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Estado de Minas

Oposição unifica discurso pelo impeachment de Dilma Rousseff

Presidentes dos partidos de oposição se articulam embalados pela prisão do tesoureiro do PT. Dirigentes irão formalizar pedido em bloco


postado em 15/04/2015 20:56 / atualizado em 15/04/2015 20:59

Presidentes dos partidos de oposição se reuniram para discutir o atual quadro político do pais(foto: George Gianni/PSDB)
Presidentes dos partidos de oposição se reuniram para discutir o atual quadro político do pais (foto: George Gianni/PSDB)

Embalados pela prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari, os presidentes dos partidos de oposição ao governo no Congresso - PSDB, PPS, DEM, SD e PV - unificaram nesta quarta-feira o discurso no movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os dirigentes ainda não decidiram formalizar o pedido, mas definiram que isso será feito em bloco, o que, segundo dizem, deve ocorrer em breve.

A articulação conjunta tenta evitar uma disputa fratricida entre as legendas pelo protagonismo do movimento. O ponto de partida será um conjunto de pareceres jurídicos, encomendado pelo PSDB, que deve ficar pronto até o fim da próxima semana. O presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), não revelou quem serão os autores.

Além do papel de Vaccari e do eventual uso de dinheiro de propina da Petrobras na campanha de Dilma Rousseff, os tucanos apostam em outros três fatos para respaldar o pedido: a acusação de que a Controladoria Geral da União (CGU) segurou informações sobre propina na estatal até o fim das eleições; o uso irregular dos Correios na campanha eleitoral, como revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo; e a responsabilidade de Dilma por crime fiscal a partir das chamadas "pedaladas fiscais", com uso de bancos públicos, para fechar as contas da União.

Senado


Principal partido de oposição, o PSDB se abriu de vez para a proposta do impeachment depois da prisão de Vaccari. A ideia de já levantar a bandeira do "Fora Dilma" é defendida com entusiasmo pela bancada de deputados da legenda, mas ainda encontrava resistência entre os senadores tucanos. "O impeachment ainda não é a nossa bandeira, mas há muita pressão vindo das ruas e estão acontecendo fatos novos a cada dia", pontuou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O aumento do tom dos discursos de Aécio já sinaliza neste sentido. Antes cauteloso, o candidato derrotado na disputa presidencial do ano passado passou a dizer que a palavra impeachment "não é proibida".

Entre os oposicionistas, havia quem defendesse uma radicalização do processo. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) chegou a sugerir que se pedisse a extinção do PT. Mas depois dos atos de hoje, o tom mudou. A formação do bloco oposicionista ocorre no momento que os líderes dos principais movimentos anti-Dilma decidiram também atuar em conjunto no Congresso. A avaliação dos 25 maiores grupos responsáveis pelas manifestações de março é a de que a atuação nas ruas se esgotou e a hora é de pressionar o Parlamento. Os ativistas fizeram hoje um ato público em frente ao Congresso.

Pela primeira vez, um evento dos grupos contou com a participação de políticos. Diante dos senadores tucanos José Serra (SP), Cássio Cunha Lima (PB) e Álvaro Dias (PR) e de diversos deputados do DEM e do PSDB, os líderes das manifestações leram um manifesto com diversas demandas. O senador Aécio Neves preferiu não comparecer neste primeiro evento.


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