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Estado de Minas COLUNA

Em dia com a política:É um problema da Dilma, não é meu

Mas tudo isso, só no ano que vem. Em fevereiro, duas semanas antes do carnaval, porque, no Brasil, tudo acaba em samba


postado em 19/12/2014 12:20 / atualizado em 19/12/2014 12:31

“Eu não acho nem desacho. É um problema da presidente Dilma, não é meu.” Pois é, com amigos assim, a presidente Dilma Rousseff (PT) não precisa de inimigos. A frase em cima do muro, bem tucana mesmo, saiu da boca do ex-presidente Lula sobre a possível demissão da presidente da Petrobras, Graça Foster. E foi dita depois de solenidade no Ministério da Justiça. Ministério da Justiça? Parece país da piada pronta. Então, que a Justiça seja feita.
O jeito tucano de ser parece ter tomado conta do PT. O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI Mista) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), conseguiu aprovar o seu relatório pedindo o indiciamento ao Ministério Público de 52 pessoas suspeitas de corrupção detectada pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Algum político na lista? Óbvio que não. O melhor, no entanto, ainda estava por vir. Marco Maia não citou a presidente da Petrobras, Graça Foster, entre os indiciados, mas deu entrevista defendendo, mais uma vez, a sua saída do comando da maior empresa brasileira.

O relatório paralelo da oposição pedia o indiciamento de Foster. Mas nem sequer foi votado. Para não perder a caminhada, os oposicionistas vão encaminhá-lo ao Ministério Público Federal. A oposição foi além. Incluiu a presidente em seu relatório, engavetado na CPI Mista. Afirmou que Dilma deveria ser responsabilizada por improbidade administrativa na compra da refinaria de Pasadena nos EUA. Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras quando o negócio foi feito e deu no que deu.

Resumo da ópera: nenhum político indiciado, Graça Foster poupada e Dilma ignorada no relatório oficial. A oposição vai tentar uma nova CPI. Os governistas tentarão impedir. Mas tudo isso, só no ano que vem. Em fevereiro, duas semanas antes do carnaval, porque, no Brasil, tudo acaba em samba.

A voz do leitor


Escreve o leitor Geraldo Silva sobre a polêmica do momento na Câmara dos Deputados envolvendo Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS): “Partindo do pressuposto de que as declarações de Bolsonaro caracterizaram apologia ao estupro (o que eu não concordo) e considerando que no ordenamento jurídico brasileiro tanto a mulher como o homem podem ser vítimas de estupro, por que essas declarações foram ofensivas só às mulheres, como você e várias pessoas vêm afirmando?”. Este escriba deixa a resposta para os leitores.

Ocaso de uma família


É, a família Sarney está mesmo fora do prumo. Em sua despedida do Senado, o ex-presidente José Sarney (PMDB-MA), que herdou a cadeira de Tancredo Neves na redemocratização do país, chama o golpe militar de 1964 de “revolução”.
E ainda diz que o seu Maranhão está na vanguarda. Só se é na vanguarda dos abusos, como a aprovação de pensão vitalícia para a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que saiu mais cedo para não ter que passar a faixa ao sucessor Flávio Dino (PCdoB). Bem, sobra Sarney Filho  (PV-MA), mas ele é mais ligado a questões ecológicas.

O ficha-limpa

Está lá no Facebook para quem quiser conferir. “Meus queridos, como sempre tenho dito, minha ficha é limpa”. A frase é do deputado federal reeleito por São Paulo Paulo Maluf (PP) para anunciar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou que ele seja diplomado hoje. E a ironia usada por Maluf faz sentido, já que ele era processado exatamente por causa da Lei Complementar 135/2010. Sabe do que se trata? É a conhecida Lei Ficha Limpa. No ano que vem, Maluf volta à Câmara dos Deputados. E pode escrever: voltará todo prosa.

Outra voz do leitor

Os leitores estão mesmo atentos. Escreve Afrânio Viana de Souza Júnior, cheio de razão: “Bom-dia, Baptista! O Brasil é mesmo o país da piada pronta. Os ‘dignos’ parlamentares, para aprovar um reajuste na tabela do Imposto de Renda, o fazem como se fosse favor e ainda dizem que a presidente Dilma poderá vetar a atualização por conta do momento econômico por que o país passa. Mas cara de pau para propor reajuste para os membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, causando impacto anual da ordem de R$ 3,8 bilhões, a mesma cara não queima. Estamos fartos dessa palhaçada que assola o país. Vamos incluir mais um poder para não ficar de fora destas benesses: o povo”.

Hora de pedir votos


Agora que a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) foi lançada oficialmente na sala da liderança do PSDB na Câmara dos Deputados, o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG) é um dos encarregados de pedir votos na solenidade de diplomação da bancada mineira eleita para o ano que vem. O presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), fez discurso forte no lançamento em Brasília. E os tucanos devem ir unidos, como previu o líder do partido, Antônio Imbassahy (BA). A bancada eleita de São Paulo, que fez 14 deputados, a maior do estado, também está fechada com Delgado.


Pingafogo

“PRB define apoio a Eduardo Campos para presidir a Câmara dos Deputados.” Título de e-mail enviado pelo partido a inúmeros jornalistas. “Bancada do PRB ‘fecha’ com Eduardo Campos.jpg”.

“George Hilton confirma que PRB apoia Eduardo Cunha para presidência da Câmara”, título do release distribuído pelo líder do partido na Câmara dos Deputados. Pelo menos deram o nome certo do candidato peemedebista.

Ontem, entre as 14h56 e as 15h10, o site de notícias da Assembleia Legislativa, que mostra 10 resultados por página, tinha 10 matérias falando sobre... a Assembleia Legislativa. E bem, claro.

O novo líder do PR na Câmara dos Deputados no ano que vem será Maurício Quintella Lessa (AL), que está em seu primeiro mandato e se reelegeu. Mesmo assim, vai liderar. Os republicanos buscam fazer rodízio na liderança.

Quem está em alta cotação para assumir a Secretaria de Estado de Cultura no governo de Fernando Pimentel (PT) é o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ângelo Oswaldo.
Na verdade, é pule de 10 sua nomeação.

E não falta de currículo para Ângelo Oswaldo voltar ao cargo que já exerceu. Ele foi prefeito de Ouro Preto por duas vezes e presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), além do Ibram.


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