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Estado de Minas

Força-tarefa da PGR faz ajustes finais para denunciar políticos na Lava-Jato


postado em 27/02/2015 06:00 / atualizado em 27/02/2015 07:43

Brasília – Prestes a apresentar pedidos de inquéritos contra políticos, Rodrigo Janot passou a quinta-feira fechado na Procuradoria-Geral da República (PGR), em encontros e conversas sobre a Operação Lava-Jato e reuniões com sindicalistas, que pedem aumento salarial para os servidores do Ministério Público, em estado de greve. Pela manhã, ele conversou com o vice-presidente da República, Michel Temer, no Palácio do Jaburu, para tentar evitar que o corte no Orçamento a ser aprovado pelo Congresso comprometa o reajuste.

O grupo de trabalho criado por Janot manteve reuniões na PGR para finalizar as peças dos pedidos. Apesar de o prazo para a conclusão concluir dos inquéritos contra políticos envolvidos em acusações de corrupção na Petrobras terminar no dia 28, as ações devem ser concluídas na semana que vem. Um investigador acredita que até terça-feira. Alguns pedidos já estão prontos e passam por uma equipe de revisores, que tenta uniformizar os textos das peças. A equipe de nove procuradores e dois promotores do Ministério Público do Distrito Federal tem trabalhado frequentemente até as 22h e nos fins de semana e feriados.

Na conversa no Jaburu, ninguém perguntou da lista de políticos a ser apresentada ao Supremo Tribunal Federal. Um dos interlocutores disse que Janot estava nervoso e que, por isso, preferiu nem questionar o assunto, tratado em sigilo pela PGR.

Hoje, o procurador vai a Uberlândia (MG), em um ato em torno do promotor Marcus Vinícius Ribeiro, baleado em atentado em Alto Parnaíba (MG) na semana passada. “O episódio demonstra como os agentes públicos que se dedicam ao combate à corrupção e desvios de dinheiro da população estão vulneráveis às reações violentas de pessoas flagradas cometendo crimes”, disse a PGR em nota no domingo. (EM e Paulo De Tarso Lyra)

R$ 106 milhões confiscados

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, determinou ontem o confisco de R$ 106 milhões do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O valor bloqueado corresponde à conversão da suposta propina de US$ 40 milhões, referente à compra de navios-sonda, para reais. Parte dos valores já foi depositada em contas judiciais. A 13ª Vara ainda determinou que estrangeiros sejam questionados sobre o pagamento de propina na compra de dois navios-sondas pela Petrobras. No negócio, de US$ 1,2 bilhão, os subornos teriam sido intermediados pelos operadores Fernando “Baiano” Soares, Júlio Camargo e Alberto Youssef. Cerveró e Baiano negam a acusação. Moro determinou que sejam enviadas perguntas às testemunhas Ishiro Inagaki, morador no Japão; Harris Lee e J. W. Kim, ambos da Coreia do Sul; Yasuyuki Fujitani, de Grand Cayman; e Cláudio Castejon, em Amsterdam, na Holanda.


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