(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas COLUNA

Deixe o desgaste para quem vai sair

"O ministro da Fazenda será o ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy. O ministro do Planejamento será o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa. E o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deve continuar sentado na mesma cadeira que já ocupa hoje"


postado em 23/11/2014 08:36 / atualizado em 23/11/2014 08:44

Agora é oficial. Está em documento divulgado sexta-feira pelo Palácio do Planalto. E traz informações importantes. A inflação, por exemplo, que estava projetada em 6,2% para este ano, agora foi para 6,45%. Percebeu o detalhe? Apenas 0,05% de estourar a meta estipulada pelo próprio governo. E dezembro vem aí, com as compras de Natal, os presentes e, principalmente, os produtos da ceia. Vai estourar.

Tem mais. O crescimento econômico, que estava previsto em 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB), agora caiu para 0,5%. Por enquanto. E ainda reduziu a meta de superávit primário de R$ 116 bilhões – que já era pífio – para R$ 10,1 bilhões, que é praticamente nada. E o governo terá de brigar com o Congresso para poder oficializar a ciranda contábil.

Esses são apenas alguns dados preocupantes sobre a economia e as contas do governo federal. Talvez por isso a presidente Dilma Rousseff (PT) tenha decidido adiar o anúncio oficial da sua equipe econômica para o segundo governo. Mesmo ciente de que o mercado já sabe que está tudo decidido.

O ministro da Fazenda será o ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy. O ministro do Planejamento será o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa. E o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deve continuar sentado na mesma cadeira que já ocupa hoje.

Com tantas más notícias, Dilma deve ter achado melhor anunciar a nova equipe econômica, da qual o mercado gostou, depois que elas forem digeridas. E para evitar o desgaste dela, deve escalar o atual ministro Guido Mantega para dar as devidas explicações do péssimo desempenho da economia. Afinal, ele já arrumou as gavetas e está pronto parra pegar as malas e deixar o governo.

Que falta ele fará


“Se a eleição não tivesse ocorrido há 20 dias e fosse daqui a um mês, seria como se estivéssemos em outro país. O debate seria completamente diferente, e o resultado provavelmente seria também diferente, porque, desde o dia em que se proclamou o resultado até hoje, os acontecimentos que vêm se verificando são realmente acontecimentos que mexem com o povo e com a gente, que trazem interrogações com relação ao que houve e, de modo especial, ao que haverá.” Do senador Pedro Simon (PMDB-RS), em discurso da tribuna na quinta-feira. Ele realmente fará falta no ano que vem.

Mais miseráveis


A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, deve passar aperto na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados esta semana. Ela terá que explicar por que aumentou de 10,08 milhões para 10,45 milhões o número de miseráveis no Brasil. E olha que os dados são oficiais, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aqueles que “curiosamente” a divulgação foi adiada para depois das eleições. Tanto que um diretor do Ipea pediu demissão por causa disso. Se servir de consolo, em 2003, o Brasil tinha 26,24 milhões de pessoas na miséria.

O PP e a injustiça


Embora a bancada na Assembleia Legislativa tenda a ficar, no mínimo, independente em relação ao futuro governo de Fernando Pimentel (PT), nada está definido ainda no partido. Quem garante é o deputado Luiz Fernando (PP-MG). Ele diz que a posição do partido propriamente dita será discutida internamente. Principalmente porque muitos pepistas não engoliram o que chamam de “injustiça” feita com o governador Alberto Pinto Coelho, aliás, presidente estadual da legenda, na escolha do candidato a governador. A “importação” de Pimenta da Veiga (PSDB) ainda não foi digerida.

Cuidar da vida


Assim que começou a circular a boataria de que assumiria a Secretaria Municipal de Relações Institucionais na Prefeitura de Belo Horizonte, o ex-deputado Danilo de Castro, há 12 anos secretário de Estado de Governo nas gestões de Aécio Neves, Antonio Anastasia e Alberto Pinto Coelho, ligou para o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e avisou que não tem nenhum interesse no cargo. “A partir de 1º de janeiro do ano que vem vou cuidar da minha vida particular”, garante. Será que depois de tanto tempo, Danilo, mesmo sem cargo, vai conseguir ficar longe da política? É pouco provável.

O passado condena

Será que a presidente Dilma Rousseff (PT) – embora as notícias indiquem que ela já foi convidada – ainda está em dúvida sobre colocar a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) na cadeira de ministra da Agricultura? Afinal, seu passado partidário a condena. De 1998 a 2007, Kátia Abreu era do PFL. Com a mudança de nome do partido, ficou no DEM até 2011. Depois pegou carona no PSD fundado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab por dois anos. E no ano passado foi para o PMDB. Será que a escolha era para garantir estar em um partido da base do Palácio do Planalto para ser ministra?

PINGAFOGO


(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil )
(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil )
E o ex-ministro José Dirceu (PT), condenado no mensalão e em prisão domiciliar, queria viajar. Chegou a conseguir autorização de um juiz para ir de São Paulo a Vinhedo, no interior do estado, para passar 15 dias.

Só que a alegria de José Dirceu durou pouco. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a autorização. Detalhe importante: o Ministério Público deu parecer contrário.

A Assembleia Legislativa promove amanhã, no plenário, o “Ciclo de debates muda futebol brasileiro – Desafios de uma renovação”, que vai discutir ações e estratégias para modernizar a atual estrutura do esporte.

O detalhe curioso é que o debate sobre o futebol brasileiro seja feito no melhor momento do futebol mineiro. O Cruzeiro pode ser campeão do Brasileiro hoje e ainda enfrenta o Atlético na quarta, na final da Copa do Brasil, já garantida para Minas Gerais.

O PMDB continua o mesmo. As notícias sobre a possibilidade de a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) assumir o Ministério da Agricultura irritaram os caciques do partido. É que nem consultados eles foram. Fizeram beicinho.

A cada dia aparece uma nova denúncia na Petrobras. Será que a corrupção na empresa é um poço de petróleo do pré-sal tão fundo assim?


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)