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Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA: Lula independente e Dilma obediente

Mas a pressa em fazer o encontro já na segunda-feira tem outro motivo. Atende pelo nome de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). E é calculado em 6,5%


postado em 28/02/2015 12:00 / atualizado em 28/02/2015 07:47

A presidente Dilma Rousseff (PT) obedeceu a Lula e marcou encontro, para depois de amanhã, com a cúpula do PMDB. Antes disso, Dilma já havia atendido sugestão do ex-presidente de sair do isolamento do Palácio do Planalto. Esteve na Bahia, foi ao seu Rio Grande do Sul, e já tem mais viagens marcadas para a semana que vem. É curioso o que acontece na política brasileira. Quem foi primeiro ouvir o rosário de queixas peemedebistas foi Luiz Inácio Lula da Silva. E não foram poucas as reclamações. Depois que ouviu do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que ele precisava ser o “fiador” do partido nas relações com Dilma e com o PT, o ex-presidente convenceu Dilma a dar o jantar de segunda-feira no Palácio da Alvorada.


Estarão presentes os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E, é claro, o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Sobre ele, Lula recorreu à memória de seu vice-presidente, José Alencar, revelando que sempre o consultava antes de tomar uma decisão importante.

Mas a pressa em fazer o encontro já na segunda-feira tem outro motivo. Atende pelo nome de Imposto de Renda dePessoa Física (IRPF). E é calculado em 6,5%, já que o veto da presidente Dilma à correção da tabela neste percentual corre mesmo sério risco de cair. E foram os peemedebistas que deram o alerta ao ex-presidente. Lula se tornou articulador político do governo, já que a inércia dos palacianos – de Aloizio Mercadante e companhia – não deu resultado. Se terá sido bem-sucedido, só o plenário do Congresso dirá na semana que vem.

É certo, contudo, que o governo tenta reagir. Mas com cortes no Orçamento, aliados a uma inflação nas alturas e aumento de preços de combustíveis, para ficar em uns poucos exemplos, a popularidade de Dilma vai continuar lá embaixo nas pesquisas. Lula é um animal político, mas não é santo para fazer milagres.

Esqueceram de mim
O deputado estadual Gilberto Abramo será empossado hoje, em solenidade no plenário da Assembleia Legislativa, como o novo presidente do Partido Republicano (PRB) em Minas Gerais. Em informação à imprensa, ele cita, por exemplo, que o PRB completa este ano 10 anos como o partido que mais cresceu no Brasil. Um detalhe, no entanto, chama a atenção. O texto divulgado não cita, em nenhum momento, o ministro do Esporte, George Hilton, a quem vai suceder. Deve ser por ciúmes pelo fato de George Hilton ter comandado as propagandas do partido em cadeia de rádio e televisão, antes de passar o cargo.

Nome e sobrenome

Nem o PT,  e muito menos o governo, queriam que o Orçamento Impositivo fosse aprovado no Congresso, mesmo com a obrigação de aplicar parte das emendas na área de educação. Só que agora o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), anda dizendo aos quatro cantos que foi um trabalho a quatro mãos dos petistas com os ministros. E ainda quer alterar o nome, trocando seis por meia-dúzia, passando para “Orçamento das Emendas Parlamentares Impositivo”, deste jeito, com nome e sobrenome. Pelo jeito, Guimarães está tucanando o Orçamento Impositivo.

Dinheiro na cueca
A ideia é boa e moderna, tanto que é adotada em países como a Noruega e Suécia. Mas o projeto do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) que estabelece cinco anos de prazo para o Brasil adotar o dinheiro digital logo provocou brincadeiras dos seus colegas na Câmara. Primeiro, disseram que “ladrão terá de ter curso de informática”. Mas a maldade maior ainda estava por vir. Os deputados de outros partidos dizem que Reginaldo não vai contar com os votos petistas para aprovar a sua proposta. Um gaiato logo explicou o motivo: “É porque acaba com o dinheiro na cueca, uma marca política e eleitoral registrada do PT”. Ô maldade!

Swissleaks
Quem diria? O Psol conseguiu emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O mérito cabe ao senador Randolfe Rodrigues (AP) e visa investigar o escândalo batizado de Swissleaks protagonizado pelo banco HSBC. Trata-se da ocultação de US$ 100 bilhões do fisco de mais de uma centena de clientes. O motivo de fazer aqui a CPI do HSBC, como ela foi batizada, é que há mais de 8 mil brasileiros que teriam movimentado clandestinamente pelo menos US$ 7 bilhões, para fugir do Imposto de Renda. Não é à toa que sobraram assinaturas no requerimento do senador do Psol.

Saco de pancadas
É, o inferno astral do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega parece nunca acabar. Desta vez, quem pegou pesado foi o atual ministro, Joaquim Levy, que descascou a desoneração da folha salarial feita no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). “Essa brincadeira custa R$ 25 bilhões por ano e não protege o emprego”, afirmou Levy sobre as medidas tomadas por seu antecessor. É, pelo jeito, os ministros de Dilma estão liberados para bater forte em Guido Mantega. Afinal, quem mandou ele não comparecer à posse do segundo mandato da presidente?

PINGAFOGO

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, tenta tapar o sol com a peneira. Ele declarou, em alto e bom som, que a lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não é motivo para punir os petistas que estiverem envolvidos. Se eventuais atos ilícitos não são motivo de punição, o que será então?

Por falar nisso, Rui Falcão não fez nenhum comentário sobre as ameaças sobre as quais o próprio governo Dilma alertou o procurador-geral Rodrigo Janot. Certamente, não tem também motivo para se mostrar preocupado.

Acontece em todas as regiões de Belo Horizonte. Há grande instabilidade no preço dos combustíveis. De um posto para outro, o preço na bomba chega a variar
R$ 0,85 por litro, no caso do etanol, R$ 0,80 para a gasolina aditivada e R$ 0,58 para a gasolina comum.

Quem avisa amigo é. E, neste caso, é o Procon da Assembleia Legislativa que alerta: além da variação de preços entre os postos, reajustes diários têm sido feitos em diversos estabelecimentos, confundindo ainda mais o consumidor.

Só faltava esta. A presidente Dilma Rousseff (PT), depois de cancelar no ano passado visita ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode repetir a dose. O motivo? Falta de assunto. Nada mais prosaico diante do maior país do mundo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse sobre as passagens para as esposas, que “usa quem quiser”. É, quem não quiser usar corre sério risco de apanhar com rolo de madeira de abrir massa de pastel.

 


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