhador. O projeto tramitou 12 anos na Câmara. No Senado, terá uma tramitação normal", disse Calheiros.

Assim como o presidente Renan Calheiros, o líder petista Humberto Costa mostrou-se contrário à mudança central feita pelo projeto, que permite às empresas contratar trabalhadores terceirizados para suas atividades-fim. Ele garantiu que, se depender do PT, a proposta não passará no Senado do jeito que foi aprovada pela Câmara."Não há qualquer negociação que possamos abrir sobre atividade-fim das empresas. Ou ela sai do projeto, ou votaremos contra", advertiuo petista.

O líder do PMDB, Eunício de Oliveira (CE) também defende alterações. Para ele, terceirizar atividade-fim é um erro. "A terceirização é importante e moderniza o país, mas não pode ocupar espaço na atividade-fim de qualquer empresa do Brasil ",  afirmou Oliveira em entrevista à imprensa.

Longa tramitação

O  projeto de lei que regulamenta a terceirização de trabalhadores foi apresentado em 2004 pelo deputado por Goiás Sandro Mabel, filiado na época ao Partido Liberal. E só teve a tramitação acelerada em 2015.

A proposição libera a terceirização de todas as atividades de uma empresa, cria regras de sindicalização dos terceirizados e prevê a responsabilidade solidária da empresa contratante e da contratada nas obrigações trabalhistas.

Com Agência Senado


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