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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 27/02/2015 12:30 / atualizado em 27/02/2015 12:33

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Chame o síndico do condomínio


O que tanto preocupa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)? Sua intensa movimentação política dos últimos dias indica que há algo mais entre o céu e a terra do que pode imaginar a vã filosofia petista.

Tanto que suas andanças incluíram também conversas com a bancada do PMDB no Senado, ontem, na residência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso. Antes, já havia jantado com uma numerosa e influente plateia de petistas.

E o cardápio foi apimentado. O chefe Lula cobrou apoio incondicional ao pacote de medidas impopulares do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para tentar tirar o país da crise econômica por que está passando – o desemprego em janeiro, para ficar em apenas um exemplo, subiu mais que o esperado pelos economistas. Vários petistas resistiam e condenavam o pacote. Vão obedecer ao chefe?

E o ex-presidente Lula ainda procurou o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) para tentar trazer de volta os socialistas para a coalizão governista. Só que a maior parcela de parlamentares do partido resiste bravamente a esta reaproximação. Afinal, para que se expor em um governo que afunda em impopularidade?

Na equação política mais realista, a volta do PSB é de resultado bem perto de zero. Afinal, se o PMDB, que é da base, ignorou a presidente Dilma Rousseff (PT) em seu programa no horário eleitoral em cadeia de rádio e televisão, por que os socialistas iriam seguir em direção contrária aderindo ao governo?

Enquanto o ex-presidente Lula faz a sua peregrinação política, a Câmara dos Deputados instala a nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para continuar investigando a Petrobras. A base governista tudo fará para manter a CPI controlada. A oposição se esforçará para manter o governo, que já anda frágil, tem uma economia desgastada e uma ação política descoordenada, em sangria desatada.

Vitória mineira

O secretário de Defesa Social de Minas, Bernardo Santana, ex-deputado federal e delegado da Polícia Civil, venceu ontem a disputa pela presidência do Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública, por 14 votos a 8. Seu concorrente foi o prestigiado secretário da pasta no Rio de Janeiro, o delegado federal José Mariano Beltrame, idealizador das unidades de polícia pacificadora (UPP’s) naquela cidade. Vale lembrar que Bernardo foi o primeiro secretário anunciado pelo governador Fernando Pimentel (PT).

Apoios de peso

Os nomes de peso e articulação de governadores dos estados, entre eles o do Rio, Pezão (PMDB), e Pimentel, é claro, fizeram com que o secretário de São Paulo, Alexandre de Moraes (PMDB), que já advogou em mais de 100 processos em defesa na área cível para a Transcooper – cooperativa suspeita de lavagem de dinheiro da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) – retirasse sua candidatura. E olha que ele foi o primeiro a se candidatar.

"A presidenta"

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, na cerimônia de ontem para o lançamento do programa Bem Mais Simples, cometeu uma gafe política em desrespeito às regras gramaticais em vigor no Palácio do Planalto desde que a presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu. Ao explicar o programa, Afif sempre se referia a Dilma como presidente, em vez do controverso “presidenta”, que ela tanto preza. Não é à toa ou será coincidência? Em diversos momentos da solenidade, Dilma demonstrava semblante de quem estava pouco satisfeita com Afif.

Estreia prestigiada

O tucanato é bobo nada. Indicou o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para três das mais importantes comissões técnicas do Senado. Ele será membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais disputada pelos parlamentares, da Comissão de Educação, Cultura e Esportes e da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Detalhe que mostra o prestígio do ex-governador mineiro: em todas elas, Anastasia é membro titular.

PEC da Bengala

Corre à boca miúda entre parlamentares que a indicação da presidente Dilma Rousseff (PT) para preencher a vaga do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF) pode sair nas próximas horas ou na segunda-feira. E provavelmente será o último ministro que Dilma indicará. É que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Bengala deve ser votada semana que vem, apesar da resistência do governo. Ela só valerá para os tribunais superiores, não para os estados. Informação gastronômica: o acordo foi selado em jantar dos presidentes dos tribunais, com a presença de líderes partidários, na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

PINGAFOGO

Um deputado federal gaiato, que já foi casado uma vez e hoje está solteiro, pensa seriamente em se casar de novo. O motivo? Ele próprio explica: “É só para poder levar a minha mulher para Brasília sem ter que gastar.”

Ele se referia à novidade no pacote de bondades da Câmara dos Deputados, que inclui o pagamento, pela Casa, das passagens aéreas para as esposas dos parlamentares poderem acompanhá-los nos dias em que passam no Distrito Federal.

O relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), não desiste, ao contrário, insiste. Quer porque quer investigar também o período do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Os tucanos estrilam. E FHC já bufou quando a ideia surgiu.

Prepare o seu bolso. O dólar bate recorde de alta desde 2004. Isso mesmo, um recorde que resistiu por 10 anos. Com isso, uma coleção de produtos deve subir de preços. E em temporada de inflação já fora da meta. É grave a crise.

Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP) vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o pagamento das passagens aéreas para as esposas dos seus colegas. A mulherada vai ficar uma arara com o tucano.

Só faltava essa. O serviço de inteligência do governo federal detectou ameaças contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. E o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, orientou Janot a reforçar a segurança. Tudo por causa da Operação Lava-Jato.


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