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Estado de Minas COLUNA

Um pouco de imaginação e o recado para os petistas

Deve estar se referindo ao futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que começa a despachar esta semana no Palácio do Planalto


postado em 30/11/2014 00:12 / atualizado em 30/11/2014 08:24

Baptista Chagas de Almeida

Que país é este que vive um clima de instabilidade institucional, que está à beira de uma ruptura contra a democracia? Que país é este que voltou a ser uma espécie de republiqueta de bananas? Pois são essas as indagações que os brasileiros se fazem diante dos discursos na reunião do Diretório Nacional do PT, na sexta-feira, em Fortaleza. Inclusive o da presidente Dilma Rousseff (PT), a autoridade máxima do país.

A certa altura, a presidente presenteou o país com um temor completamente carente de credibilidade: “Esses golpistas, que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder”. Será que Dilma acha que está em curso uma conspiração militar? Ou se refere às insignificantes manifestações pró-impeachment ocorridas em umas poucas capitais do país?

Ainda bem que ela se redimiu ao continuar a discursar. Deixou subentendido o problema da economia e avisou: “Temos que tomar as medidas necessárias de maneira eficiente e gradual, como vem sendo feito”. Deve estar se referindo ao futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que começa a despachar esta semana no Palácio do Planalto com o atual quase ex-ministro Guido Mantega. É gradual, né?

O fato é que a presença da presidente Dilma no encontro do PT serviu para mandar um recado claro e objetivo para os mais radicais do partido. Ela deu uma no cravo, outra na ferradura e avisou: vamos em frente que atrás vem gente.

O segundo mandato de Dilma começa com a economia patinando, com crescimento baixo, com as contas públicas descontroladas, precisando de maquiagem, como tirar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do cálculo do superávit fiscal. “O PT tem maturidade e sabe que precisa ter legitimidade e governabilidade.” É este o recado ao partido.

Barganha liberal
Por enquanto, todo mundo diz que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o grande favorito na disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados. Até por causa da antipatia que os parlamentares têm de Arlindo Chinaglia (PT-SP), o provável candidato da presidente Dilma Rousseff (PT) ao cargo. Só que tudo pode mudar, alertam experientes parlamentares. No PR, por exemplo, que elegeu 34 deputados, pelo menos seis já declararam que votam em Cunha. Mas basta Dilma atender ao presidente da legenda Valdemar da Costa Neto, dando a ele o ministério que ele pedir, para virar os votos em favor de seu candidato. Ainda é muito grande o poder de Valdemar dentro do partido.

Eu me amo
Já em relação ao PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a situação é ainda mais fácil. Depois de impor ao partido o apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mesmo com a resistência de parlamentares de outros estados, inclusive de Minas Gerais, que apoiaram extra-oficialmente a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República, Kassab se cacifou para indicar um ministro à presidente Dilma Rousseff. E todo mundo já sabe quem no partido ele vai indicar. Ele próprio. É claro.

Leitão à pururuca
O deputado Fábio Ramalho (PV-MG), mais conhecido como Fabinho Liderança, continua o mesmo festeiro de sempre. Na quarta-feira, reúne para almoço os deputados e senadores não reeleitos para uma confraternização. É claro que os reeleitos e alguns que se elegeram nas urnas deste ano também estarão presentes. E a comilança, como não poderia deixar de ser, é totalmente democrática. Estarão presentes parlamentares de vários partidos, tanto de oposição quanto da situação. A grande atração promete ser, de novo, o já famoso leitão à pururuca que Fabinho oferece.

Pizza e salário

Os deputados André Vargas (Ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA) podem acabar escapando do processo de cassação de seus mandatos, se não houver quórum, mais uma vez, nas sessões da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados nas poucas semanas que antecedem o recesso parlamentar. Se a obstrução continuar, já que os processos travam a pauta, quem vai ficar furiosos são os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). É que está na CCJ o projeto que aumenta seus salários para R$ 35,9 mil. A propósito, os deputados também querem receber o mesmo teto salarial. Só que basta uma canetada da mesa diretora para que o aumento seja aplicado.

Emendas de Pimentel

A bancada mineira, em especial os deputados que apoiaram a candidatura do ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel (PT) ao governo do estado, devem ter um encontro com ele para saber quais são as prioridades no Orçamento da União para o ano que vem. O estado tem direito a quatro emendas de bancada. Na quarta-feira, os deputados se reúnem para tratar do assunto. Na outra semana, batem o martelo, antes do recesso parlamentar, que depende da aprovação da lei orçamentária.

PINGA FOGO

A operação da Polícia Federal pode se chamar “Lava a Jato”, mas são tantas as denúncias de corrupção, tantas, que ela continua com a velocidade de um teco-teco, daqueles bem pequenos mesmo.

“Mídia ataca aumento de IPTU de maneira injusta e elitista”. Pelo Facebook, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sai em defesa de seu pupilo Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo.

 

A presidente Dilma Rousseff decidiu que a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, deve continuar no cargo. Ela assumiu o ministério com a saída do ex-ministro e deputado eleito Patrus Ananias, a quem é muito ligada.

Rei morto, rei posto. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) é quem vai cuidar dos cargos estratégicos nas estatais que antes eram feudo do senador José Sarney (PMDB-AP), que já anunciou a aposentadoria da política.

E a dívida do governo federal com Minas Gerais? Pelo jeito, a negociação vai ser na base do “devo, não nego, pago quando puder”. É, pelo jeito, a crise nas contas federais é mesmo muito grave. Não é à toa que chamaram o Joaquim Levy.

Os tucanos continuam tripudiando da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). Não perdem a oportunidade de provocar e dizer que ela é a cara do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).


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