(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

EM dia com a Política: Pior que derrota é a humilhação

Cara será a montagem do segundo escalão do governo. Será porteira fechada e ninguém para vigiar


postado em 03/02/2015 12:00 / atualizado em 03/02/2015 13:53

Os faxineiros do Palácio do Planalto ainda estão juntando os cacos da derrota sofrida pelo governo na eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. E os principais articuladores políticos da presidente Dilma Rousseff (PT) se perguntam onde foi que erraram. Essa é a questão mais fácil de ser respondida. Erraram em tudo. Confiaram nos partidos “da base” que têm cargo no governo e nada receberam em troca. Muito antes pelo contrário. A rebelião foi quase completa. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ganhou no primeiro turno mesmo com o candidato Júlio Delgado tendo 100 votos.


Não é à toa que a batata do ministro-chefe da Secretaria de Articulação Política, Pepe Vagras (PT-RS), já está assando em forno morno, que deve esquentar em breve. Não ficou também bem na fita o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT-SP), que tem respeito dos colegas, mas não amizade, por conta de seu temperamento difícil de engolir. Então, o jeito é convocar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para entrar no circuito. Só que ele esteve antes com Eduardo Cunha e não conseguiu demovê-lo da candidatura ao comando da Câmara dos Deputados.


A derrota que o governo tenta minimizar, da boca para fora, é claro, pode custar caro e dar muito trabalho aos articuladores do governo. A oposição já recolhe assinaturas para retomar, em nova comissão parlamentar de Iinquérito (CPI), as investigações na Petrobras. E pensa em fazer o mesmo em relação a outras estatais gigantes. Cara será a montagem do segundo escalão do governo. Será porteira fechada para cá, porteira fechada para lá, e ninguém para vigiar.


Já a “líder da oposição” no Senado, Marta Suplicy  (PT-SP), fez o resumo da ópera: “O intervencionismo do governo, indevido e atrapalhado, impôs a si próprio o papel de perdedor antecipado. Prenúncio de crise com o Congresso”. Nada mais é preciso ser dito.


Tudo errado
Quem erra na política paga no voto. É ensinamento que os petistas não tiveram na eleição da Câmara dos Deputados este ano. Estavam confiantes demais e deixaram Eduardo Cunha (PMDB-RJ) galopar livremente. E ainda não foram capazes de notar defecções despistadas, como a que fez o PDT. Primeiro a demora em recolher as assinaturas necessárias do partido. E depois ultrapassar três minutos da hora de chegar, para perder o prazo estabelecido pelas regras da eleição. Com outros casos, o bloco do PT não aumentou e o partido, para atrair outras legendas, ficou sem cargos na Mesa Diretora. Haja equívocos!


Rápido no gatilho
Não foi só um terço dos senadores que tomou posse nos últimos dias. Foi um terço e mais um.É que na sexta-feira, antes mesmo de ser reeleito, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu posse ao senador Fernando Ribeiro (PMDB-PA). Ele é suplente de Jader Barbalho (foto) (PMDB-PA), que tirou licença por motivo de saúde e só deve voltar ao Congresso no meio do ano. Renan foi mais rápido no gatilho. Pelo sim, pelo não, empossou Fernando Ribeiro e, certamente, garantiu mais um voto para a sua candidatura à reeleição.

Aos poucos vai
A coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados, Jô Moraes (PCdoB-MG), deve estar rindo à toa com o resultado das eleições para a Mesa Diretora da Casa, embora os comunistas tenham apoiado a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP). É que, pela primeira vez, duas deputadas terão cargos na Mesa: Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi eleita para a Terceira Secretaria, e Luíza Erundina (PSB-SP), para a Terceira Suplência. De quebra, a bancada feminina cresceu de 45 para 51 deputadas.


Talentos jovens
Atendendo a convocações do governador Fernando Pimentel (PT), dois prefeitos  renunciaram aos mandatos. O prefeito de Ritápolis, Marcus Gimenez vai comandar a vice-presidência da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). Já Antônio Cesar Pires de Miranda Júnior, mais conhecido como Juninho da Geloso (PR), deixou a Prefeitura de Rio Acima para assumir a vice-presidência da Companhia de Saneamento e Abastecimento (Copasa). É a juventude ganhando espaço no governo petista.

O leitor tem razão
Escreve o leitor que assina D.P.Fonseca: “Li em sua coluna Em dia com a política de  29 de janeiro – Sanções presidenciais – que a Exma. senhora presidente da República sancionou decreto instituindo o Dia Nacional do Milho, destinado a estimular e orientar a cultura do milho, comemorado anualmente em 24 de maio. Parece-nos uma grande cincada (gafe) do gabinete presidencial ou do nosso glorioso e honrado Congresso, pois o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, através do Decreto 56.286, de 17 de maio de 1965, instituiu o dia 24 de maio – Dia da Cidade de Patos de Minas – como Dia Nacional do Milho (in Oliveira Mello – Patos de Minas Minha Cidade – ed. da Academia Patense de Letras e
Prefeitura Municipal de Patos
de Minas – 1978)”.


Pingafogo

O ex-senador Eduardo Suplicy (foto) (PT-SP) já está devidamente empregado. Ele assumiu a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, atendendo a convite feito pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

E já começa ao seu estilo. Suplicy disse avaliar que a Polícia Militar de São Paulo tem cometido alguns excessos na repressão a protestos de rua. E ainda provoca: “Inclusive com ferimentos de jornalistas”.

 Também foram rápidos no gatilho os representantes do Sindi-UTE e do Movimento Afro Estadual. Já estiveram com o novo presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (PMDB), para entregar suas pautas de reivindicações.

Serviço de utilidade pública da coluna: em temporada de alto risco de racionamento de energia, não custa conferir as dicas do Procon da Assembleia para economizar. Estão no site almg.gov.br.

 É preciso também registrar a ressaca eleitoral na Assembleia. No dia seguinte à posse, a agenda da Casa trazia: “Nenhum item de agenda encontrado”. Nem nas comissões nem no plenário e nem mesmo nos eventos.

 Na mensagem que mandou ao Congresso, a presidente Dilma Rousseff (PT) diz que o país chegou ao seu limite fiscal. Ora, será que ela não tinha percebido isso antes? Não é à toa que a recessão bate à porta...


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)