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Estado de Minas

Aécio condiciona diálogo a punição de corruptos

Num discurso forte, em que lembrou os 51 milhões de votos que obteve, senador criticou as contradições de Dilma, cobrou apuração do petrolão e falou dos ataques sofridos na campanha


postado em 06/11/2014 06:00 / atualizado em 06/11/2014 07:22

No seu primeiro discurso na tribuna do Senado, depois de ser derrotado na disputa pela Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) afirmou que a “máscara do governo já começou a cair”, ao lembrar que, apenas nove dias depois de encerrada a eleição, a presidente Dilma Rousseff elevou os juros e anunciou aumento do preço da gasolina e ainda o de tarifas públicas. Durante seu discurso, o senador tucano foi interrompido por aplausos e apenas o senador Humberto Costa, líder do governo, saiu em defesa da administração petista, mas foi vaiado. Com a força de 51 milhões de votos que sua candidatura reuniu, Aécio Neves colocou condição para dialogar com o governo da presidente reeleita, conforme ela propôs. Para o senador, para voltar a conversar com a oposição, será necessário que a administração do PT demonstre comprometimento com as investigações e as punições do escândalo da Petrobras – suposto esquema de superfaturamento de contratos para financiamento de partidos e de políticos.

“Agora, os que foram intolerantes falam em diálogo. Qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas de interesse dos brasileiros e qualquer diálogo tem que estar vinculado ao aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo da história deste país, já conhecido como petrolão”, disse o senador.

Máscara

Aécio lembrou ainda que o governo, para vencer a mais disputada eleição presidencial desde a redemocratização do país, usou a mentira como sua arma principal. “Quero aqui reafirmar, para ficar registrado nos anais desta Casa, que, de todas, mentira foi a principal arma dos nossos adversários. Mentiram sobre o passado. Fomos acusados de propostas que jamais fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a história. No entanto, não demorou muito para que a máscara começasse a cair”, disse. E foi mais longe: relembrou que sua candidatura foi acusada de “representar o machismo, o racismo, o preconceito, a intolerância e a nostalgia da ditadura militar”, desrespeitando 48% dos eleitores. “Esses atributos que jogam sobre mim eles jogam sobre 51 milhões de homens e mulheres que são atacados pelo PT neste instante. Nossa campanha respeitou os limites da ética e defendeu a democracia em todos os instantes. Nós não somos isso que querem fazer crer.”

Trechos do discurso no senado

Petrolão

“Agora, os que foram intolerantes falam em diálogo. Qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas de interesse dos brasileiros e qualquer diálogo tem que estar vinculado ao aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo da história deste país, já conhecido como petrolão.”

Diálogo

“O diálogo depende de propostas concretas e depende de o governo demonstrar que pretende investigar essas gravíssimas denúncias de corrupção. Os gestos hoje estão nas mãos da presidente. Infelizmente, a verdade não foi a arma utilizada pelo governo para vencer essas eleições.”

Mentiras

“Quero aqui reafirmar, para ficar registrado nos anais desta Casa, que, de todas, a mentira foi a principal arma dos nossos adversárias. Mentiram sobre o passado (…), fomos acusados de propostas que jamais fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a história. No entanto, não demorou muito para que a máscara começasse a cair.”

Contradições

“Na campanha, eles diziam que elevar os juros era tirar comida do prato dos pobres, pois bem, foi o que ela (Dilma) fez logo que se elegeu. O governo escondeu o rombo das contas públicas o quanto pôde. Escondeu que havia necessidade de ajustes e agora antecipa que eles serão duríssimos no ano que vem, em um país que já não cresce. A candidata oficial também negou reajuste de tarifas públicas, ela já está fazendo aquilo que disse que não faria. Na próxima semana, já teremos aumento da gasolina e também de energia.”

Ética

“Dizem que a minha candidatura representou o machismo, o racismo, o preconceito, a intolerância, a nostalgia da ditadura militar. Esses atributos que jogam sobre mim, eles jogam sobre 51 milhões de homens e mulheres que são atacados pelo PT neste instante. Nós não somos isso que querem fazer crer.”

Compromissos

“Três compromissos fundamentais vão orientar a nossa luta: o compromisso com a liberdade, com a transparência e com a democracia. A defesa intransigente das liberdades, em especial a liberdade de imprensa.”


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